Será que esta pedra misteriosa veio mesmo do espaço sideral?

Curiosidades
há 7 meses

Em 2 de agosto de 1996, formas misteriosas surgiram em um campo agrícola em Chiseldon, Inglaterra. Ninguém sabia que tipo de símbolos eram aqueles e quem os havia feito. Assim que o jornal local noticiou isso, as pessoas começaram imediatamente a criar teorias. A versão mais popular dizia que aquilo era uma mensagem de uma civilização de outro planeta.
Os primeiros círculos em campos surgiram nos anos 70 em muitas regiões dos Estados Unidos e da Inglaterra. Alguns compararam esses símbolos às escrituras dos antigos Maias. Outros pensavam que eram mensagens avisando que o apocalipse estava próximo. E pouquíssimas pessoas duvidaram de que aquilo havia sido feito por uma civilização alienígena.
Mas aquela forma geométrica de Chiseldon era diferente de todas as outras, por causa de um evento que aconteceria 8 anos depois.

Em 2004, um homem do Novo México encontrou uma pedra estranha a 17 quilômetros de Roswell. A pedra tinha a mesma imagem do campo de Chiseldon gravada nela. Vale a pena destacar que Roswell se tornou um lugar famoso depois que uma nave alienígena caiu lá — pelo menos é o que dizem por lá. Então, quando o agricultor encontrou a pedra e postou sua foto na Internet, muita gente pensou que ela fazia parte da nave.
A pedra era redondinha, e o desenho foi feito com uma precisão incrível. Mas a coisa mais marcante eram as propriedades magnéticas dela. Ela girava em sentido anti-horário quando um ímã era colocado perto da parte norte dela. E quando o ímã era deixado perto da parte sul, a pedra girava para o lado contrário.

Tomografias computadorizadas e raios-X mostram que não havia nenhum elemento dentro da pedra que pudesse causar esses giros. Ela era apenas um pedaço lisinho de rocha. Mas será que a Pedra de Roswell fazia mesmo parte de uma espaçonave? Para responder a essa pergunta, precisamos ir para a Inglaterra, no ano de 1976.
Um artista chamado Doug Bower se encontrou com seu amigo Dave Chorley e o convidou para criar uma apresentação impressionante. Na época, as pessoas só sabiam da existência das imagens estranhas nos campos através de livros e registros. E, claro, nenhum desses casos foi confirmado. Os dois amigos entenderam que tudo isso não passava de mitos. Então, resolveram fazer um desenho gigante em um campo de trigo de Wiltshire.

Eles não esperavam que esse desenho fosse ficar tão famoso. Muitos jornais começaram a escrever sobre os círculos misteriosos. Centenas de repórteres os filmaram e os espectadores ficaram chocados. A partir daquele momento, os círculos em lavouras se tornaram um fenômeno cultural. As pessoas misturavam fatos com ficção e criavam cada vez mais lendas fantasiosas. Teve gente que até afirmou ter visto luzes no céu, acima dos círculos. De qualquer modo, esses dois amigos continuaram a desenhar os círculos e só revelaram seu segredo em 2009. Eles também tinham criado o desenho misterioso em Chiseldon. Mas a Pedra de Roswell não foi obra deles. De qualquer modo, eles disseram que a pedra também era falsa. Outros artistas poderiam ter desenhado a mesma forma sobre a pedra usando equipamentos perfuradores de rocha.

Um dos livros mais misteriosos do mundo é o manuscrito Voynich. Ninguém sabe quem o escreveu, só que o documento data do século XV. E ninguém conseguiu entender o conteúdo do manuscrito, que consiste de 240 páginas, por mais de 500 anos. Imagine o trabalhão que o autor teve escrevendo todas essas palavras à mão, em um idioma desconhecido. Quase toda página é decorada com imagens estranhas de figuras femininas e plantas estranhas. O livro foi descoberto em 1912 e se tornou um fenômeno cultural imediatamente. Muitos cientistas, poliglotas e historiadores tentaram decifrar o idioma e entender seu significado. Eles até o colocaram na Internet para que todos tentassem desvendar o mistério.

E parece que Nicholas Gibbs, um historiador e escritor, conseguiu essa proeza! Ele passou muitos anos estudando o idioma e literatura em latim medieval. Nicholas percebeu que o manuscrito tinha abreviações em latim que geralmente eram usadas em tratamentos médicos medievais e livros de referência. Ele descobriu até que o livro era um plágio de outros trabalhos mais antigos de referência médica. Ele comparou o manuscrito de Voynich com outros livros em latim e viu muitas palavras parecidas. Nicholas afirmou que o manuscrito era dedicado à saúde das mulheres. E as flores misteriosas eram ervas e plantas reais.

Mas não era tão simples. Nicholas era apenas um entre os tantos que criaram sua própria teoria. Muitos cientistas acharam a versão dele banal e pouco convincente. Outros decodificadores afirmaram que algum código secreto foi usado no manuscrito. Alguns tinham certeza de que o documento havia sido escrito por freiras dominicanas. Outros o descreveram como um livro de referência sobre astrologia e ervas. Se quiser, você pode encontrar cópias do manuscrito em alta resolução na Internet para tentar decifrar o mistério.

Imagine estar passeando a pé em Nova York e entrar em um beco escuro e deserto. Depois, você vê uma tela com uma linda imagem pintada nela em cima de uma lata de lixo. Você não entende exatamente o que está sendo retratado ali. Mas sente o poder da arte emanando do quadro. Você leva a pintura para casa e a pendura na parede, e lá ela fica por 4 anos. Aí, você publica uma foto da pintura em um site de antiguidades e descobre que essa mesma pintura é uma obra-prima desaparecida que vale 1 milhão de dólares!
Essa é uma história verídica que aconteceu com uma nova-iorquina em 2003. O famoso artista mexicano Rufino Tamayo pintou o quadro, chamado de “Tres Personajes”, em 1970. Um colecionador o comprou para presentear sua esposa. Mas em 1989, a obra foi roubada quando o casal se mudava para uma casa nova.

O ladrão possivelmente não gostou da peça artística ou não encontrou um comprador, então a jogou na lata de lixo mais próxima. A mulher que a encontrou devolveu a pintura para o dono e recebeu uma recompensa de 15 mil dólares.

Pinturas caras por vezes acabam em latas de lixo. Van Gogh deu obras suas para várias pessoas, mas elas não as levaram a sério na época. Quando foram encontradas, muitos anos depois, foram estimadas em dezenas de milhões de dólares. Por exemplo: o artista presenteou seu médico com um retrato. O médico ficou horrorizado com a pintura. Talvez por não gostar daquele cabelo vermelho... então, ele deu o retrato para sua mãe e ela encontrou um bom uso para ele. Ela usou o quadro para tampar um buraco em seu galinheiro. Por mais de 10 anos, as galinhas ficaram pertinho de uma obra-prima. Aí, outro artista encontrou a pintura. Ele pagou uma pechincha para o médico. E agora estima-se que a tela valha 50 milhões de dólares.

Um caso parecido de arte descartada aconteceu na Itália. Um jardineiro que trabalhava na Galeria de Arte Moderna Ricci Oddi estava retirando algumas heras das paredes do prédio quando encontrou uma porta de metal enferrujada em meio à vegetação. Ele a abriu e entrou em uma sala escura. Lá havia um saco de lixo. O jardineiro quis jogá-lo fora, mas resolveu dar uma olhada no que havia dentro primeiro. E ele encontrou o trabalho perdido do famoso artista Gustav Klimt. Durante a reforma da galeria, em 1997, a pintura “Retrato de Uma Dama” fora roubada. E parece que o ladrão nunca a tirou do prédio. Seu valor é estimado em 66 milhões de dólares.

Em 1901, colecionadores de esponjas do mar descobriram um baú misterioso dentro do mar, perto da Grécia. Havia um objeto estranho lá dentro, parecido com um relógio analógico e do tamanho de uma caixa de sapatos. O achado atraiu a atenção de arqueólogos. Eles identificaram rapidamente que aquele objeto havia sido criado na Grécia Antiga há cerca de 2.200 anos. Eles o chamaram de Máquina de Anticítera. Agora, ela está no Museu Arqueológico Nacional, em Atenas. Cientistas descobriram que esse objeto possui apenas 82 fragmentos — que equivale a um terço da máquina original. Ainda não se sabe quem o criou e como ele funciona. Mas especialistas acham que tratava-se de um computador mecânico com engrenagens de bronze e outras partes, usado para fazer cálculos astronômicos. A engenhoca conseguia rastrear os movimentos do Sol, da Lua e de cinco planetas do Sistema Solar. Especialistas ainda estão tentando entender todas as propriedades dessa máquina. Ela é tida como o computador mais antigo da Terra, e prova que o nível de tecnologia de dois mil anos atrás era muito mais alto do que imaginávamos.

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