Você Não Está Condenado a Envelhecer Como Seus Pais, e Eu Te Conto Por Quê

Saúde
há 10 meses

Imagine nascer velho e ficar mais jovem conforme a vida passa? Bem, já vimos esse filme antes, não? Benjamin Button nos ensinou algumas lições valiosas. À medida que envelhecemos, nosso corpo muda. Nossos hábitos, nossos gostos e aversões, nossa inteligência emocional, tudo isso muda com o tempo. Mas o que é exatamente o envelhecimento? E como cada ser vivo do planeta está sujeito a isso? Desde pequenos, as pessoas nos perguntam: “O que você quer ser quando crescer?”. Raramente alguém responde: “Velho! Eu quero ser velho”. No entanto, como Groucho Marx disse uma vez: “Envelhecer é algo que você faz se tiver sorte”.
Imagine-se em 20 anos. Como você acha que vai estar? Seu rosto terá algumas rugas extras, talvez. Mas aposto que você acabou de imaginar uma versão parecida com seu pai ou sua mãe. Nós tendemos a usar nossos progenitores como modelos de como vamos ficar quando envelhecermos. No entanto, a genética é responsável por apenas 30% de nossos padrões de envelhecimento. A boa notícia é que não estamos 100% fadados a reproduzir os mesmos problemas de saúde ou padrões de envelhecimento que nossos pais. Isso não é nada além de um mito popular. Você tem controle real sobre como seu corpo envelhece.

Vamos esclarecer uma coisa: o envelhecimento acontece em nível celular. Você começa a envelhecer a partir do momento que nasce. E continua envelhecendo a cada dia de sua vida. Sim, mesmo enquanto está assistindo a este vídeo. Mas a maior parte do que envelhecemos tem a ver com nossas interações com fatores externos: os ambientes em que vivemos, os alimentos que comemos e nossas rotinas físicas e cognitivas. Tudo isso conta. Talvez Maya possa nos ajudar a entender isso melhor. Maya nasceu um bebê saudável — inteligente, curioso e feliz. Na infância e no início da vida adulta, Maya está no que se chama “curva ascendente de desenvolvimento”. Seu cérebro e seus ossos estão crescendo até seu potencial máximo. Nossos cérebros mudam bastante até os 20 anos, então é bom dar um estímulo extra para garantir seu desenvolvimento ideal. É bom que Maya tenha se voluntariado no abrigo de cães local desde que era pequena, pois estudos mostram que doar-se retarda o declínio cognitivo. Em outras palavras, torna seu cérebro mais saudável por um período de tempo mais longo. Aprender coisas novas, como uma nova linguagem, também é bom nesse período da vida — aumenta sua capacidade de pensar e sua agilidade mental, além de retardar o envelhecimento do cérebro.

Depois vem os 30 anos. Supostamente, o auge da vida de alguém. Uma década em que os níveis de felicidade estão aumentando. Mas é também quando o metabolismo de Maya começa a diminuir de 2 a 3% a cada 10 anos. É também quando ela começa a perder massa muscular, portanto manter a rotina de yoga ou musculação é o melhor antídoto. Comer coisas saudáveis pode não ter sido a prioridade de Maya até então, mas com certeza será agora. Ela começará a ingerir alimentos que ajudarão a acelerar seu metabolismo, como gengibre. Nos seus 40 anos, o corpo de Maya passará a encolher. A cada 10 anos após os 40 anos de idade, perdemos cerca de meio centímetro da nossa altura. Isso acontece devido a mudanças em ossos, músculos e articulações. Não há como parar completamente o processo de contração, mas o exercício ajudará a reduzi-lo um pouco. Nos seus 50 e 60 anos, os descendentes de Maya estarão na escola e frequentemente fora de casa, então ela se sentirá mais livre do que nos últimos anos. Mas ela terá que aceitar algumas novas limitações em relação ao seu corpo. Sua visão e audição podem sofrem mais. Um terço dos americanos entre os 60 e 70 anos tem perda auditiva. Mas Maya pode usar óculos e aparelhos auditivos se precisar. Sua pele perdeu muita elasticidade, de modo que as rugas são bem aparentes. Ela pode se arrepender de toda vez que foi à praia sem protetor solar quando era mais jovem. Mas, vendo pelo lado positivo, Maya está arrasando com esse penteado todo cinza! Ela adora!

Mesmo que Maya esteja abraçando os ciclos da vida, alguns de seus amigos estão se voltando para as mais novas tecnologias a fim de retardar ou mesmo reduzir o envelhecimento de seus corpos. Os seres humanos vivem em média 90 anos — o que já é muito, se você quiser saber. Até hoje, a pessoa que esteve mais tempo neste mundo viveu por mais ou menos 122 anos e 164 dias. Seu nome era Jeanne Calment, uma francesa. A pessoa mais velha e viva do mundo nos dias de hoje é também francesa: a Lucile Randon. Ela tem 118 anos. Não dá pra não perguntar: tem alguma coisa na água da França? Gente!
As promessas das novas tecnologias mostram que mais pessoas poderiam estar vivendo até os 110 ou 120 anos. No entanto, algumas perguntas permanecem: por que alguém iria querer viver tanto tempo? A humanidade deveria ter esse objetivo em comum, coletivamente? Um dos principais focos da medicina hoje é promover a saúde das pessoas: em vez de apenas aumentar o tempo de vida, também conhecido como o número de anos durante os quais alguém está vivo, a medicina está tentando promover nossa qualidade de vida. E não temos que viajar para um futuro distante para dizer que estamos vivendo mais do que antes.

Veja bem: 100 anos atrás, a vida de uma pessoa nos Estados Unidos era de cerca de 53 anos. Portanto, sim, estamos vivendo mais tempo. Se você olhar algumas fotos antigas, verá que as pessoas também parecem muito mais jovens hoje do que há algumas décadas. Se vir os anuários escolares dos anos de 1970, você notará como as pessoas de 19 anos pareciam ter 30 ou até 40 anos de acordo com nossos padrões modernos. Os pesquisadores da Yale e da USC descobriram que, de fato, estamos ficando mais jovens por mais tempo. Seus resultados sugerem que, entre o início dos anos de 1990 e o final dos anos 2000, os 60 anos se tornaram os novos 56. E os 40 se tornaram os novos 37,5. De acordo com o mais novo livro do Dr. Morgan Levine, “True Age”, a humanidade está à beira de retardar o processo de envelhecimento. Levine diz que temos duas idades: nossa idade cronológica, a que celebramos em nossos aniversários, e nossa idade biológica. Isso significa que você pode ter 30 anos — cronologicamente -, mas ter 25 anos ou mesmo 35 anos biologicamente. O que determinará sua idade biológica é basicamente quão saudável você é. O que nos leva de volta ao que dissemos no início deste vídeo: como é sua rotina de exercícios? Como é sua alimentação? Você consegue manter uma rotina de baixo stress?

Além isso, a ciência identificou um tipo muito específico de célula que se acredita ser responsável pelo envelhecimento humano. São popularmente conhecidas como células-zumbi. Uii! Em razão de algum estresse, essas células perdem sua capacidade de replicação e, em vez de serem ejetadas pelo sistema, permanecem em nossos corpos. Elas não se replicam e fazem com que nossos corpos envelheçam mais e mais. Alguns experimentos científicos foram realizados — eles visavam essas células-zumbis, tentando removê-las do corpo das pessoas. Mas não foi 100% provado que isso pode deter o envelhecimento. Outra aposta moderna é a multiplicação das células NAD+. Nossas células são feitas de centenas de partes. Todas essas partes precisam ser constantemente destruídas, limpas e reconstruídas. O problema é que, à medida que envelhecemos, esse processo se torna menos eficaz. Produzimos cada vez menos a chamada coenzima NAD+, que é como uma parte autorreguladora da nossa estrutura celular. Ela lembra nossas células de suas funções reprodutivas. Quando temos 50 anos, temos cerca da metade do NAD+ em relação a quando tínhamos 25 anos. Quantidades baixas dessa coenzima estão ligadas a um monte de doenças e ao próprio processo de envelhecimento. Talvez aumentando essas quantidades pudéssemos retardar os processos de decadência deo nosso corpo e aumentar a vida das pessoas.

Agora vou te contar um fato engraçado: até a NASA se interessou por isso, e agora eles estão garantindo parte dessa tecnologia para seus astronautas em futuras missões em Marte. Afinal, eles serão expostos a muita radiação, o que acabará afetando sua estrutura molecular e de DNA, provavelmente fazendo-os envelhecer mais rápido. Talvez nunca teremos uma experiência de vida como a de Benjamin Button, mas parece que nossos avanços científicos estão caminhando para proporcionar longevidade para nós, humanos.

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