20+ Comportamentos infantis que podem indicar transtornos mentais

Psicologia
há 5 anos

Os meninos apresentam duas vezes mais transtornos de desenvolvimento do que as meninas, e as causas dessas alterações são muitas: um parto prematuro, complicações no parto, doenças durante a gravidez, pouco peso ao nascer, etc. Qualquer um desses problemas pode complicar a vida da criança no futuro. Mesmo que de maneira leve, esses problemas já aparecem durante a primeira fase de vida. Portanto, é muito importante identificar os sinais o quanto antes para poder combatê-los com mais eficiência.

O Incrível.club descobriu os sinais que ajudam as pessoas a identificar quatro tipos de transtornos (os mais frequentes): autismo, dislexia, disgrafia e hiperatividade.

Autismo

Geralmente, o autismo começa a partir dos dois anos. Ao completar cinco anos, os sintomas ficam ainda mais visíveis, e nesse momento o diagnóstico pode ser confirmado. Curiosamente, segundo as estatísticas, o autismo em meninas aparece quatro vezes menos do que em meninos.

Contrariando muitos estereótipos, o autismo não impede o desenvolvimento e a autorealização. O principal problema se relaciona às dificuldades de comunicação, principalmente com desconhecidos. Portanto, é importante que as pessoas saibam que o autismo pode ser combatido com muito empenho e, claro, com muita compreendão.

É possível identificar este transtorno por meio de alguns indícios de comportamento atípico da criança:

  • Ela tem medo de se comunicar com estranhos e, durante uma conversa, não consegue manter contato visual. É incapaz de manifestar empatia. Portanto, não sente compaixão e pode rir quando outra pessoa chora, ou vice-versa.
  • A criança é propensa a ações automáticas. Pode se balançar, como um pêndulo, dar batidas constantes em alguma superfície ou arrumar os brinquedos em fileira de acordo com um padrão criado por ela. A atividade não a deixa entediada e ela é capaz de fazer a mesma coisa por muitas horas. O olhar, nesses casos, costuma ficar ausente.
  • A pessoa não percebe o contexto social, ou seja, se comporta da mesma maneira em casa, na escola ou quando visita pela primeira vez a casa de uma pessoa. Ela se comunica com todo mundo da mesma maneira. Pode falar com os adultos sem respeito ou tratar com muito respeito os colegas de classe.

  • Crianças com essas características também não conseguem dominar a técnica de comunicação não verbal. Não entendem os gestos de outras pessoas e, em casos mais graves, apresentam uma completa ausência de expressões faciais.
  • Têm medo de mudanças. Até mesmo uma reorganização dos móveis pode levar a uma grande histeria ou a um ataque de pânico. O mesmo acontece com a alimentação, com os caminhos e com outras coisas com as quais a criança está habituada.
  • Possui receptores bem desenvolvidos: gosta muito de apalpar objetos e percebe os cheiros mais discretos. Com frequência, contempla com atenção a textura da madeira, da pedra e de outros materiais. Em geral, possui uma resistência acima da média à dor e pode beliscar a própria pele com muita força.

Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade

Esse transtorno é conhecido pela sigla TDAH. Diferente do que as pessoas costumam pensar, ele é observado a partir dos quatro anos e apenas se os sinais se repetem cotidianamente. Se os sintomas se fazem presentes, mas são raros, a criança é absolutamente ’normal’. Muitas vezes esse transtorno é tratado com sucesso por meio de técnicas de meditação.

Segundo as estatísticas, o TDAH é mais comum em gêmeos e crianças que nasceram antes de completar as 40 semanas de gestação. Os meninos estão no grupo de risco, já que existe uma probabilidade três vezes maior de que o transtorno apareça neles.

Na idade adulta, ele tem pouco efeito. A pessoa passa a tomar decisões apressadas, se comporta de maneira inquieta, pode impor a sua companhia ou realizar trabalhos de rotina com dificuldade.

Identificar o TDAH é fácil, basta prestar atenção no comportamento da criança:

  • Não é capaz de ficar quieta, se move o tempo todo, olha para todos os lados e geralmente se comporta como se estivesse conectada a um motor. Além disso, suas ações não existem para realizar um objetivo específico; a criança apenas pega e solta os objetos o tempo todo.

  • Não consegue se concentrar durante muito tempo. Em geral, tem dificuldade para sentar e fazer as tarefas ou para limpar o quarto. Ao mesmo tempo, é capaz de permanecer horas jogando videogame, na frente do computador ou brincando de jogos de construção.
  • Com frequência, a criança se distrai. Por exemplo, pode estar fazendo algo que adora e de repente entrar em estado de hipnose ao ver um carro vermelho passar, ou até mesmo um outro objeto menos chamativo.
  • Não controla as suas próprias emoções. Pode fazer birra porque não quer ficar na fila, por exemplo. Com frequência, discute com os familiares, podendo gritar e insultar. Após alguns minutos, em geral ela decide pedir desculpas.
  • Durante as aulas tende a interromper os outros alunos ou até mesmo o professor. Ao fazer uma prova, esse tipo de criança não acaba de ler a pergunta (não tem paciência para isso) e começa a responder sem saber exatamente o que está sendo pedido.

Disgrafia

A disgrafia é um transtorno da psicomotricidade que não permite que a criança domine a escrita sem erros. Ela afeta o uso da linguagem escrita para expressar ideias e pensamentos e se manifesta tanto em relação à caligrafia como em relação à coerência. Contudo, não costuma afetar tanto as pessoas na fase adulta. Em geral, aparece em crianças com algum problema de audição ou de visão, ou mesmo com hiperatividade.

Eliminar o transtorno é possível. Para isso, são necessários exercícios sistemáticos para o desenvolvimento de habilidades motoras e o fortalecimento de músculos motores pequenos das mãos. Os livros de escrita são bons para esses casos.

É possível identificar a disgrafia ao olhar para os seguintes critérios:

  • Ao escrever, a criança confunde as letras com sons parecidos, por exemplo ’c’ e ’s’, ’m’ e ’n’. Muitas vezes, a criança escreve como ouve.
  • Ela pode acrescentar letras a algumas palavras, trocar sílabas ou até mesmo eliminá-las.
  • Muitas palavras, principalmente aquelas que são acompanhadas por preposição, são escritas juntas. Além disso, a criança tem dificuldade para determinar o gênero e o número.

Na esquerda, a escrita de uma pessoa de 23 anos que foi diagnosticada com disgrafia aos 10.

Na direita, a escrita à mão de uma pessoa que acaba de ser diagnosticada com disgrafia.

  • Em geral, a letra não é fácil de entender. Mesmo quando a pessoa escreve devagar, as letras ficam confusas.
  • Em casos mais sérios, a criança pode apresentar dificuldades na fala.

Dislexia

Segundo as estatísticas, entre 70% e 80% das pessoas que não leem bem sofrem de dislexia. Este transtorno é geralmente congênito e pode ser corrigido com sucesso por meio da ajuda de um especialista. O diagnóstico deve ser feito a partir dos 10 ou 11 anos.

Na idade adulta, o transtorno pode não causar muitos inconvenientes com exceção das dificuldades da leitura dinâmica. Às vezes, essa característica assusta as pessoas, fazendo com que os afetados tentem esconder ou se comportem com maior timidez. Esses comportamentos são normais.

É possível verificar se uma criança sofre de dislexia olhando para os seguintes sintomas:

  • Em geral, a pessoa tem dificuldade de leitura, mas pode apresentar problemas também com matemática, desenho e até mesmo escrita. O quoeficiente intelectual (QI) costuma estar dentro do normal, ou pode até ser maior. Ou seja, a dislexia não tem nenhuma relação com a inteligência.
  • A pessoa se nega a praticar a leitura. Isso pode levar uma criança a se comportar de maneira mal educada, ou ficar olhando para o livro sem fazer nada.
  • Ela pode ler rapidamente, mas é incapaz de contar o que acabou de ler porque não entende o sentido do texto.
  • Durante muito tempo a mente da pessoa fica nas nuvens. Ela pode fazer a mesma pergunta mais de uma vez e não perceber o que aconteceu ao seu lado. Como consequência, a pessoa acaba sendo um pouco esquecida, pouco segura de si mesma e, em geral, tenta escapar da realidade por meio da criatividade (desenho, música, etc.).
  • Muitas vezes, ela segura o lápis ou a caneta da maneira incorreta, ou diferente. Por exemplo, entre os dedos anelar e médio. Ensinar o correto não é tarefa fácil.

Você conhece pessoas com esses transtornos? Compartilhe nos comentários as dificuldades que essas pessoas sofrem e o que elas fazem para superá-las.

Ilustradora Leisan Gabidullina exclusivo para Incrível.club

Comentários

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tdah nao tem " pouco efeito " na vida adulta, ha uma taxa muito grande de suicídio entre pessoas que o tem . entao eu nao chamaria de pouco efeito . corrijam essa desinformação.

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o post esta cheio de informações erradas ou incompletas, o autismo não é menos predominante em meninas, ha estudos que apontam para o fato de mulheres imitarem mais o comportamento dos outros , e por consequência passar despercebido sinais do espectro autista

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