Rodrigo Santoro: como ele superou barreiras e conquistou Hollywood

Rodrigo Santoro vem dando vida a personagens marcantes no cinema e na TV há anos. O galã já roubou corações em diversas novelas, encantou como o poderoso rei Xerxes em 300 e surpreendeu no seriado Westworld, aparecendo como um bandido misterioso. Versátil e carismático, o ator se reinventou ao longo dos anos, conquistando espaço em Hollywood com performances memoráveis. No nosso artigo de hoje, vamos explorar sua trajetória na TV e no cinema, relembrando seus papéis mais marcantes e revelando segredos dos bastidores de 300 que a maioria provavelmente nunca ouviu falar!

Sonhos de infância e a descoberta da sua verdadeira vocação

Filho de uma artista plástica e um engenheiro, Rodrigo Santoro nasceu em 1975, em Petrópolis, em uma família de origens portuguesas e italianas. Durante a infância, Rodrigo passava muito tempo na fazenda do avô, onde se divertia pescando e sonhava em se tornar um pescador profissional.

Mas o destino tinha outros planos. Após o Ensino Médio, ele ingressou na faculdade de jornalismo, mas logo percebeu que essa não era sua verdadeira vocação. Em busca de algo que realmente se identificasse, Santoro foi cursar na Oficina de Atores da Rede Globo, onde deu os primeiros passos rumo à sua brilhante carreira como ator.

Grande estreia e o caminho para o reconhecimento mundial

Rodrigo Santoro fez sua estreia na televisão em 1993, na novela Olho no Olho. No ano seguinte, participou de Pátria Minha e, em 1995, de Explode Coração. Seu talento e carisma fizeram com que ele rapidamente se tornasse um ator bastante popular no Brasil, ganhando até o apelido de “Tom Cruise brasileiro”.

Com a carreira em ascensão, não faltaram convites para gravar novas novelas. Paralelamente, em 1999, o ator dublou o ratinho Stuart Little na versão em português do filme O Pequeno Stuart Little, apesar de seus imponentes 1,88 m de altura. Entretanto, foi no cinema que ele deu um grande salto na carreira: sua primeira atuação como protagonista foi no filme Bicho de Sete Cabeças. Seu trabalho foi tão impressionante que o público o aplaudiu de pé na estreia. O longa não só consolidou seu nome no Brasil, como também lhe rendeu reconhecimento internacional, conquistando 9 prêmios. Sobre isso, Santoro disse que ganhar prêmios não o faz se sentir o melhor ator, mas sim o motiva a melhorar cada vez mais.

Rodrigo Santoro certa vez disse ser criterioso com seus papéis, recusando personagens superficiais. Para ele, um roteiro precisa comovê-lo, dar um frio na barriga — e foi exatamente isso que aconteceu com Bicho de Sete Cabeças. Ao ler o script, o ator não conteve as lágrimas. Em uma entrevista, contou ainda que seus papéis preferidos são os desafiadores, com personagens cheios de conflitos internos e desafios emocionais.

A consagração internacional e a avalanche de papéis em Hollywood

O impacto de Bicho de Sete Cabeças foi tão grande que deu a Rodrigo Santoro a confiança necessária para se lançar em produções internacionais. Seu primeiro grande passo nesse sentido foi em 2001, no filme Abril Despedaçado, que ajudou a consolidá-lo como um ator de prestígio fora do Brasil. Mas foi um diretor de Hollywood, Robert Allan Ackerman, que realmente enxergou seu potencial. Encantado por sua atuação em Bicho de Sete Cabeças, Ackerman convidou Santoro para atuar no longa Em Roma na Primavera (2003), marcando sua estreia em um filme de língua inglesa.

A experiência abriu as portas para novos desafios. Santoro recebeu um convite para integrar o elenco de As Panteras: Detonando (2003), uma superprodução que ajudou a dar visibilidade ao seu nome em Hollywood. No mesmo ano, ele ainda estrelou em outro projeto cinematográfico: Simplesmente Amor, no qual contracenou com grandes nomes como Hugh Grant, Emma Thompson, Colin Firth e Keira Knightley.

Em uma entrevista antiga, Rodrigo Santoro revelou que, fora do Brasil, se sentiu como alguém que simplesmente foi ajudar os diretores a contar suas histórias. Já em casa, onde quer que fosse, fãs constantemente se aproximavam para pedir autógrafos e fotos — e ele sempre os atendeu com simpatia. E completou: “Eu vivo minha vida normalmente. Ainda vou ao teatro, ao cinema, ao supermercado. Consigo preservar minha privacidade. A imprensa sempre quer saber sobre minhas namoradas, minha família, mas mantenho minha vida pessoal longe dos holofotes”.

Além do reconhecimento no cinema, Rodrigo também se tornou um queridinho do mundo da publicidade. Em 2004, estrelou um comercial de três minutos para o Chanel Nº5 ao lado de Nicole Kidman, sob a direção do renomado Baz Luhrmann. E naquele mesmo ano, a revista People o incluiu na lista das 50 pessoas mais bonitas do mundo.

Papel icônico

Em 2006, Rodrigo Santoro interpretou Paulo na série Lost, um dos maiores fenômenos da época. E foi naquele mesmo ano que ele atuou no papel que mudaria sua carreira para sempre: o rei Xerxes, em 300. A transformação para interpretar o vilão persa foi extrema. O ator precisou passar por treinos intensos para ganhar massa muscular, já que havia emagrecido para um trabalho anterior numa novela aqui no Brasil. Além disso, enfrentou sessões diárias de maquiagem que duravam até 4 horas e precisou remover todos os pelos do corpo para compor a aparência do personagem.

Sobre a depilação, Santoro brincou que a experiência foi inesquecível — além de dolorosa: “Fizeram depilação com cera no meu corpo inteiro. Depois disso, passei a respeitar ainda mais as mulheres. É insuportável! No dia seguinte, pedi para usarem lâminas de barbear. As sobrancelhas foram ideia de um maquiador usando próteses. Depois do corpo todo, teria medo disso?”

Para dar vida a Xerxes, Rodrigo Santoro mergulhou na história. Ele estudou as obras de Heródoto, que narram a era do imperador persa. E sobre seu personagem, disse: “Ele é rico, arrogante e instável. Quer conquistar o mundo e suas ambições não têm limites. Mas, por trás de toda essa grandiosidade, Xerxes esconde sua maior fraqueza: a insegurança”.

Ao ser questionado se hesitou em aceitar o papel, Santoro foi direto: “Achei que seria um projeto incrível. Era uma grande chance de fazer algo novo e interpretar um personagem completamente diferente de tudo que eu já tinha feito. Não hesitei, mas sabia que seria um grande desafio. Xerxes era um risco, e eu precisava encontrar um equilíbrio certo para trazê-lo à vida”. Em 2007, Rodrigo foi indicado ao MTV Movie Awards na categoria Melhor Vilão, embora tenha perdido para Jack Nicholson. A propósito, Santoro se tornou o primeiro brasileiro a ser nomeado para essa categoria da premiação.

Outros projetos

Após o sucesso em 300, Rodrigo Santoro seguiu consolidando sua carreira internacional com atuações em Che: O Argentino (2008), Segredos da Paixão (2011) e Ben-Hur (2016), no qual interpretou ninguém menos que Jesus Cristo. Um detalhe curioso: Santoro recebeu a bênção do Papa Francisco para viver o papel. Além disso, sua versatilidade se estendeu à dublagem, dando voz ao carismático Túlio nas animações Rio e Rio 2. Ele também voltou a interpretar Xerxes no filme 300: A Ascensão do Império. E entre 2016 e 2020, o ator integrou o elenco da aclamada série Westworld, que ele descreveu como o único projeto em que permaneceu por tanto tempo.

Rodrigo Santoro, uma vez, confessou: “Nunca faço escolhas pensando apenas no que posso ganhar com elas. É algo que não tenho como controlar. Eu simplesmente faço meu trabalho e escolho projetos com base na minha intuição”. Quando um jornalista comentou que admirava a versatilidade de suas atuações, o ator respondeu: “Eu adoro aprender. Minhas escolhas são sempre movidas pela curiosidade. Eu sempre quero ser a melhor versão de mim mesmo”.

Novo projeto e a vida pessoal do ator

Em 2023, Santoro assumiu um dos papéis principais na série de terror sobrenatural Wolf Pack (sem versão para o português). Ele afirmou que o que o levou a esse papel foi justamente sua curiosidade, algo que sempre menciona em entrevistas. Uma de suas parceiras de elenco foi Sarah Michelle Gellar, que também atuou como produtora do seriado. Rodrigo destacou que trabalhar com ela foi uma experiência leve e prazerosa.

Sobre a vida pessoal de Rodrigo Santoro, pouco se sabe. Desde 2013, ele está em um relacionamento com a atriz Mel Fronckowiak e, em 2017, o casal deu as boas-vindas à filha, Nina. Mel, certamente, deve ter conquistado o ator com sua sinceridade, uma vez que ele já mencionou em entrevistas que isso era uma das características que mais valorizava em uma mulher, enquanto a beleza era apenas um detalhe complementar. No mais, Santoro não vê problema em interagir com fãs, desde que o vejam como uma pessoa comum, e não como um ídolo.

Assim como Rodrigo Santoro, Robert Pattinson trilhou um caminho fascinante no cinema. Para muitos, ele sempre será Edward Cullen, o vampiro de Crepúsculo, mas sua carreira vai muito além disso. O ator construiu uma filmografia surpreendente, repleta de papéis complexos e atuações marcantes. Convidamos você a descobrir aqui o lado menos conhecido desse talentoso artista.