Por que é tão importante continuarmos aprendendo, mesmo na vida adulta

Saúde
há 1 ano

Quando jovens, não nos preocupamos tanto assim com o futuro — ou melhor, com tudo o que abrange os anos que virão. Um “detalhe” que muitas vezes foge da nossa atenção é a memória. Entretanto, à medida que ficamos mais velhos, essa preocupação começa a surgir, assim como os pequenos lapsos de memória. E, sim, nós podemos mudar isso e melhorar nossa mente com pequenos atos, como continuar estudando e realizar exercícios físicos.

Com isso, nós, do Incrível.club, reunimos alguns fatos sobre nosso cérebro, que podem ajudar a deixar nossa mente mais saudável. Confira!

Ainda na infância

Quando criança, o tempo todo somos colocados para aprender novas coisas. Afinal, desde muito cedo, frequentamos a escola. Dia após dia recebemos uma quantidade enorme de conteúdo para o nosso cérebro absorver e aprender. Isso quando não fazemos atividades extracurriculares, ou seja, ganhamos ainda mais aprendizado. Mas o período em que o cérebro mais se desenvolve acontece antes, ainda na primeira parte da infância.

Nessa fase, tudo parece novo, desde algo mais básico como aprender a andar e falar, até coisas mais complexas como tocar um instrumento ou mexer em computadores. E, para isso, dependemos do auxílio de terceiros, sejam pais, irmãos, avós ou qualquer pessoa que esteja à nossa volta. Somente assim vamos ganhando autonomia para realizar certas atividades de maneira autônoma. Logo, a forma como o cérebro se desenvolve é afetada pelas experiências da criança com outras pessoas e com o mundo.

A capacidade do cérebro de mudar e se adaptar como resultado da experiência

capacidade do cérebro de mudar e se adaptar como resultado da experiência, ou seja, da interação com o ambiente, tem um nome mais robusto e complicado, conhecido como neuroplasticidade (ou plasticidade cerebral). Entretanto, apesar do nome, a explicação não tem nada a ver com plástico. A nomenclatura foi dada por causa da forma maleável do cérebro, que é definida como algo facilmente influenciado, treinado ou controlado.

A neuroplasticidade é muito benéfica para o nosso dia a dia, principalmente na fase adulta, em que a tendência é ficarmos com uma memória ruim. É por meio dela que o cérebro se adapta e promove mudanças, como aprender coisas novas e melhorar as capacidades cognitivas existentes.

Melhorar a neuroplasticidade é mais fácil do que podemos imaginar. Podemos fazer isso realizando simples atividades que, às vezes, estão a um clique de distância, como aprender um idioma, cozinhar ou exercitar nossa capacidade criativa, como pintar e desenhar. É na infância que somos bombardeados de informações e aprendizados, mas isso não significa que é o único momento da vida em que conseguimos aprender algo — ou melhor, em que podemos aprender algo. É possível que constantemente busquemos adquirir novas habilidades e, consequentemente, conquistemos novos conhecimentos.

Memória melhor

Quantas vezes ao dia não nos esquecemos de alguma coisa? Pode ser um detalhe bobo como “onde está aquela roupa?”, até uma consulta médica importante. Para evitar que isso ocorra, acabamos escrevendo bilhetinhos e os deixando na geladeira ou em algum lugar visível. Mesmo assim, o melhor seria que nossa memória não falhasse em momentos importantes.

Um estudo realizado pela US National Institute on Aging aponta que pessoas mais velhas que aprendem certas funções, como fazer colchas ou fotografia, tendem a ter sua memória melhorada. Depois de três meses de teste, os participantes que trabalharam com isso por mais de 16 horas por semana, durante três meses, tiveram a memória esporádica aprimorada. Por outro lado, os que participaram em atividades não-intelectuais com um grupo social ou realizaram tarefas cognitivas de baixa demanda, sem contato social, tiveram um resultado pior.

Antenado ao meio

O trabalho mental não só evita um distúrbio cerebral referente à memória, como também auxilia na valorização do indivíduo. Afinal, por meio dos estudos, a pessoa mais velha fica antenada e participativa ao meio. “Se sentem mais valorizados, lembram que são capazes de fazer o que quiserem. O desenvolvimento intelectual é uma importante ferramenta para lidar com esse processo de envelhecimento”, afirma a gerontologista e coordenadora da Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati-Unisuam), Rose Soares.

O processo de aprendizado não para em algum momento da vida, muito pelo contrário. Ele pode ser investido durante toda nossa trajetória, até mesmo na terceira idade. Sendo assim, nunca é tarde demais para aprender algo novo.

Exercício físico e a mente

Engana-se quem acredita que só trabalhos mentais auxiliam em um melhor desempenho do cérebro. Para um futuro cheio de memória, a parte física também ajuda. O exercício aumenta o fluxo sanguíneo até o cérebro, e o aumento não é só benéfico, mas essencial para o nosso corpo. Por meio dele, são fornecidos todos os nutrientes necessários para o trabalho cerebral cumprir sua função. Tal fato melhora a capacidade de guardar informações.

Sendo assim, o ideal é que o exercício físico também esteja na sua agenda, afinal, um auxilia o outro. Alguns estudos apontam que a recomendação é de 120 a 150 minutos de exercício de intensidade moderada por semana. Vale qualquer atividade que aumente a frequência cardíaca, como esteira, bicicleta ou caminhada vigorosa.

Você é daqueles esquecidos ou dos que anotam tudo, recorrendo até a uma agenda para auxiliá-lo? Prefere atividades físicas ou intelectuais? O que gosta de fazer no tempo livre para melhorar a saúde? Compartilhe com a gente nos comentários!

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