9 Fatos mostrados em filmes que a ciência já provou que não funcionam na vida real

Arte
há 1 ano

O que seria dos filmes de Hollywood sem um pouco de magia? Provavelmente, seriam monótonos e sem o poder de entreter milhões de pessoas, ou, até mesmo, ensinar uma coisa ou outra sobre a vida. O problema, é que, por vezes, essa magia é levada para além dos limites, criando alguns fatos que não são necessariamente verdadeiros, fazendo com que as pessoas nem questionem sua veracidade. Por isso, vamos conhecer 10 mitos criados em Hollywood que são facilmente desmentidos pela ciência.

1. Conversar estando em queda livre

Se há uma cena comum em filmes de ação é de pessoas conversando entre si estando em queda livre. Na ficção, isso parece funcionar bem, mas a ideia não passa de uma mentira. Quando você pula de um avião, independentemente de duas pessoas estarem perto uma da outra, o som do vento que passa é tão alto que torna a comunicação entre ambas impossível.

É por isso que a maioria dos paraquedistas se comunicam usando linguagem gestual ou contato visual. Ainda, antes de saltar, todos já têm um plano bem definido e o praticam no solo, de forma que tudo corra bem quando estiverem no ar.

2. Dardos tranquilizantes não funcionam exatamente igual como mostram os filmes

Nos filmes e séries, os dardos tranquilizantes são usados para tentar conter o inimigo, que imediatamente cai no chão e fica inconsciente. Na ficção, o efeito dos dardos é imediato, porém, não machuca ninguém. Na vida real, isso não passa de um mito. Os dardos tranquilizantes são sedativos poderosos e, assim sendo, a vítima, além de cair inconsciente, também poderá ter outros tipos de problemas de saúde.

3. Os desfibriladores não trazem pacientes à vida

Um cenário muito usado em seriados e filmes onde a trama se passa dentro de um hospital é a de um paciente que aparece quase sem vida e um médico traz o desfibrilador, carrega-o e, como em um toque de magia, a pessoa renasce. Infelizmente, na vida real, as coisas são bem diferentes.

Os desfibriladores não trazem pacientes à vida, apenas servem para corrigir ritmos cardíacos anormais, que ocorrem durante a parada cardíaca. No mundo real, o mais eficiente é fazer uma massagem cardíaca, uma técnica que permite substituir o trabalho do coração e continuar bombeando sangue pelo corpo.

4. Touros não atacam por conta da cor vermelha

Ao contrário da crença popular, a cor vermelha não gera nenhum tipo de sentimento aos touros. Esses animais são levemente daltônicos em comparação com a maioria dos humanos, o que quer dizer que não conseguem ver esse tom. A ciência diz que os touros não possuem o receptor vermelho da retina e só podem ver as cores amarela, verde, azul e violeta, de acordo com o livro Improving Animal Welfare: A Practical Approach, de Temple Grandin.

5. Fabricar um antídoto leva muito mais tempo que um mês

Quando há filmes em que um agente contagioso é espalhado pelo planeta, a trama gira sempre em torno da fabricação e distribuição de um antídoto para neutralizar esse micro-organismo infeccioso em poucos dias. Na maioria das produções, o período de tempo em que tudo acontece é muito curto. Na vida real, no entanto, fabricar um antídoto levaria muito mais tempo — por vezes, mais de 18 meses.

6. O mito do sequestro do clorofórmio

Sabe aquelas cenas de sequestro em que uma figura até então desconhecida no filme coloca a vítima para dormir com um pano encharcado de clorofórmio? Normalmente, o que vemos é que a pessoa sequestrada perde a consciência segundos depois.

É verdade que o clorofórmio é um potente anestésico, porém, contrariamente ao que assistimos, atua de forma lenta no corpo humano. Por exemplo, qualquer adulto ainda teria tempo para resistir e lutar com todas as suas forças contra o agressor, visto que o líquido incolor levaria pelo menos cinco minutos para fazer efeito.

7. Os raios laser não são exatamente como vemos nos filmes de ficção científica

A ficção científica tem nos enganado com os raios laser. Nem tudo é inteiramente mentira, uma vez que esses raios implícitos nos filmes são baseados em tecnologia real, mas o problema começa quando os feixes de luz conseguem desintegrar qualquer tipo de objeto com muita facilidade. Ainda de acordo com a Bigelow, uma empresa do ramo da tecnologia espacial, um objeto para desaparecer completamente e fazer aquele efeito de puf, como vemos no cinema, teria de ser menor que o raio de luz projetado.

Outro fator é a intensidade da cor que sai deles. Na saga Star Wars, vemos imensas batalhas nas quais são utilizados lasers no espaço, em um lugar onde não existe atmosfera, portanto, não há partículas, o que impossibilitaria espalhar toda aquela luz. Na vida real, só poderia ser visível dependendo da quantidade de partículas no ar.

8. Hackers adivinhando uma senha instantaneamente

Em longas como Velozes e Furiosos, Duro de Matar, ou qualquer outro filme com hackers, é muito fácil presumir que todos eles são uma espécie de gênios da computação. A verdade está muito longe disso. Não é possível adivinhar uma senha instantaneamente, usar o endereço IP para invadir contas ou digitar tão rápido quanto mostram.

Ainda que existam alguns hackers que usam suas habilidades para fins duvidosos, muitos deles apenas trabalham como especialistas em segurança para encontrar vulnerabilidades em sistemas de computador, para que possam ser corrigidos.

9. Um dinossauro não poderia ser clonado através de um mosquito preservado em âmbar

Em Jurassic Park: Parque dos Dinossauros, há um erro científico na trama principal. Primeiro, o sangue de um dos dinossauros é sugado por um mosquito. Em seguida, o mosquito fica preso em uma resina de âmbar e os cientistas o usam para obter o DNA do dinossauro e cloná-lo. Apesar de parecer uma ideia brilhante, essa tática nunca funcionaria na vida real, uma vez que isso não é suficiente para preservar informações genéticas úteis por milhões de anos. Seria necessário, pelo menos, ter algumas amostras do corpo original.

Apesar dos fatos imprecisos criados em Hollywood, a maioria das pessoas continua a consumir essa forma de mídia, sem questionar. O que faz você gostar tanto de cinema? Comente!

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