Nossa próxima casa pode ser perto de Saturno ou 10 outros planetas
Temos nos concentrado tanto em tentar encontrar vida em Marte... enquanto há esta joia esperando a ser explorada! Este planeta é o sexto mais distante do Sol e o segundo maior do Sistema Solar. Fica logo atrás de Júpiter. Estou falando de Saturno. Ou como às vezes o chamam, “a Joia do Sistema Solar”.
Ele é tão diferente do nosso planeta! Em primeiro lugar, você não conseguiria ficar em pé por lá. Enquanto a superfície da Terra consiste em rocha e outras coisas resistentes, este planeta é como uma bola gigante feita principalmente de gases. Se você encontrasse uma piscina grande o suficiente para acomodar Saturno, poderia ver o planeta flutuando na água. Não é de se admirar — Saturno é o planeta menos denso do Sistema Solar! Ele também contém muito hélio — você sabe, aquele gás que se coloca em balões para que eles pairem no ar.
Saturno é um planeta com muito vento. Os ventos lá são mais de quatro vezes mais fortes do que os que temos na Terra. Um dia por lá dura dez horas e quatorze minutos porque Saturno gira muito rápido em seu eixo. Mas o planeta demora para fazer seu giro ao redor do sol. Um ano lá é igual a 29 anos terrestres.
Seu raio é superior a 58.000 quilômetros. Isso significa que o gigante gasoso é nove vezes maior que o nosso planeta. Se a Terra fosse do tamanho de uma moedinha, Saturno seria do tamanho de uma bola de vôlei.
Embora alguns outros planetas do nosso Sistema Solar também tenham anéis, os de Saturno são os mais espetaculares. É até possível ver seus anéis aqui da Terra! E não, você não precisa ser um cientista com equipamentos absurdamente caros. Tudo o que você precisa é apenas de um pequeno telescópio.
Os anéis de Saturno não são firmes, eles são feitos de pedaços de poeira, rocha e gelo. Alguns desses fragmentos são tão pequenos como grãos de areia, e outros — tão grandes quanto uma casa ou mesmo uma montanha. Na verdade, são pedaços de asteroides, cometas e luas que se desfizeram antes de chegar a Saturno. Eles podem ter sido despedaçados pela poderosa atração gravitacional do planeta.
Saturno tem mais de cinquenta luas. E recentemente, os cientistas descobriram alguma atividade hidrotérmica incomum em uma delas.
Encélado é a sexta maior lua de Saturno. Possui quatro “listras de tigre” próximas a um de seus polos. Os pesquisadores descobriram que há um oceano sob essas listras! Água e gelo emergem dessa área. Então, não podemos deixar de nos perguntar... Talvez haja vida lá fora?
Nos oceanos da Terra, algumas formas de vida se agrupam em torno de fontes hidrotermais semelhantes. Elas se alimentam dos produtos químicos ali, da mesma forma que as plantas na superfície se alimentam com a luz do sol. E não só isso! Algumas das formas de vida microbiana mais antigas do nosso planeta se alimentam da mesma energia que a produzida sob a superfície do oceano em Encélado.
Isso pode significar que há algum tipo de vida se desenvolvendo lá agora mesmo! Claro, leva milhões e milhões de anos para que até mesmo os organismos mais simples apareçam. Mas, felizmente, os cientistas precisarão de menos tempo para encontrar formas de vida mais complexas.
Existem milhões de exoplanetas no espaço. E os cientistas têm procurado pelos que podem ser potencialmente habitáveis. Exoplanetas são planetas orbitando uma estrela fora do nosso sistema solar.
As estrelas anãs são menores e menos luminosas que o sol. Às vezes, elas vivem por mais de 10 bilhões de anos! Uma ótima chance de começar a vida, hein? É tempo suficiente para os organismos vivos se desenvolverem e evoluírem para uma forma mais complexa. A vida pode aparecer nos planetas que orbitam essas estrelas anãs ou, como no caso de Saturno, em uma de suas luas.
E aqui está — Gliese 876 b, que orbita a estrela anã vermelha Gliese 876. Este planeta é um grande mistério, mas os cientistas presumem que se trate de um gigante gasoso sem uma superfície sólida. Eles acreditam que sua atmosfera não tenha nuvens. Mas pode haver água na forma líquida na superfície do planeta.
O Teegarden B orbita uma anã vermelha que fica a cerca de doze anos-luz de distância do nosso sistema solar. A massa do planeta é apenas um pouco maior do que a da Terra. Os cientistas acreditam que ele possa ter uma superfície rochosa.
O planeta precisa de cerca de cinco dias para completar sua órbita. Isso significa que 1 ano no Teegarden B corresponde, na verdade, a menos do que 1 semana na Terra.
Em algum lugar muito, muito longe, há outro planeta potencialmente habitável chamado Kepler-1638 b. Ok, para ser mais precisa, ele está a 3.000 anos-luz de distância da Terra, na constelação do cisne.
Este planeta é quatro vezes mais pesado que a Terra e conta com um diâmetro duas vezes maior. Ele precisa de quase duzentos e sessenta dias para completar uma órbita ao redor da sua estrela. A gravidade neste planeta é mais forte do que a da Terra. Não seria nada fácil pular na sua superfície.
E mais um Kepler chegando! Desta vez, é o Kepler-62e, um planeta que tem mais de uma vez e meia o tamanho da Terra. Os cientistas acreditam que ele tenha uma atmosfera quente, úmida e hospitaleira com céu nublado. A distância é de 1.200 anos-luz entre a Terra e este planeta. O Kepler-62e precisa de cento e vinte e dois dias para orbitar sua estrela anã vermelha.
Seu vizinho, Kepler-62f, é outra zona potencialmente habitável. É um mundo cerca de 40% maior que a Terra. Os cientistas acham que este planeta pode estar coberto de água. Os oceanos do nosso planeta estão cheios de criaturas e organismos interessantes de todos os tamanhos. Portanto, é provável que este planeta também esconda alguns seres vivos intrigantes... pelo menos ele tem potencial para desenvolver vida.
Quando dizemos “habitável”, não significa que afirmamos que exista uma forma de vida lá. Significa apenas que existem condições para que algumas formas de vida se desenvolvam.
LHS 1140 b é um planeta localizado em uma das zonas potencialmente habitáveis. Ao contrário de seus companheiros gasosos, é sólido e bastante rochoso. O raio do planeta é 60% maior que o da Terra. E sua massa é 7 vezes maior. É um dos planetas mais densos encontrados por aí. Como o planeta tem uma grande massa, a atmosfera deve ser um tanto densa. Além disso, a gravidade na sua superfície é muito mais forte do que aqui, na Terra. Portanto, você provavelmente teria problemas apenas para ficar em pé nesse planeta.
Olá e saudações de Trappist-1 — um anão ultra-legal na constelação de Aquário. Fica a cerca de 39 anos-luz de nós. Sete planetas rochosos do tamanho da Terra orbitam na zona habitável da estrela. Existe a possibilidade de que todos eles tenham um pouco de água na superfície. A temperatura nesses planetas é mais ou menos semelhante à da Terra.
Na Lua, a gravidade é apenas 16% da que temos no nosso planeta natal. É por isso que os astronautas mal conseguiam controlar seus movimentos durante as visitas ao nosso satélite natural. Mas quando se trata da gravidade nos planetas, em Trappist-1 você provavelmente se sentiria bem e confortável.
E o Kepler mais uma vez — desta vez, é o Kepler-452b. É um planeta rochoso 60% maior que a Terra. Sua estrela-mãe é semelhante ao nosso sol. Na verdade, este planeta passou cerca de 6 bilhões de anos na zona habitável. Enquanto a Terra está há “meros” 4,5 bilhões de anos.
Este planeta precisa de 385 dias para orbitar Kepler-452, uma estrela cerca de 20% mais brilhante que o nosso Sol, mas com a mesma temperatura. Todo o sistema está muito longe do nosso pequeno oásis. Precisaríamos de 28 milhões de anos para chegar lá.
E agora, que tal KOI 7711.01? É outro mundo intrigante, a 1.700 anos-luz de nós. Este planeta é apenas 30% maior que a Terra. Ele recebe quase a mesma quantidade de calor que recebemos do nosso sol.
Em algum momento no futuro, as pessoas podem começar a colonizar a galáxia, procurando por novos planetas para viver. Então, certamente teríamos que fazer viagens muito longas. E talvez um dia, chegaríamos a Proxima Centauri. É uma estrela próxima que tem alguns planetas que podemos potencialmente habitar, como Proxima Centauri b. Está a mais de 4 anos-luz de distância da Terra e isso não parece tão longe a princípio. Mas, na verdade, é. Precisaríamos cerca de 6.300 anos para viajar até lá se usássemos as tecnologias que estão disponíveis hoje em dia.
Seriam necessárias muitas, muitas gerações para fazer uma viagem como essa. E demoraria ainda mais para finalmente habitar esse novo mundo. Pessoas nasceriam e seriam criadas em naves espaciais. Viveriam toda a vida lá sem nunca ver a Terra ou o planeta para onde estão indo. Em vez de árvores, montanhas e rios, haveria apenas o nada escuro de galáxias distantes se espalhando à frente. Elas nunca poderiam vagar por ruas desconhecidas, respirar o ar fresco, sentir o vento... O único lugar para onde viajar seria outra parte da nave.
Certamente, tal jornada não seria simples. Mas valeria a pena se as pessoas conseguissem construir outros mundos mais bonitos do que o nosso aqui na Terra. Seria mesmo possível? Só o tempo irá dizer.