Chamavam de feia, ela ignorou os trolls e brilhou como modelo

Depois de anos sofrendo bullying na escola, uma mulher decidiu dar um passo corajoso: fez uma cirurgia para reduzir a testa. Marcada pelo apelido maldoso de “capô de fusca”, que ouviu dos colegas na infância, ela carregou essa insegurança até a vida adulta. Em busca de autoestima e de se sentir bem no próprio corpo, resolveu procurar a ajuda de cirurgiões plásticos.
Beth Halsey passou boa parte da vida lidando com uma insegurança que parecia não ter fim. Por muito tempo, usou franja como uma forma de esconder a testa — uma tentativa de disfarce que, na verdade, só reforçava o incômodo: “Optei por usar uma franja e, praticamente, escondi minha testa a vida toda”, contou. “Mas sempre fui muito insegura com a franja também.” Foi aí que ela decidiu enfrentar de vez esse sentimento e buscou a cirurgia de redução da testa.
O medo de que sua franja fosse levada para trás pelo vento tornou-se uma preocupação permanente. Beth enfatizou: “Para algumas pessoas, a franja fica realmente muito bem, mas, para mim, chegou a um ponto em que comecei a odiá-la tanto quanto a testa. Não queria ficar presa à franja para sempre”.
Beth cresceu ouvindo críticas por conta do tamanho da testa — algo que, por mais que tentasse, não conseguia mudar. Os apelidos maldosos e o famoso “capô de fusca”, usado pelos colegas, deixaram marcas que ela carregou por anos. Mesmo tentando não dar ouvidos, os comentários acabaram pesando. Aos poucos, foram afetando a forma como ela se via, minando a autoestima e transformando uma simples característica física em motivo de insegurança constante.
A jovem afirmou: “Quando as pessoas dizem ’não haver nada de errado comigo’, não é o elogio que as pessoas acreditam ser. Parece bastante paternalista”. Ela transmitiu a complexidade de tais observações, reconhecendo que, embora bem-intencionadas, muitas vezes não conseguiam abordar a profundidade de sua luta.
Foi só quando descobriu que existia uma cirurgia para isso que tudo mudou: “Nunca pensei que fosse uma opção”, contou Beth, lembrando do momento em que percebeu que poderia, sim, fazer algo a respeito da insegurança que carregava há tanto tempo. A partir daí, começou a pesquisar, conversar com especialistas e, pela primeira vez, se sentiu no controle da própria aparência.
Com expectativa e determinação, submeteu-se ao procedimento, tranquilizada pelos esforços da equipe médica para garantir resultados de uma aparência natural, que mantivessem as proporções faciais.
A cirurgia custou £9.000, cerca de 60 mil reais. A proposta do procedimento é reduzir a testa, reposicionando a linha do cabelo: “Eles tentam manter a aparência natural e garantem que o rosto continue proporcional. A minha linha capilar foi rebaixada em cerca de 2,5 cm, ou um pouco menos”, explicou.
No momento em que viu sua transformação, sentiu-se dominada pelas emoções. Era difícil imaginar que a imagem vista no espelho era de fato a sua. Para se adaptar à nova aparência, até nas tarefas simples, como lavar o cabelo e o couro cabeludo em casa, precisava de assistência.
Apesar do desconforto, a dor que sentiu após a cirurgia era controlável, semelhante a uma leve dor de cabeça. Agora, ao se olhar no espelho, não poderia estar mais feliz com seu novo visual. É como se seus sonhos mais loucos tivessem se materializado diante de seus olhos, uma prova do poder da transformação e da busca pela realização pessoal.
A infância e a adolescência podem ser fases bastante difíceis para muitos jovens. Afinal, é comum lidarmos com inseguranças que insistem em nos acompanhar, e nem sempre sabemos como enfrentá-las. No entanto, o mais importante é entender que não existe idade certa para corrigir algo que nos incomoda — como, por exemplo, colocar aparelho ortodôntico.