Pare de beijar as crianças nos lábios. Uma psicóloga explica por que esse gesto é prejudicial

Psicologia
há 1 dia

Os pais querem acariciar, abraçar e beijar seus filhos. Alguns até beijam as crianças na boca. As celebridades não são exceções: elas exibem fotos beijando seus filhos e filhas na boca. Entretanto, nem todo mundo encara essa prática com tranquilidade. Por exemplo, David Beckham foi criticado por imagens desse tipo. Uma renomada psicóloga considera essa atitude prejudicial e alerta os pais sobre suas consequências.

Esta atitude pode aumentar o risco da criança desenvolver a “síndrome da vítima”

Manter os limites pessoais de uma criança é essencial para garantir seu desenvolvimento saudável, conforme enfatizado pela respeitada psicóloga Charlotte Reznick. Práticas como beijar uma criança nos lábios, juntamente com outros comportamentos invasivos, como segurar com força, alimentar à força ou fazer cócegas excessivamente agressivas, podem transmitir a mensagem de que seu espaço pessoal está aberto à intrusão.

Estes hábitos parentais têm o potencial de contribuir para o desenvolvimento da “síndrome da vítima” nas crianças, tornando difícil para elas estabelecer limites e se colocar. Reconhecendo o impacto de suas ações, os pais podem criar um ambiente seguro e estimulante que promova o crescimento e o bem-estar de seus filhos.

ASSOCIATED PRESS/East News, 0000554/Reporter/ East News

Não é higiênico

Profissionais da área médica, incluindo dentistas, alertam sobre os possíveis riscos de compartilhar a saliva com as crianças. Enquanto os adultos podem ter desenvolvido um sistema imunológico mais forte para lidar com os micróbios em suas bocas, as crianças, cujos sistemas imunológicos ainda se encontram em desenvolvimento, podem ser mais suscetíveis a infecções prejudiciais.

A psicóloga Charlotte destaca a importância de reconhecer esse risco, pois certas infecções podem ser transmitidas às crianças por meio da saliva, levando a consequências graves. Ao tomar as precauções necessárias para limitar a troca de saliva, os pais podem priorizar a proteção e o bem-estar de seus filhos.

A criança pode não entender que não é apropriado beijar outras pessoas da mesma forma

Os psicólogos explicam que as crianças geralmente aprendem imitando o ambiente em que vivem. Consequentemente, elas podem replicar inocentemente o beijo nos lábios como uma forma de expressar afeto a outras pessoas, sem entender completamente a natureza íntima do gesto. Como resultado, podem, sem saber, estender esse comportamento a pessoas que não fazem parte da sua família.

Para evitar essas situações, os especialistas recomendam redirecionar os beijos para as bochechas ou para a testa da criança. Essa abordagem ajuda as crianças a desenvolverem uma compreensão dos limites pessoais e das formas apropriadas de afeto físico em diferentes contextos sociais.

Este gesto pode ser confuso para a criança

Beijar uma criança nos lábios pode deixá-la desconfortável, especialmente à medida que cresce. Entretanto, os pais muitas vezes perdem o momento em que é hora de parar de expressar afeto dessa forma. A criança pode se sentir constrangida, estranha ou até mesmo com repulsa, mas talvez não seja capaz de articular esses sentimentos. “Se você começar a beijar seus filhos na boca, quando vai parar?”, questiona Charlotte.

Nos últimos anos, os debates em torno desse tópico não diminuíram. A família Beckham, por exemplo, enfrentou críticas devido a fotos publicadas na conta de David no Instagram em que ele surge beijando na boca a filha, hoje com 12 anos. No entanto, também houve defensores que demonstraram seu apoio, postando fotos semelhantes com seus próprios filhos em solidariedade a David e Victoria.

De fato, criar os filhos pode ser um desafio. Nunca se sabe quais atitudes podem ajudá-lo ou prejudicá-lo. Se estiver preocupado em aumentar a autoestima do seu filho, dê uma olhada aqui.

Imagem de capa 0000554/Reporter/ East News, davidbeckham / Instagram

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