Ucraniano é o real criador de foto que mediria o estresse, revelando o perigo das fake news

Curiosidades
há 4 anos

Você certamente já ouviu o termo fake news, ou “notícias falsas”, não é mesmo? A expressão é usada para descrever uma informação não verdadeira ou ambígua, difundida muitas vezes com o intuito de manipular opiniões. Foi algo do gênero que aconteceu com uma imagem que viralizou no Instagram e no Twitter por supostamente medir o estresse, e que teria sido desenvolvida por um neurologista japonês Yamamoto Hashima. O problema é que Hashima não existe.

O Incrível.club descobriu mais a respeito da famosa história (que depois se revelou uma baita dor de cabeça), desmentida pelo verdadeiro autor.

Uma imagem que viralizou nas redes sociais parecia capaz de identificar nossos níveis de estresse

Talvez em certo dia, você tenha entrado no Twitter ou no Instagram e se deparado com uma foto junto das seguintes instruções: “Esta imagem foi criada por um neurologista japonês. Se a imagem estiver parada, você está tranquilo; caso ela se movimente um pouco, como um carrossel, você está estressado. Conte como você vê a imagem: para mim, ela se movimenta lentamente”. Até aí, tudo bem.

Até que o verdadeiro autor da foto desmentiu tudo

Segundo usuários da web, a imagem tinha sido criada pelo neurologista japonês Yamamoto Hashima com o objetivo de medir níveis de estresse. Contudo, em meio a todos os comentários deixados em diversas páginas, o designer gráfico ucraniano Yurii Perepadia apareceu desmentindo tudo o que as pessoas pensavam saber sobre a imagem. O homem não apenas se revelou autor da imagem, como ainda explicou que Hashima não existe.

O designer ucraniano pediu ainda a retirada da imagem por violação de direitos autorais

“Eu desenhei essa ilusão de ótica em 2016 (...). O neurologista Yamamoto Hashima não tem nada a ver com a imagem. Aliás, Yamamoto Hashima não existe”, afirmou o designer em uma publicação no Instagram. Nesse sentido, o artista conta com um formulário que serve para que a imagem seja denunciada, já que seu trabalho foi usado sem seu consentimento, pois não basta dizer aos usuários que não baixem a foto sem seguir o trâmite regular exigido pela rede social.

Apesar disso, muita gente continua compartilhando a imagem, achando que estão estressadíssimos

Enxergando a imagem como se ela estivesse em movimento, muita gente foi levada a crer que estava extremamente estressada. Sobre o assunto, o oftalmologista Francisco Neumann explicou em entrevista que “o designer e criador da composição visual modificou os contornos e a profundidade da imagem. O conjunto de alterações cria um falso movimento”. Além disso, o design apela para o lado emocional (uma das características típicas de posts que viralizam), uma vez que fazem as pessoas questionar a si mesmas se estão realmente estressadas em relação ao trabalho, estudos e demais tarefas cotidianas.

A ponto de algumas pessoas pedirem licença médica no trabalho por conta disso

Outras pessoas viram no truque a desculpa ideal para arrumar uma folga no trabalho. Por exemplo, uma usuária do Twitter afirmou: “Vocês acham que eu posso mostrar isto ao meu chefe como prova de que estou realmente arrasada?”.

Fake news e fotos manipuladas podem ser um problema, mas é possível combatê-las

O exemplo dessa publicação, que enganou tanta gente, fez com que diversos profissionais da comunicação adotassem práticas para verificar informações. Contudo, leitores e usuários das redes sociais devem ter em mente que não é possível acreditar em absolutamente tudo que se vê na web. Por falar nisso, existem 10 recomendações sugeridas pelo Facebook para identificar fake news:

  1. Duvidar dos títulos, especialmente quando eles possuem muitos sinais de exclamação, letras maiúsculas ou falam sobre coisas que parecem inacreditáveis;
  2. Checar a URL, pois ela nos dirá sobre a fonte e sua veracidade;
  3. Verificar a fonte de onde vem a informação, o autor do material e até comprovar a autoria da imagem;
  4. Observar com atenção se existem erros ortográficos ou design estranho na página onde a publicação foi feita;
  5. Revisar a foto de acordo com o contexto, já que algumas imagens podem ser manipuladas. Assim como aconteceu com o post de que tratamos aqui;
  6. Ver a data de publicação;
  7. Verificar as citações que aparecem no texto. Caso elas não tenham fonte, possivelmente foram inventadas;
  8. Ver se outros veículos deram a mesma notícia. Do contrário, é bem possível que se trate de uma farsa;
  9. Conhecer a fonte da informação, pois um blog opinativo ou uma página satírica é diferente de um veículo jornalístico ou de uma agência de notícias;
  10. Ser crítico e reflexivo. É importante que as pessoas reflitam sobre o que leem. Caso tenham dúvidas, é sempre bom debater o assunto com outras pessoas, inclusive que tenham opiniões discordantes a respeito daquele tema.

De que maneira você costuma verificar as notícias que lê na Internet e nas redes sociais? Você se deparou com alguma fake news ultimamente? Comente!

Comentários

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A internet precisa para com isso urgentemente. Tudo viraliza e vira uma verdadeira bola de neve

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últimamente 70% do q vejo na internet é mentira. É muito dificil de acreditar em alguma coisa e ao menos tempo é muito dificil de ficar longe da internet

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