10 Divas brasileiras que não ficam devendo nada para as internacionais

Mulher
há 1 ano

Pensando no início dos tempos, divas eram consideradas divindades. Com o passar das gerações, esse termo foi ressignificado, e hoje é atribuído a figuras femininas inspiradoras, que, de alguma forma, mudaram a visão da sociedade sobre algum assunto e são lembradas até depois de sua morte. Hoje, uma diva é uma mulher empoderada, que está sempre questionando padrões e criando tendências.

Quando pensamos em divas, não é incomum que a primeira imagem que nos venha a cabeça seja a de artistas internacionais. Por isso, nós aqui do Incrível.club decidimos reunir dez divas brasileiras que foram (ou são) tão inspiradoras quanto as internacionais. Confira!

Anitta

O furacão Anitta não para! Desde que iniciou sua carreira musical em 2010, a cantora, produtora, artista e agora gamer não descansou enquanto não alcançou sucesso internacional. Sempre cercada de polêmicas, Anitta está constantemente nas manchetes brasileiras.

O nome da cantora caiu na boca do povo com o sucesso Show das Poderosas e, desde então, ela produziu músicas com grandes nomes do meio musical, como Snoop Dog, J Balvin, Madonna e Cardi B, além de participar de programas internacionais como The Tonight Show with Jimmy Fallon.

Mas o seu êxito não está só na esfera artística. Ela também é empresária, administra a própria carreira, cria suas próprias campanhas de marketing e até já deu palestras sobre como alcançar o sucesso. Chamá-la de multifacetada é pouco, já que a cada dia ela inventa uma novidade para sua vida e cria conteúdo para todas as idades. O programa Clube da Anittinha foi o maior sucesso quando estreou em 2018 e, mais recentemente, a artista está focada em seu canal de streaming de games.

Anitta já conta com diversos prêmios no mundo da música, e tornou-se uma verdadeira diva pop brasileira, inspirando milhares de mulheres de todas as idades. Mal podemos esperar para ver quais os próximos caminhos que ela vai seguir!

Elza Soares

De todas as palavras que podem definir Elza Soares, a que mais nos vem à cabeça é sobrevivente. A história de vida e superação de Elza é permeada de pobreza, fome, racismo e machismo e, mesmo assim, ela deu a volta por cima e se tornou uma das maiores divas do Brasil.

Elza foi descoberta em um concurso musical do programa radiofônico Calouros em Desfile, apresentado por Ary Barroso em 1953, e sua inesquecível resposta para a pergunta feita pelo apresentador “de que planeta você veio, minha filha” resume com precisão a história da cantora “do mesmo que você, senhor Ary, do planeta fome”.

Mesmo cuidando da casa e dos filhos, Elza Soares conseguiu seguir seu sonho de trabalhar apenas com música na década de 1950, fazendo aos poucos seu nome na indústria nacional e internacional. Mais tarde, ela fez turnês pelos Estados Unidos e pela Europa, chegando a gravar algumas músicas em italiano.

Mesmo passando por um casamento conturbado com o jogador Garrincha, Elza não se calou, e em formato de música abordou o relacionamento no álbum A Mulher do Fim do Mundo (2015). Até hoje, ela advoga pelos direitos das mulheres e estimula a denúncia contra abusos dentro de casa.

Em 1999, Elza foi consagrada com o prêmio de voz do milênio da emissora BBC, ganhando mais uma vez destaque mundial. Agora com 90 anos, a artista está com um problema sério na coluna, mas não desistiu da sua carreira. Ela faz shows por todo o Brasil, e recentemente escreveu os álbuns, Deus é Mulher (2018) e Planeta Fome (2019).

Carmen Miranda

“Sou brasileira, só nasci em Portugal”, assim Maria do Carmo Miranda da Cunha se definiu logo que foi perguntada sobre suas origens. Atriz, cantora e dançarina, Carmen Miranda foi logo apelidada de Pequena Notável por sua baixa estatura e seu talento avassalador.

Já no início de sua carreira, eternizou com sua voz algumas das marchas de carnaval mais famosas no Brasil. Exemplo disso é seu grande primeiro sucesso, TaíMamãe eu Quero, que ganhou notoriedade internacional com o filme Serenata Tropical.

Em 1939, chamou a atenção do produtor norte-americano Lee Shubert, que decidiu investir na carreira internacional de Carmen. Ela passou a representar o Brasil e a América Latina com sua icônica roupa de baiana e frutas na cabeça em peças da Broadway e em filmes produzidos por grandes estúdios do cinema americano.

Não demorou para que as críticas chegassem, e após sua volta dos Estados Unidos foi acusada de ter se “americanizado” e de pintar uma imagem caricata da América Latina para o mundo. Afrontosa, Carmen Miranda não deixou barato e rebateu as críticas ao interpretar a música Disseram que Voltei Americanizada e mais três músicas escritas em solo nacional por Luís Peixoto e Vicente Paiva — as últimas que interpretou aqui.

A morte inesperada de Carmen Miranda, em 1955, chocou a todos. A artista foi encontrada em sua casa em Beverly Hills vítima de um ataque cardíaco. Seu cortejo e velório foram marcados por ondas de fãs que cantaram seu primeiro sucesso, Taí.

Ao todo, Carmen Miranda estrelou 21 produções cinematográficas e teve sua memória eternizada com uma estrela na calçada da fama.

Alice Braga

Talvez Alice Braga não seja a diva tradicional que estamos acostumados a imaginar, mas não podemos negar a importância da sua figura para o cinema nacional e internacional. A atriz — que já nasceu com um pezinho na atuação, visto que sua mãe Ana Braga, e tia Sônia Braga, já são nomes recorrentes do meio — começou sua carreira em 1998 no filme Trampolim e estourou no meio artístico com a produção Cidade de Deus.

Já em produções internacionais, Alice ganhou verdadeiro destaque com o filme Eu Sou a Lenda, no qual contracenou com Will Smith. Desde então deu vida a personagens em obras como Predadores, Repo MenElysium, além de ter participado de uma linda adaptação da música Eduardo e Mônica para os cinemas.

Atualmente, Alice Braga parece estar em todos os lugares. Ela é a protagonista da série A Rainha do Sul, que já está na quarta temporada, faz parte do elenco de Os Novos Mutantes e vai interpretar a personagem Sol Soria na nova versão de O Esquadrão Suicida (2021).

Morena Baccarin

Morena Baccarin pode até ser brasileira, mas essa diva começou sua extensa carreira como atriz nos Estados Unidos e só agora está estrelando produções nacionais.

Morena começou sua carreira em peças do circuito off-Broadway, e teve seu primeiro papel de destaque na série Firefly — infelizmente, cancelada após sua primeira temporada — interpretando a personagem Inara Serra.

Ainda no gênero ficção científica, a atriz participou da série V: Visitantes, interpretando a “amigável” alienígena Anna, que buscava a dominação da raça humana. Ela não parou por aí, e, em 2011, estreou na série Homeland, que lhe rendeu a indicação ao Primetime Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama.

Após o sucesso de Homeland, Morena deu vida a Leslie Thompkins na série Gotham, na qual fez par romântico com o ator Ben McKenzie, que mais tarde viria a ser seu marido e pai de sua filha.

Recentemente, a aclamada atriz decidiu entrar na televisão brasileira e interpretou sua primeira personagem em solo nacional na série Sessão de Terapia. Em entrevista, ela falou um pouco sobre a dificuldade de atuar em português: “Você esquece [a língua]. Eu penso em inglês, sonho em inglês, fui alfabetizada em inglês. Eu só falo em português com a minha mãe no telefone, de vez em quando. É mais um trabalho de estar aqui, de escutar a língua, de ficar no ritmo, de pensar em português”.

Xuxa

Você sabia que Xuxa tem dois Grammys?! É nesse nível de importância que a rainha dos baixinhos se encontra. Não é a primeira vez que ressaltamos a importância de Xuxa Meneghel para a cultura brasileira, e aqui vamos destacá-la mais uma vez!

A apresentadora, modelo, atriz e filantropa começou sua carreira em 1979 como modelo. Com o sucesso do seu trabalho nas passarelas, foi convidada para apresentar o programa Clube das Crianças, na Rede Manchete, quando chamou a atenção da emissora Globo e recebeu uma proposta irrecusável para migrar para lá.

Xou da Xuxa teve seu primeiro programa em 30 de junho de 1986, e marcou para sempre uma geração de crianças cujo maior desejo era andar na nave espacial da apresentadora. O sucesso só cresceu e, em 1990, a estrela brasileira ganhou um programa nas manhãs estadunidenses, que segundo o produtor poderia ter sido maior que o programa da Oprah, caso renovado para uma segunda temporada. Seus programas foram amplamente traduzidos para espanhol e ela se tornou um marco na cultura da América Latina.

E como toda boa diva, ela também sofreu com críticas durante toda sua carreira (e ainda sofre!). Comentários maldosos sobre sua vida amorosa, sobre sua voz e até sobre sua atuação sempre andaram lado a lado com Xuxa, mas ela nunca se deixou abater, inspirando milhares de pessoas a serem quem quiserem ser sem medo.

Hoje Xuxa está focada em diversos projetos voltados para o público adulto bem como em projetos em prol do estilo de vida vegano e do direito das mulheres, mas não se esqueceu dos baixinhos e fez, ainda em 2019, uma turnê chamada XuChá.

Ivete Sangalo

Não é por acaso que Veveta aparece nessa lista, logo depois da rainha dos baixinhos, pois são amigas de longa data. A carreira de Ivete Sangalo decolou em meados de 1990 e ela é um dos maiores nomes do Axé no Brasil.

A cantora começou sua carreira na Banda Eva e consagrou grandes sucessos como ArerêMe Abraça com seus companheiros de banda. Após o sucesso inicial do grupo, decidiu apostar em sua carreira solo e acertou em cheio!

A musa do carnaval baiano rapidamente se tornou referência no mundo da música com suas letras alto astral e energia contagiante. Não demorou muito para que a artista chegasse a outros lugares do mundo, fazendo turnês pela América Latina e fechando shows no Madison Square Garden.

Na vida pessoal, Ivete Sangalo passou por uma das situações mais comuns da vida de uma diva: a rivalidade feminina. Eternamente comparada com Claudia Leitte, os rumores e as fofocas sempre diziam que as duas eram grandes rivais.

Mas diferentemente do que se narra, às duas são boas amigas, e até já fizeram um dueto na versão brasileira do programa The Voice.

Elis Regina

Elis Regina Carvalho Costa, conhecida apenas como Elis Regina, foi uma das maiores vozes do Brasil da década de 1960. Seu sucesso estrondoso não foi apenas devido à sua voz singular, mas também à sua personalidade forte que a colocou como uma mulher à frente do seu tempo.

Nos palcos, foi comparada a grandes personalidades como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday. Sua carreira ganhou força em 1965 quando interpretou a música Arrastão escrita por Vinícius de Moraes e Edu Lobo, o que fez com que a cantora ganhasse um programa na televisão chamado O Fino da Bossa.

Elis Regina foi prontamente aclamada dentro da música brasileira por conseguir apresentar-se em qualquer gênero musical que decidisse. Ela deu início à sua carreira internacional em 1968, quando fez seu primeiro show em Cannes e em 1969 quando gravou o LP Elis in London, porém seu amor estava mesmo no Brasil. Ela não tinha medo de se expor e demonstrava toda sua coragem em forma de música. Sua interpretação de O Bêbado e a Equilibrista é a prova disso.

Elis Regina nos deixou cedo, com apenas 36 anos. Apesar de jovem, a artista deixou três filhos: João Marcelo Bôscoli, que se tornou um grande produtor musical, Pedro Camargo Mariano, que atua como instrumentista, e Maria Rita Camargo Mariano, que segue os passos da mãe em uma carreira musical de sucesso.

Liniker

A primeira mulher trans da lista, Liniker é uma diva contemporânea, que não deixa de ser seguida por onde passa. A artista, de apenas 25 anos, começou sua carreira com um projeto musical chamado Liniker e os Caramelows em 2015, quando tinha apenas 19 anos.

O primeiro EP da banda veio em outubro, e o single Zero ganhou grande repercussão na internet. Para que o projeto continuasse, a banda precisou fazer um financiamento coletivo e fãs de todas as regiões do Brasil se uniram para ajudar. Dele, nasceu o álbum Remonta, que chamou a atenção da mídia internacional e alçou Liniker e seus companheiros ao estrelato.

Hoje, separada da banda Caramelows, a artista está focada em sua carreira solo e em descobrir suas inúmeras facetas, ao mesmo tempo em que aprende a lidar com o racismo e a transfobia. Em entrevista ao portal Carta Capital, ela falou um pouco sobre essa realidade “Não é em todo lugar que posso ir com tranquilidade. Sou uma mulher negra, eu sou travesti. Várias coisas me fazem pensar onde vou, com quem vou sair. É extremamente perigoso. Mas também libertador, quando resolvo sair de casa”.

Referência na Soul e na Black Music brasileira, estamos no aguardo de grandes feitos dessa grande diva brasileira.

Iza

Pesadão mesmo! Iza é o nome do momento entre as novas divas brasileiras e já caiu na boca do povo com seus hits Pesadão, Ginga Dona de Mim. Isabela Cristina Correia de Lima Lima, ou para facilitar, Iza, começou sua carreira em 2016 e lançou seu primeiro álbum, Dona de Mim, em 2018, recheado de parcerias icônicas incluindo Ivete Sangalo e Glória Groove.

O álbum foi tão poderoso que logo de cara foi indicado ao Grammy Latino como Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa, além de ter sido um divisor de águas na carreira da artista.

Após seu lançamento, Iza começou a marcar presença no cenário internacional com o clipe de Evapora, com participação de Ciara e Major Lazer. Além disso, também participou da dublagem do filme O Rei Leão, dando voz a Nala.

Além de inúmeros covers de artistas consagrados da música brasileira, Iza também participou de shows e eventos cantando com outros artistas de peso como Liniker, Alcione, Milton Nascimento, e até chegou a mencionar em entrevista o medo que teve de cantar com Djavan.

Agora Iza faz parte da versão brasileira do The Voice como técnica e, desde que entrou no programa, fez a audiência subir. Não pode ser coincidência, não é?!

Sejam divas pops de ontem ou de hoje, o importante é saber um pouco mais sobre essas maravilhosas artistas que moldam gerações e são responsáveis por tantos momentos bons em nossas vidas. Sentiu falta de alguma diva brasileira? Compartilhe com a gente!

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