Sair com os amigos 2 vezes por semana é fundamental para a qualidade de vida (a ciência garante)

Psicologia
há 4 anos

Dizem que conquistar um amigo é difícil, mas perdê-lo é bem fácil. Por isso, se você tem a sorte de ter bons companheiros na vida, faça o que estiver ao seu alcance para mantê-los. Afinal, um amigo é, ao mesmo tempo, um conselheiro, um psicólogo, um animador, um professor ou, na “pior” das hipóteses, simplesmente uma boa companhia.

Bem, não bastassem esses argumentos que acabamos de mencionar, agora, a Psicologia trouxe um outro pretexto para sairmos mais aqueles que tanto adoramos.

O Incrível.club quer mostrar os resultados de um estudo realizado por um pesquisador bastante conhecido no meio científico. Esse trabalho mostrou que sair com os amigos com mais frequência pode ser benéfico para sua saúde.

Por que sair com os amigos pode ajudar sua saúde

O professor Robin Dunbar é um renomado psicólogo evolucionista inglês. Há anos, ele vem trabalhando em temas ligados à neurociência e ao comportamento humano. E um de seus trabalhos demonstrou os benefícios que as saídas frequentes com os amigos trazem à saúde. Saiba que encontrar os amigos...

  • ...aumenta os níveis de felicidade;
  • ...diminui os níveis de estresse;
  • ...melhora o sistema imunológico e acelera a recuperação de doenças;
  • ...aumenta a generosidade e a empatia e
  • ...proporciona estabilidade mental e emocional.

A explicação para isso está na quantidade de endorfinas produzida quando estamos próximos dos amigos. Essas endorfinas são as substâncias químicas que estimulam as áreas do cérebro onde a felicidade e todas as emoções prazerosas são geradas. Por isso, elas são fundamentais para o bem-estar. O contato físico e as atividades sociais, como risadas, liberam endorfinas em nosso organismo.

Além disso, um dos estudos do professor Dunbar demonstrou que existe uma relação próxima entre a amizade e a generosidade. De acordo com suas pesquisas, as pessoas com redes de amizade fracas tendem a ser menos generosas com seus amigos do que aquelas com redes mais sólidas.

A comunicação à distância não é suficiente

Embora, hoje em dia, a tecnologia tenha ajudado muito na comunicação, a “convivência” por meio das redes sociais ou de outras tecnologias nunca substituirá o contato pessoal. Em suas pesquisas, Dunbar sugere que, em geral, as pessoas não consideram a comunicação virtual tão satisfatória quanto a pessoal. Essa conclusão veio após ele avaliar a interação de diversos participantes de suas pesquisas com cinco dos seus amigos mais próximos.

Dunbar analisou o nível de felicidade em uma escala que varia de 0 a 8, depois de uma interação entre os amigos por diferentes meios. O maior nível de satisfação foi registrado no contato pessoal. Em seguida, vieram as interações por meio de telefonemas. Depois, as mensagens instantâneas e de texto e, só no final, os e-mails ou mensagens via redes sociais. E, claro, quanto maior o prazer e a satisfação decorrente da interação com os amigos, maiores serão os benefícios para a saúde.

O nível das amizades varia de acordo com o gênero

De acordo com as pesquisas de Dunbar, homens e mulheres “gerenciam” suas amizades de maneiras diferentes. Enquanto elas geralmente tendem a ter poucas amigas, mas com amizades muito sólidas (muitas vezes apenas uma melhor amiga e um melhor amigo), os rapazes, em geral, possuem círculos mais amplos (até quatro amigos), mas com relacionamentos menos íntimos. Essas características particulares de gênero também se refletem na maneira pela qual homens e mulheres mantêm suas amizades.

As mulheres podem ficar satisfeitas com uma conversa profunda enquanto os homens geralmente têm necessidade de fazer atividades juntos — jogar futebol, games ou ir a um show, por exemplo. Dunbar indica em seus estudos que, entre as atividades que mais ajudam as mulheres estão a de se reunir e conversar sobre qualquer coisa que as faça rir e, de preferência, falar sobre suas rivais. Já os homens, por outro lado, fazem piadas ou praticam esportes e participam de atividades competitivas.

As amizades mais benéficas

O professor Dunbar recomenda que cada encontro reúna pelo menos cinco amigos, independentemente do sexo. Mas é importante que esses amigos sejam realmente próximos e nos façam bem. Afinal de contas, os seres humanos passam um quinto da vida em interações ​​e metade desse tempo se concentra nos cinco amigos mais próximos, justamente os que mais trazem benefícios para a saúde.

E não se trata de um número aleatório. Em uma outra pesquisa, que teve como objeto de estudo o riso, foi demonstrado que, em geral, nós, seres humanos, não somos propensos a rir quando estamos em grupos de cinco ou seis pessoas. Esse resultado sugere que o riso natural “se adapta” ao tamanho dos grupos dos quais fazemos parte.

As pesquisas sugerem, ainda, que, para manter uma amizade e aproveitar seus efeitos positivos, é necessário ver nossos amigos ao menos duas vezes por semana e estar em contato com eles uma vez a cada duas semanas, no mínimo.

Outras pesquisas incríveis de Robin Dunbar

A esta altura, você provavelmente esteja querendo saber mais sobre o pesquisador nos deu uma desculpa científica para encontrar nossos amigos. Robin Dunbar, como já mencionamos, é psicólogo e pesquisador. Ele dedicou grande parte de sua vida (quase 40 anos, para sermos mais exatos) à compreensão das relações humanas por meio da Psicologia Evolutiva. Hoje, Dunbar lidera um grupo de pesquisa em neurociência social e evolutiva da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Com que frequência você se encontra com seus amigos? Quais são as atividades que vocês mais gostam de fazer?

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Apesar de ser super sugestivo, 2x na semana é to much, mas pelo menos 1x ou a cada 15 dias eu saio com minhas amigas, é a melhor terapia!

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