Pense duas vezes antes de pegar um sorvete de baunilha: saiba por quê

Saúde
há 1 ano

Ah, olha só esta coisinha fofa! Tenho certeza de que você sabe que esse é um castor, mas pouco sabe que a gosma que ele usa para marcar seu território também pode ser usada na produção de alimentos. Cientificamente, essa gosma é chamada de “castoreum”, e tem um aroma proeminente de almíscar e baunilha. Imaginem só: um grupo de cientistas de alimentos descobriu isso e pensou: “Ei, por que não incorporamos a gosma dos castores em algumas receitas?” "Sim, cara, que ideia legal! O cheiro é doce, então podemos adicioná-la a sorvetes, sobremesas...

É só escolher!" Na verdade, essa gosma é usada há centenas de anos, na medicina e perfumaria, e também em aromatizantes, mas não tanto ultimamente. Enquanto isso, a baunilha de verdade é bastante rara e está até em extinção... Mas o aroma que vem de baixo do traseiro de um castor... Ah, certo, esqueci de mencionar esse detalhe. Essa gosma é frequentemente uma mistura de secreções glandulares e urina. Um sorvete de morango pra mim, por favor.

Lembra-se de como você fazia comidinhas de areia quando era criança? Sim, você deve ter ingerido um pouco de areia na época — pelo menos uma vez. Bem... se quiser simular aqueles dias descuidados agora que é adulto, você tem que ir ao Wendy’s. Há rumores de que eles usam areia como agente antiaglomerante nas suas pimentas. Parece muito assustador, não é? Vamos dar uma olhada mais de perto e não julgar precipitadamente. Primeiro: esse mesmo agente antiaglomerante é chamado de dióxido de silício. Não, não é só areia coletada em uma praia: digamos que areia é apenas outro nome para dióxido de silício.

Ela tem um nome ainda mais assustador — alguns a chamam de pó de vidro. Mas de qualquer forma ela é usada para prolongar a vida da pimenta e evitar eventuais aglomerados, para que a textura permaneça perfeita. O dióxido de silício é frequentemente utilizado em misturas para panificação à base de farinha e até mesmo em cosméticos. Ao contrário do análogo à base de baunilha, ele tem apenas um nome aterrorizante e uma gama bastante ampla de usos, desde cimento e vidro até aditivos alimentares.

Vamos falar de lanolina. Pegue qualquer creme, pomada ou até chiclete. Certo, você pode encontrar a lanolina entre os ingredientes. Agora, vamos jogar um jogo de adivinhação: do que é feita a lanolina?

É feita principalmente de plantas;

É feita de lama;

É feita de lã de ovelha.

Se escolheu as opções A e B — desculpe, mas você errou feiiiio. Talvez você adivinhe na próxima vez. Aqueles que optaram pela C ganham um parabéns! A lanolina é produzida a partir de lã de ovelha. O problema é que as ovelhas têm glândulas sebáceas e elas produzem uma espécie de cera de lã. Essa substância ajuda as ovelhas a derramar água e a permanecerem secas. Para obter essa cera de lã, as pessoas precisam primeiro cortar a lã das ovelhas e colocá-la numa centrífuga. Ali, o óleo é separado do pelo e de todas as outras coisas. Mas, honestamente, nunca mais vou olhar pro chiclete da mesma maneira.

Algumas coisas assustadoras presentes nos alimentos podem na verdade ser... aprovadas pela FDA. Por mais estranho que possa parecer, a FDA está de acordo com 30 ou mais partes de insetos por barra de chocolate. Quer saber mais? Ok. Que tal pelo de roedor na sua manteiga de amendoim? Delicioso! Embora a manteiga de amendoim seja um dos produtos mais bem controlados da FDA, eles não veem nada de ruim em um par de pelos de rato por embalagem. Agora vamos verificar sua intuição! Outro jogo de adivinhação para aqueles que falharam no teste da lanolina. Primeira pergunta: quanto bolor é aceitável em uma manteiga de maçã de acordo com a FDA?
Nem tanto assim, na verdade 12% de mofo é aceitável.

Segunda pergunta: quanto mofo é algo OK numa geleia de cereja? As coisas estão ficando mais mal cheirosas, pois 30% de mofo é bom para geleia de cereja.

A última — e quanto à geleia de groselha preta? Pronto! Um doce de groselha com 75% de bolor é algo aprovado pela FDA. Ahem, acho que nunca mais vou comer manteiga de amendoim com geleia...

Agora imagine que de repente você percebe uma mosca em sua bebida. Ela está nadando de costas? Não é bem isso. Você vai terminar de beber ou pegar outro copo? Bom, depende do sexo da mosca. Se for uma mosca fêmea visitando sua bebida, alguns minutos depois o sabor vai se tornar meio esquisito. Se uma mosca macho quiser tomar um banho em seu copo, ela não estragará a bebida. A questão é que as moscas fêmeas têm certas feromonas que são responsáveis por esse cheiro diferentão.

Mesmo que você pesque a mosca instantaneamente, a bebida ainda pode perder seu sabor original, pois até mesmo 1 nanograma de feromônio é suficiente. Mas, como você provavelmente não será capaz de distinguir o sexo da mosca, vai acabar pedindo um novo copo. Sim, uma mosca no seu estômago não lhe fará nada de mal, mas é... um pouco nojento.

Já comeu comida enlatada? É provável que você também tenha aspirado algumas larvas. Essas criaturas podem ser encontradas em todos os tipos de alimentos: tomates enlatados? Claro que sim. Enlatados de cogumelos? Absolutamente, as larvas são loucas por eles! Eles adoram tanto, que 20 larvas são fichinha em uns 100 gramas de cogumelos. Desculpa, mas não há nada que possamos fazer, a não ser nos conformar.

Quem não gosta de queijo? É, talvez esse fato reduza significativamente o número de amantes de queijo, hein? Lembra-se do agente antiaglomerante do chili da Wendy? O queijo também pode se tornar desajeitado. Para evitá-lo, os fabricantes usam pó de serralheiro! É brincadeira! Não estou falando daquela serragem criada enquanto se faz móveis ou algo assim: estou falando de celulose. Não mais do que 3,5% de celulose em uma porção de queijo é na verdade nutricionalmente saudável. Devo acrescentar aqui um aviso importante: a celulose é usada apenas para produzir e embalar queijo triturado ou ralado. Portanto, se você comprar um pedaço de queijo e ralá-lo em casa, ele será livre de celulose.

Sempre que você come pão, também ingere, inconscientemente, cabelos humanos ou penas de pato. Embora as regras de higiene sejam bastante claras em relação ao cabelo humano — por exemplo, ele pode chegar acidentalmente a uma padaria, mesmo que isso nunca deva acontecer. Mas as coisas não podem ser tão facilmente explicadas quando se trata de penas de pato. Na realidade, quando eu digo que você ingere cabelo humano, não me refiro a algo pelo qual você esperava.

Para a produção em massa de pão, os fabricantes frequentemente usam condicionadores de massa. Esse ingrediente ajuda a amaciar a massa, assim todo o processo de cozimento fica muito mais suave. Os condicionadores de massa contêm um aminoácido chamado L-Cisteína. Você já adivinhou, não é mesmo? Certo, a L-Cisteína é feita tanto de cabelo humano quanto de penas de pato. Cerca de 80% de toda a L-Cisteína é feita de cabelo humano. No entanto, o McDonald’s usa o que é feito com penas de pato. Por isso, sempre que você curte a vida comendo aquela torta de maçã que acabou de sair do forno ou aquele rolo de canela imperdível, você meio que come penas de pato.

O que há em comum entre batata frita e detergente? Ambos contêm agentes de limpeza. Não, eu não digo que se possa limpar os banheiros com batatas fritas e usar detergentes como petisco. Mas ambos os produtos contêm bissulfito de sódio. Na realidade, esse é um ingrediente bastante inocente. Tem muitas aplicações: com sua ajuda, as pessoas fazem papel e couro; ele pode ser usado para a produção de corantes, e é um ótimo conservante alimentar. Os lanches muitas vezes o têm entre os ingredientes, pois prolonga o prazo de validade. Além disso, ele faz com que as lascas pareçam mais apetitosas, pois evita a descoloração.

Sempre que você come gelatina, também pode estar comendo carne de porco. O problema é que você precisa de colágeno para produzir gelatina, e os fabricantes usam com frequência a pele de porco para esse fim. No entanto, existe hoje uma grande variedade de gelatina vegana no mercado. O ágar-ágar é uma alternativa à gelatina, e na verdade pode substituí-la completamente. Ela é 100% à base de plantas e feita de algas marinhas.

Se pudéssemos viajar no tempo e de alguma forma você voltasse ao passado, você ficaria surpreso se pedisse batatas fritas com ketchup. O ketchup que estamos acostumados a comer hoje é uma versão tão modificada, que na verdade nada tem a ver com a receita original do ketchup. Houve muitas variações e existem algumas teorias sobre a etimologia da palavra ketchup. Vou falar sobre uma delas. Me mande parar se você já souber essa história. Alguns cientistas acreditam que o ketchup é originário da China, sendo uma mistura chinesa de picles de peixe e especiarias, chamando-a de kêchiap, que significa a salmoura de picles de peixe. A primeira versão, mais ou menos moderna, apareceu em 1817 e continha anchovas. Na década de 1850, as anchovas desapareceram da receita. Então, vá pescar.

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