10 Trajes históricos que são a própria definição de “sacrifício em nome da beleza”

Design
há 2 anos

Desde a antiguidade, as pessoas sempre buscaram ter uma boa aparência: no Antigo Egito, pintavam os olhos com uma pomada grossa feita de sulfeto de chumbo ou antimônio; já na Grécia Antiga, faziam rímel a partir de fuligem e outros compostos. E com o desenvolvimento da humanidade e da tecnologia, a moda foi cada vez mais longe, inventando itens bastante originais, mas, às vezes, perigosos para a saúde.

Nós, do Incrível.club, decidimos checar as tendências da moda nos séculos passados e observar o conceito de beleza dos nossos antepassados, e, sinceramente, ficamos agradecidos por vivermos no século XXI em que a moda evoluiu lado a lado com o conforto.

Colarinho

Vestir-se bem era difícil para os cavaleiros do século XIX: a moda masculina da época exigia o uso de um acessório pequeno e aparentemente inofensivo — um colarinho falso. Até aí tudo bem, mas o uso desse acessório apertava fortemente a artéria carótida, podendo causar desmaios e dificuldade de respirar.

Chopine

Chopine, zoccoli ou pianelle — como eram chamados os sapatos venezianos que acabaram trazendo muitos problemas para as mulheres italianas na Idade Média. Inicialmente, o chopine desempenhava uma função muito útil: protegia as roupas da sujeira das ruas e ainda era uma forma de mostrar o alto status social de quem o usava. No entanto, na prática, eles eram pouco práticos: as mulheres medievais só podiam circular neles com o apoio do marido ou de um ajudante. E isso não é surpreendente: a altura de alguns sapatos chegava a 50 cm.

Vestido verde

Mesmo as mulheres ávidas pela moda tiveram de se contentar em não ter roupas verdes no século XVIII: os mestres da época simplesmente não tinham o pigmento adequado à sua disposição naquele período. O problema foi resolvido com uma invenção do alemão Carl Wilhelm Scheele, que misturou cobre com arsênico. O resultado acabou sendo brilhante, literalmente: o verde-esmeralda era incrivelmente profundo e brilhante.

Logo os eventos sociais foram invadidos por essa cor, que o químico modestamente chamou de “Verde Scheele”. Roupas, joias, papéis de parede e até mesmo brinquedos infantis — tudo isso passou a ostentar imediatamente essa cor inovadora. No entanto, curiosamente, cada vez mais senhoras com vestidos verdes começaram a procurar os médicos com problemas de saúde. Até o papel de parede verde do quarto de Napoleão causou uma intoxicação no então imperador da França. Somente no século XIX o pigmento verde de Scheele foi reconhecido como venenoso, e, desde então, esse composto tem sido usado como pesticida.

Crinolina

A crinolina servia para modelar a saia do vestido e era frequentemente usada por qualquer senhora de respeito em um passado não muito distante. A maioria era feita de osso de baleia. A peça ajudava a manter os homens distantes, esconder as falhas no corpo e disfarçar a posição em que a pessoa estava. Entretanto, o uso da crinolina tinha suas desvantagens: muitas vezes as damas não conseguiam entrar na carruagem, ficavam presas nas portas e, às vezes, acidentalmente queimavam a bainha do vestido perto da lareira, correndo risco de a peça incendiar.

Usar tecido para mascarar a falta de dentes

Antigamente, quando o serviço dos dentistas se limitava a arrancar dentes, os amantes dos doces inventaram um método muito original para esconder esse problema. Elizabeth I, por exemplo, era conhecida por sair em público com trapos de tecido nas laterais da boca para que ninguém pudesse notar suas bochechas flácidas pela falta de dentes.

Pente de acetato de celulose

Os pentes feitos de acetato de celulose já estiveram na moda entre as mulheres de classes mais baixas no início do século XX. O material é branco, leve, barato, mas extremamente perigoso devido a sua capacidade de pegar fogo quando exposto ao sol.

Penteado fontange

Esse penteado extremamente elegante do século XVIII era, originalmente, apenas um rabo de cavalo desleixado. No entanto, a moda transformou o fontange em uma caprichosa pilha de cabelos com uma estrutura sólida e decorada com acessórios.

As mulheres do tempo do Iluminismo costumavam pentear seus cabelos com claras de ovo para obter uma fixação melhor. O penteado, contudo, começava a cair com o tempo, além de exalar um odor desagradável. Os nobres disfarçavam usando perfume, o que mascarava o mau cheiro por um tempo. No entanto, o problema com esse penteado não parava por aí: as senhoras tinham de dormir sentadas para não estragar o cabelo.

Sapatos venenosos

O nitrobenzeno é uma substância extremamente perigosa usada antigamente para manter a beleza dos calçados. Embora o produto pudesse facilmente causar sérios problemas de saúde nas pessoas, durante muito tempo os fabricantes o produziram com rótulos chamativos e bastante inofensivos, chamando o nitrobenzeno de “óleo de amêndoa” por causa do seu cheiro agradável.

Chapéus enormes com alfinetes

No início do século XX, as mulheres eram loucas por chapéus volumosos, e os prendiam nos cabelos com alfinetes especiais, que podiam ter até 30 cm de tamanho. As suas pontas poderiam facilmente arranhar o rosto das pessoas na multidão, mas as mulheres não se importavam muito com isso e não tiveram pressa em abandonar essa moda, pois ainda podiam usá-los para autodefesa.

Espartilho

Deformidades da região torácica, compressão dos órgãos internos, atrofia muscular e ataques de asfixia — tudo isso acompanhava as mulheres ávidas por se manterem na moda, que queriam uma cintura fina e usavam constantemente espartilhos feitos de osso de baleia. A salvadora das mulheres europeias foi a francesa Herminie Cadolle, que inventou o protótipo do sutiã moderno e poupou as mulheres de continuar usando essa peça tão desagradável.

O que é mais importante para você: beleza ou saúde? Acha que é possível encontrar um meio-termo entre esses conceitos? Conte para a gente na seção de comentários.

Comentários

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se as roupas antigamente eram ruins e desconfortaveis, hoje elas sao feias e de mau gosto

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nem me fale, eu imagino que as coisas antigamente nao devia ser nada faceis, muitas roupas e pouca higiene, to fora

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A ROUPA DE VAQUEIRO EH MUITO PESADA E DURA PORQUE EH FEITA DE COURO CURTIDO RUIM MESMO DE USAAR

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