10 Mitos e verdades sobre a gravidez que você talvez não saiba

Crianças
há 3 anos

gravidez é um acontecimento um tanto quanto misterioso e, por isso, a mulher, mais do que nunca, precisa de informações sobre o que irá acontecer com seu corpo. Ainda no século XIX, conselhos e recomendações sobre gestação foram publicados em livros e panfletos que, no mínimo, eram um pouco estranhos: dormir em tal posição para que a cabeça do bebê fique voltada para cima ou evitar pensar em pessoas “não bonitas” para não “estragar a aparência” da futura criança. Felizmente, hoje há diversas informações sobre o assunto na literatura e na Internet — onde também é possível encontrar dicas de médicos e profissionais da área de saúde e sanar muitas dúvidas. Ainda assim, há diversos mitos que ganharam força com a crença popular e ainda acabam confundindo algumas pessoas.

Nós, do Incrível.club, decidimos criar um pequeno teste para você descobrir quais afirmações são mitos e quais são baseadas em dados científicos. Acompanhe!

1. Mulheres grávidas devem evitar gatos

  • Mito

Muitas futuras mamães já ouviram que os felinos podem representar uma ameaça para o bebê. Mas, calma: não precisa correr para entregar os seus gatinhos ao abrigo mais próximo por medo de transmissão de toxoplasmose. Imagine só, seria terrível não poder mais fazer carinho no seu querido animal de estimação, não é? Em sua maioria, gatos de estimação se alimentam de rações industriais e não costumam sair dos arredores de onde vivem, o que reduz consideravelmente as chances desse animal se contaminar.

Além disso, gatos podem ser portadores somente por duas semanas após o contato com o toxoplasma e, se foi esse o caso, então há grandes chances de isso ter acontecido quando o animal ainda era filhote. Para contrair toxoplasmose de gatos é necessário muito esforço: se colocar as mãos na boca ou na comida sem lavá-las após limpar a caixa de areia do seu gatinho. É suficiente usar luvas de látex para manter o local do seu animal sempre limpo, assim como lavar bem as mãos após cada limpeza. Mas, atenção: não é recomendado adotar animais de rua durante o período de gestação. Agora, o que é muito mais perigoso do que o contato com gatos é consumir legumes e verduras sem lavá-los; e até usar a tábua de cortar sem esterilizá-la antes do uso, pois possíveis restos de carne crua podem ser ingeridos por conta disso.

2. É impossível engravidar já estando grávida

  • Mito

Em casos raros, mulheres podem engravidar durante uma outra gestação. Quando se engravida, há alterações hormonais semelhantes a uma contracepção natural: a mulher para de ovular; as paredes do útero se tornam mais espessas, o que dificulta a fixação do óvulo fertilizado; no colo do útero forma-se uma espécie de “rolha”, que impede a passagem dos espermatozoides. No entanto, há casos em que os ovários, por algum motivo, não adormecem (a mulher continua a ovular) e as barreiras não funcionam. Esse fenômeno é chamado de superfetação. Ambos os fetos podem, então, nascer em datas diferentes. Mas, como na maior parte dos casos ambas as concepções ocorrem em datas muito próximas, os bebês são retirados ao mesmo tempo.

Em 2016, Jessica Allen decidiu ser barriga de aluguel para um casal. Imagine a surpresa dela ao saber que, no 6º mês de gestação, ela estava grávida de dois bebês. Tanto ela como os médicos acharam que eram gêmeos. Mais tarde, porém, foi determinado que Jessica engravidou do próprio marido enquanto fazia a inseminação para ser barriga de aluguel — isso foi confirmado pelo teste de DNA. Por fim, as crianças foram separadas: uma ficou com a família dos Allen; a segunda, com os pais biológicos.

3. Tâmaras podem acelerar o parto

  • Verdade

Tâmaras representam uma enorme fonte de minerais indispensáveis (incluindo ferro e potássio) e aminoácidos, por isso são tão importantes para as grávidas. Consumir tâmaras na etapa final da gestação estimula o parto natural e reduz a necessidade da estimulação artificial. Mas qual seria a base científica por trás disso? Um estudo publicado em 2017 mostrou que somente 37% das mulheres que consumiram 7 tâmaras por dia precisaram de injeções de oxitocina sintética, em comparação com 50% das mulheres do grupo de controle.

Manter uma dieta rica em tâmaras pode influenciar positivamente o processo de abertura cervical uterina: mulheres que consumiram tâmaras chegaram ao hospital com uma abertura de 4 cm, enquanto as que não tinham a fruta no menu atingiram apenas 3 cm. Após dar à luz, as tâmaras também podem oferecer um benefício inestimável: mulheres que, logo após o parto, consumiram 50 g de tâmaras tiveram sangramento pós-parto mais brando do que aquelas que não comeram a fruta.

4. A vontade quase incontrolável de comer certas comidas é uma forma do organismo dizer o que está precisando

  • Mito

O desejo de comer uma bomba de chocolate no meio da madrugada não sinaliza que há carência de alguma coisa no corpo. Mas então de onde vem essa vontade? Bom, há duas razões para isso. Primeira: sem perceber, há influência psicológica da sociedade. Segunda: bactérias intestinais. No primeiro caso, o motivo está associado à cultura do meio em que se vive — propagandas e aqueles amigos do trabalho, que sempre comem docinhos no intervalo.

O segundo caso, por outro lado, é mais interessante. Certas bactérias podem “pedir” alguma comida específica para sobreviverem. Para isso, elas se utilizam de alguns truques, como, por exemplo, mandar um sinal para o cérebro por meio do nervo vago, que nos deixará “tristes” (isto é, querendo doce) ou, pelo contrário, aumentam os níveis de hormônios do prazer quando comemos aquilo que “elas” querem. E esse é o motivo para não consumir aquilo que se tem uma vontade quase incontrolável de comer. A dica? Controle a alimentação e consuma grandes quantidades de fibras. Isso fará com que as bactérias — benéficas para o corpo — fiquem “acostumadas” com uma alimentação saudável e continuem a se multiplicar para manter a estabilidade da flora intestinal.

5. A gravidez da mãe pode indicar qual será a gravidez da filha

  • Verdade

Uma filha pode herdar da mãe não apenas a cor dos olhos e o belo sorriso, mas também a forma como terá a própria gravidez. Por exemplo, se sua mãe ou irmã tiver sofrido de toxicose, você pode se preparar para o mesmo cenário. O tamanho da criança também depende do tamanho que nasceu a mãe ou o pai desse bebê: se ambos nasceram pequenos, provavelmente o bebê deles nascerá pequeno.

O tempo de gestação também será aproximadamente o mesmo. Se uma mulher grávida nasceu “atrasada”, então não é de se surpreender que o bebê dela siga o mesmo caminho. No que diz respeito ao próprio parto, tudo depende da formação corporal: se uma mulher se parece com a mãe, então a mesma situação pode ocorrer com os descendentes dela. Porém, mesmo que o parto da mãe tenha sido difícil, não podemos esquecer que a medicina está em constante mudança e evolução.

6. Gravidez causa sonhos estranhos

  • Verdade

Mulheres grávidas têm sonhos mais realísticos e, na maioria das vezes, pesadelos, principalmente no 3º trimestre. Um dos motivos: horários desregulados de sono, que estão associados ao desconforto físico. O aumento dos níveis de progesterona pode causar insônia; e durante o sono, pode resultar em apneia ou até na síndrome das pernas inquietas. A mulher, portanto, se levanta no meio do sonho — o que faz eles se tornarem mais vívidos e memoráveis.

Pesadelos são duas vezes mais frequentes em grávidas e geralmente estão associados com a criança. O mais provável é que esse fenômeno seja causado pelo estresse e pelos pensamentos, que surgem na cabeça das futuras mamães durante o dia.

7. O mês do nascimento pode indicar alguma coisa sobre o futuro da criança

  • Verdade

Aqui não estamos falando de astrologia. Estudos em fetos mostraram que a época em que o bebê nasce pode ter um impacto a longo prazo na saúde mental e física da criança. Aqueles que nascem no verão, por exemplo, são geralmente maiores e saudáveis. São também mais pesados e, na idade adulta, tendem a ter altura acima da média. No inverno, é o contrário: pesam menos ao nascer e têm menor estatura que a média depois de crescerem.

Acredita-se que isso se deva aos níveis de vitamina D, a qual — durante épocas mais quentes — está em abundância no corpo do bebê. O momento da concepção, de fato, não depende do salário dos pais ou de status social, mas pode realmente influenciar a vida futura da criança antes mesmo do seu nascimento.

8. Se fez cesariana uma vez, fará cesariana na gravidez seguinte

  • Mito

Nem todas as mulheres podem dar à luz naturalmente após uma cesariana, mas para 60-80% das mulheres isso ainda é possível. Mas há algumas contraindicações: excesso de peso (quando o IMC — Índice de Massa Corporal — é igual ou acima de 30); pressão alta; idade superior a 35 anos; tamanho avantajado do feto e sutura vertical no útero.

O sucesso em tais partos depende do que motivou a decisão de fazer uma cesariana em um primeiro momento. Se tiver sido por conta de complicações, há menos chances de a mulher dar à luz por parto normal mais tarde. Como a cesariana, o parto normal também tem seus riscos. O mais agravante deles é a ruptura uterina. Felizmente, a probabilidade de tal complicação é menor que 1%.

9. Nada pode aliviar os enjoos matinais

  • Mito

A náusea é um dos sintomas mais comuns da gravidez e afeta cerca de 70-80% das mulheres. Apesar de muitas vezes ser chamada de “enjoo matinal”, ela pode ocorrer durante todo o dia e pelo período inteiro da gestação. Muitas mulheres não falam sobre isso com seus médicos por acharem que é uma condição normal. Na verdade, identificar o problema com antecedência é importante para prevenir e aliviar os seus efeitos.

Às vezes pode ser suficiente implementar certas mudanças no estilo de vida para reduzir os sintomas desagradáveis: comer menos, mas com maior frequência; aumentar a atividade física; tomar chá de camomila com limão. O médico, ainda, pode receitar medicamentos específicos, por isso é sempre bom compartilhar com ele qualquer dúvida ou mudança em seu organismo.

10. Os batimentos cardíacos do bebê podem aparecer desde a 6ª semana

  • Mito

Acredita-se que os equipamentos médicos modernos são tão potentes que podem, já na 6ª semana, detectar os batimentos cardíacos do feto. Na verdade, o dispositivo médico nem mede os batimentos cardíacos. O ultrassom captura as vibrações sutis presentes no local onde o coração do bebê deverá, eventualmente, se formar, mas o próprio órgão ainda não está lá.

O som é produzido por um grupo de células, que, nesse momento, são capazes de emitir sinais elétricos. O desenvolvimento desse órgão, no entanto, durará todo o 1º trimestre.

Na sua opinião, qual a recomendação mais importante a seguir quando se está grávida? Comente!

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