10 Atores que interpretaram os mesmos personagens de maneiras completamente diferentes

Gente
há 10 meses

Para explorar a grandeza de um personagem complexo é necessário mostrar todas as versões de sua personalidade. É por isso que nomes como “Batman”, “Coringa”, “Cruella”, e tantos outros, já foram retratados nas telonas mais de uma vez — e com maestria. Afinal, grandes personagens requerem grandes atores. Agora, vamos relembrar aqueles que nunca saíram do imaginário popular, e que são sinônimos de sucesso, independentemente do artista que dá vida a eles nas telonas? Venha conosco!

Arlequina

Icônica e irreverente, a personagem “Arlequina” já fazia muito sucesso antes de aparecer nas telonas em Esquadrão Suicida (2016). Sua primeira aparição foi em 1993, na edição número 12 de The Batman Adventures (Batman — O Desenho da TV), uma famosa produção do Universo DC. Lembrada principalmente pelos visuais extravagantes e personalidade notória, somente atrizes que tivessem as mesmas características fortes poderiam vivê-la nos cinemas com fidelidade: é por isso que Margot RobbieLady Gaga, é claro, é que foram escolhidas para essa missão.

Além de Esquadrão Suicida, Robbie esteve em longas-metragens como O Esquadrão Suicida (2021), e Aves de Rapina — Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa, ao passo em que Gaga apresenta sua versão da palhaça em Joker: Folie à Deux (2024), em um universo paralelo totalmente diferente. “É como se alguém pudesse fazer seu Batman. Me senti honrada por ter construído uma base forte o suficiente para que Arlequina agora possa ser um desses personagens que outros atores cheguem e entreguem suas próprias versões. Ela é incrível!”, diz Margot sobre o trabalho de Gaga para o papel. O que é uma grande dádiva, vindo da primeira “Harley Quinn” deste século, não é mesmo?

Ariel (A Pequena Sereia)

É um fato que a escalação de Halle Bailey para o papel de “Ariel” gerou muita expectativa em todos que tiveram a sereia como uma referência na infância. O que, certamente, foi um acerto dos produtores, visto que a atriz encaixou-se à personagem de uma maneira única, fazendo com que até mesmo as canções originais dos estúdios Disney sejam repaginadas com maestria. Contudo, essa não é a primeira vez que a história é adaptada para as telonas em uma versão live-action.

Apesar de ter ficado conhecida pela versão do estúdio do “Mickey”, a trama dos seres marítimos também foi construída com um novo olhar para os estúdios Conglomerate Media e Kingsway Productions (II), em 2018. Mas, em vez de Halle Bailey, Poppy Drayton é quem deu vida à protagonista. E, mesmo que as duas sereias se distanciem bastante no quesito atuação e personalidade, não há dúvidas de que ambas se entregaram ao papel e fizeram bonito!

Cruella

Emma ThompsonEmma Stone: mais que os primeiros nomes, as duas renomadas atrizes compartilham um papel irreverente em seus currículos, o de “Cruella De Vil” — personagem antagonista que surgiu no livro 101 Dálmatas, adaptado pela Disney com versões tanto em desenho, quanto em live-action, tamanho o seu sucesso. Enquanto Thompson estreou nas telinhas em 1996, num filme que narrava com maestria a história infantil, Stone deu vida à personagem num longa-metragem mais maduro, com enfoque na sua trajetória, em 2021.

Agora, o que pegou muitos fãs de surpresa foi o fato de Thompson voltar à mesma trama, tendo passado mais de 20 anos desde que interpretara a estilista, na versão de 2021. Mas, dessa vez, enquanto “Cruella” ganhava vida pelas mãos de Stone, a veterana encarnou a vilã “Baronesa”, em uma oposição ao papel que um dia foi seu. Sobre a experiência, comentou: “Cada vez que Em [Emma Stone] e eu íamos ao set, nos olhávamos e andávamos em volta uma do outra, como se fôssemos esculturas ou obras de arte, o que realmente éramos”. Bacana a relação entre as duas, não?

Wandinha

Sabe quando você olha para uma atriz e pensa: “Seria incrível se ela estivesse em determinada trama”? Então, provavelmente os produtores de A Família AddamsWandinha pensaram exatamente a mesma coisa quando vislumbraram Christina Ricci e Jenna Ortega no papel da filha de Mortícia e Gomez Addams, visto que ambas fizeram um sucesso estrondoso com a personagem originária dos quadrinhos criados por Charles Addams, tamanha a compatibilidade de suas atuações com a menininha.

Ricci esteve nos filmes A Família Addams A Família Addams 2, ambos do início dos anos 90, enquanto Ortega estreou o seriado Wandinha em 2022, do qual Ricci também fez parte, porém dessa vez, como Marilyn Thornhill, uma das antagonistas da trama — o que mostra que sua conexão com a família mórbida é realmente grandiosa. Não é à toa que tenha se tornado um ícone da cultura pop, o que Ortega, indiscutivelmente, também tem se tornado. Demais, né?

Matilda

Foi no final dos anos 90 que Matilda, a menininha “superpoderosa”, ganhou os corações dos telespectadores que a assistiam em frente às suas televisões. Clássico de “Sessão da Tarde”, a história foi repaginada e ganhou um remake novinho em folha, em 2022, pela Netflix. Dessa vez, sendo apresentada como um musical. Enquanto na versão dos anos 90, nós temos Mara Wilson no papel principal, em 2022, é a atriz mirim, Alisha Weir, quem dá vida à doce menininha.

O fato é que, nas duas versões, é possível se emocionar com a protagonista, que através da inocência e ternura intrínsecas à personagem infantil, nos faz refletir sobre a importância da bondade e da empatia. Rica como é, a trama faz com que nos encantemos, inclusive, com outros personagens secundários, como a “Miss Honey”, a professora com quem Matilda muito aprendeu, e que, portanto, Wilson rememora com muito carinho: “Foi um dos poucos filmes infantis a mostrar uma personagem feminina forte e resiliente superando a adversidade e uma família que não a entendia. Ela criou sua própria família e sua própria felicidade por meio de trabalho duro e amizade.” E não é para menos, né?

Percy Jackson

Apesar de o autor Rick Riordan ter se inspirado na mitologia grega para escrever a saga “Percy Jackson”, o personagem homônimo não existiu historicamente, indo na contramão do que muitos acreditam. Nas telonas, todavia, o protagonista da trama apareceu pela primeira vez em 2010, no filme Percy Jackson e o Ladrão de Raios, tendo Logan Lerman como o responsável por trazer o filho de Poseidon à vida, e fazendo a alegria de muitos fãs, que esperaram ansiosamente pelo live-action da história.

Infelizmente, a trama não se estendeu muito no cinema, e foi concluída com um segundo filme, em 2013. Mas, isso não foi o suficiente para que os admiradores desistissem de ver seus “heróis” favoritos saírem dos livros. Em 2023, a Disney anunciou a produção de uma série inteirinha baseada na história de Percy e seus amigos. Porém, com um elenco renovado, no qual o menino de olhos verdes ganha vida pelas mãos do ator Walker Scobell — que já recebeu, inclusive, elogios de Lerman: “O garoto é realmente talentoso. Como conselho, diria a ele para se divertir. E também: ’Você é ótimo. Você está lá por uma razão. Apenas faça seu trabalho’”.

Cinderela

É claro que uma das princesas de “contos de fadas” mais retratadas no cinema (inclusive no Brasil) não poderia ficar de fora. Dentre muitas versões, não podemos deixar de citar a vivida por Hilary Duff, em A Nova Cinderela, que foi um clássico teen que agitou os anos 2000 e guarda cenas que só quem foi adolescente na época vai entender. E, assim como o longa-metragem de 2004, há outra versão que se consagrou na cultura pop como uma das melhores da “Princesa do sapatinho de cristal”.

É claro que estamos falando de Cinderela, de 2015, o primeiro live-action oficial do renomado estúdio de contos infantis, Disney. No entanto, nessa versão, Lily James é quem dá vida à princesa homônima, de forma luxuosa e adorável, reinventando a clássica história. O prestígio foi tanto, que o longa-metragem chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Figurino/Guarda-Roupa, no ano seguinte, um reconhecimento ao trabalho da figurinista Sandy Powell. Assim sendo, qual a sua “Cinderela” favorita? A que retoma os anos 2000 ou a “atualizada”?

Lara Croft

Um dos clássicos dos anos 2000, Lara Croft: Tomb Raider marcou uma geração, para a qual a personagem homônima foi uma referência em muitos sentidos. A fama, no entanto, não se dava ao longa-metragem, somente, mas à origem da icônica personagem, o jogo de videogame “Tomb Raider”. Na versão de 2001, podemos ver a Croft de Angelina Jolie, que apesar de ter feito muito sucesso, curiosamente, não foi um papel muito divertido para a atriz, que já declarou: “Eu não estava satisfeita. Durante as filmagens do filme, estávamos tentando entender como as coisas funcionavam e como transformar o videogame em uma pessoa”.

Em 2018, todavia, é Alicia Vikander quem interpreta a arqueóloga nas telonas. Em entrevista, a artista conta que a relação com Lara é mais antiga do que imaginamos: “Eu tinha em torno de 10 anos quando vi o jogo. Olhei para a TV e nunca tinha visto uma garota, uma mulher, sendo protagonista de um videogame, e fiquei emocionada, observando”. E sobre os reboots da história, revela que adora o fato da trama ter chegado tão longe. E, bom, nós também adoramos! Qual a sua versão preferida?

Tempestade

Antes mesmo de o MCU lançar o seu primeiro filme, Iron Man, em 2008, nós já podíamos assistir a alguns dos super-heróis mais famosos de todos os tempos dando um verdadeiro show nas telonas. Afinal, se você viveu o começo dos anos 2000, é bem provável que se lembre da franquia X-Men desenvolvida pela Fox, que trouxe à tona personagens icônicos da cultura pop em forma de live-action, fazendo com que os atores da trama sejam lembrados até hoje por esses papéis. Como por exemplo, a “Tempestade” de Halle Berry.

Não é à toa que a atriz já tenha sido questionada se voltaria a viver a personagem, e tenha dado a melhor resposta possível: “Eu absolutamente voltaria [para um novo filme], é uma personagem amada, eu adorei interpretá-la, e as pessoas a amam. Então você sabe, se pudéssemos encontrar uma versão ou enredo que fizesse sentido, eu absolutamente faria isso”. A personagem, no entanto, foi repaginada para X-Men: Apocalipse, lançado dez anos depois que Berry a interpretou pela última vez, em X-Men: O Confronto Final. Dessa vez, contudo, fora Alexandra Shipp a responsável por criar uma nova versão da icônica heroína negra. E arrasou, tanto quanto Halle, concorda?

Hebe Camargo

Ela foi radialista, cantora, humorista, atriz, consagrou-se como apresentadora. E por que não “personagem” de série e filme de TV? Hebe teve a sua carreira retratada não em uma, mas em duas produções prestigiadíssimas pela crítica: Hebe, uma minissérie homônima, e Hebe: A Estrela do Brasil, um longa-metragem. Em ambas as tramas, o protagonismo fica por conta de Valentina Herszage, a versão jovem da apresentadora, e a veterana Andrea Beltrão, que vive Hebe em sua versão madura, portanto, a mais memorável para muitos.

Todavia, engana-se quem pensa que dar vida a um dos maiores ícones da televisão brasileira é uma tarefa fácil. Em entrevista, Andrea Beltrão conta sobre a experiência: “Foi um desespero, não foi nada fácil. É uma pessoa muito famosa, talvez a maior apresentadora do Brasil, uma comunicadora imensa. Eu me apaixonei muito radicalmente por ela. Pela coragem de ser quem ela era, com todos os limites, com as dificuldades, com as inseguranças, falando muitas besteiras, errando muito, mas também não tendo vergonha de errar”. Ao passo em que Valentina Herszage reitera: “Uma das coisas mais desafiadoras e animadoras é fazer uma personagem com tanto texto, com tanta fala e tudo tão bem escrito. Eu e Andrea líamos poemas juntas para gente tentar se escutar e trazer um pouco da musicalidade [dela]”.

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