O método japonês de 7 passos para economizar mais e melhor

há 3 anos

Um levantamento realizado pelo Banco Mundial mostra que somente 4% dos brasileiros têm o hábito de poupar, seja em caderneta de poupança, fundos de investimento ou ações, por exemplo. Em um ranking de 142 países, o Brasil um dos mais mal colocados no quesito poupança.

Um dos principais motivos desse comportamento tem a ver com o fato de que o tema Educação Financeira não é ensinado nas escolas, o que ajudaria a criar, desde cedo, uma disciplina para poupar e escolher os melhores investimentos.

Se você não tem o hábito de poupar, este post do Incrível.club lhe ajudará a dar o primeiro passo por meio do livro japonês Kakebo, de finanças pessoais — a obra possui uma versão em português. São dicas simples que lhe ajudarão a chegar no final do mês com algum dinheiro para poupar e, assim, começar a fazer seu pé de meia.

O que é Kakebo?

O Kakebo é um livro japonês muito antigo, mas ainda assim atual, de finanças pessoais. Sua primeira edição foi escrita em 1904 por Makoto Haní. Desde então, o método apresentado na obra vem se mostrando eficiente por mais de um século. Caso não queira comprar o livro, você pode entender melhor o funcionamento aqui.

Independentemente da idade ou de quanto ganhamos, é importante nunca abandonar o hábito de poupar, seja para a aposentadoria, uma viagem com a família, o estudo dos filhos, a compra da casa própria ou a formação de uma reserva de emergência tão importante no caso da perda do emprego, por exemplo — especialistas recomendam que essa reserva deve ser suficiente para cobrir o total de gastos durante seis meses.

Se você faz parte da turma que não consegue guardar dinheiro, talvez já tenha se perguntado como vencer esse desafio que parece tão difícil.

Pois bem, mostraremos que é mais simples do que parece, seguindo os 7 passos do já mencionado Kakebo. Confira conosco e comece agora a engordar o seu porquinho.

1. Coloque no papel suas receitas e despesas fixas:

Receitas — Gastos

Anote todos os itens que representam receitas (ganhos) e gastos fixos mensais, como por exemplo:

Imóvel (pagamento de financiamento ou aluguel. Se você tem um imóvel e o aluga, coloque como receita).
Serviços de água, luz, gás, telefone fixo e celular, Internet, TV a cabo e condomínio.
Transporte.
Academia/clube.
Educação.
Saúde.
Créditos/dívidas (por exemplo para a compra de um eletrodoméstico).

Não tenha peguiça de verificar tudo. Afinal, seu dinheiro e seus sonhos é que estão em jogo.

2. Crie uma meta de economia e escreva-a

A meta deve ser realista e dentro de suas possibilidades, para que você possa cumpri-la. Comece com objetivos pequenos, que são mais fáceis de alcançar. Por exemplo, se você ganha 2.000 reais por mês, pode poupar, suponhamos, 100 reais ou 5%.

3. Crie um plano simples para atingir sua meta

Para atingir seus objetivos, é importante pensar na melhor maneira de fazer isso. Economizar sempre envolve abrir mão de alguns pequenos prazeres, tenha isso em mente. Mas lembre-se, também, que, no longo prazo, isso trará a alegria de adquirir um bem maior ou uma viagem, por exemplo.

Algumas opções simples de estratégias para economizar:

Este mês, irei ao cinema apenas uma vez, em vez de duas.
Levarei comida para o trabalho ou, em vez de pedir uma pizza, cozinharei em casa.
Diminuirei os gastos com água, luz ou Internet, por exemplo.
Irei ao trabalho de bicicleta.

4. Separe os gastos por categorias

A partir da lista de gastos feita anteriormente, separe essas despesas em 4 categorias que mostraremos a seguir. Isso ajudará a ver com mais clareza o que é importante e o que não é.

As categorias são: (1) sobrevivência (gastos indispensáveis, como comida, água, luz e condomínio); (2) diversão; (3) educação (escola, aulas de dança ou de natação, por exemplo); e (4) extras.

5. No dia a dia

Agora é hora de pôr em pratica seu plano e acompanhar seus gastos no dia a dia. Isso pode parecer um pouco chato no início, pois exigirá um acompanhamento próximo, mas, no final do mês, fará uma enorme diferença, já que você saberá exatamente onde está gastando e quais os ’ralos’ por onde o dinheiro está escapando, lhe impedindo de poupar. Você terá clareza de quais as categorias que estão consumindo mais e poderá se exigir economizar um pouco mais de energia ou de água, por exemplo. Ou ir menos ao shopping.

6. Analisando os resultados

Ao final de cada mês, você poderá analisar em que dias tende a gastar mais, se atingiu as metas propostas e, caso não, o que deve fazer para chegar lá. Nesse processo, há algumas perguntas que poderão lhe ajudar a analisar de maneira mais produtiva o que os números mostram:

Quais meus ganhos totais este mês (salário, aluguel, venda de doces ou de cosméticos)?
Quanto quero economizar no próximo mês?
Quanto estou gastando em cada categoria?
Que gastos posso cortar para o próximo mês?

Uma maneira inteligente de avaliar as próprias finanças.

7. Melhorando as metas

Que ótimo, você conseguiu economizar um mês, depois dois, três... lá se vão alguns meses e você vem fazendo a lição de casa. Já tem até uma poupança para chamar de sua e começou a se interessar por fundos de investimento, ações. Calma lá! Antes de mais nada, parabéns pela conquista! Agora é a hora de aumentar as metas. Que tal verificar se consegue poupar um pouco mais?

E outro ponto superimportante: é hora de falar sobre economia com seus amigos e familiares. No Japão, terra do Kakebo, as crianças aprendem desde cedo a importância de organizar as próprias finanças e de economizar. É o momento de mostrar os benefícios de ter um dinheiro poupado a seus filhos, amigos, parentes e outras pessoas.

Se você se preocupa com o futuro deles, ensinar esses valores é um excelente presente!