Mulher sem ovários dá à luz “bebê milagroso” após um diagnóstico raro

Mulher
há 1 ano

Stacey Broadmeadow é uma mulher inglesa que viveu uma história completamente inesperada, mas com um final feliz. Após enfrentar um câncer raro e perder vários órgãos, incluindo os ovários e as trompas, ela desafiou todas as probabilidades para realizar o sonho de ser mãe. Sua história é um exemplo inspirador de superação e amor, mostrando que a esperança e a determinação podem abrir caminhos, mesmo diante das adversidades. Conheça essa jornada de luta, coragem e vitória!

Em 2017, a inglesa Stacey Broadmeadow procurou o médico intrigada, pois começou a sentir uma dor aguda no ventre, na região que ficava próxima ao apêndice. Além disso, ela notou que estava tendo alguns sangramentos entre uma menstruação e outra. Stacey, que tinha o sonho de ser mãe em algum momento da vida, queria confirmar se sua saúde estava em dia e também saber se os sintomas que sentia indicavam uma possível gravidez.

Após realizar várias baterias de exames, a inglesa recebeu uma notícia preocupante: precisava fazer um exame de sangue para verificar se tinha algum marcador de câncer. “Nesse momento, eu pensei: ’Bom, é isso. Eu nunca vou ser mãe. Nunca vou poder realizar o sonho da minha vida’”, disse. Os resultados chegaram, infelizmente, com uma notícia preocupante: Stacey estava com câncer. Na consulta com o oncologista, ele suspeitou que Stacey tinha um tumor raro, chamado pseudomixoma peritoneal, que atinge uma pessoa em um milhão.

O tratamento de Stacey teve várias etapas, incluindo duas cirurgias. Na última, ela precisou retirar o baço, a vesícula biliar, camadas de tecido, as trompas de Falópio e os dois ovários. Os médicos também recomendaram uma sessão de quimioterapia, para se certificarem de que o câncer não voltasse. Ao final, ela estava livre da doença, mas, também, muito longe de realizar o sonho de sua vida.

No entanto, nem tudo estava perdido: “Tive muita sorte porque, entre as duas operações, tive a chance de colher meus óvulos no NHS. Fui ao hospital e fiz duas rodadas de congelamento de óvulos. Consegui 17 ovos, pelos quais sou muito, muito grata. Após a segunda rodada de coleta, fiz a grande operação, que removeu meus ovários, com outros órgãos, e durou oito horas”, conta.

O tempo de recuperação da cirurgia foi longo, e Stacey precisou se proteger de forma redobrada, já que, imunologicamente, estava bastante vulnerável. Então, o sonho da maternidade ficou congelado, juntamente aos óvulos. Apenas em 2021, o processo de fertilização foi levado adiante: “Você pensa que 17 óvulos são mais que suficientes, mas, no meu caso, realmente não eram. Quando eles foram descongelados, eu fiquei com cerca de oito óvulos utilizáveis. Desses oito, conseguimos quatro embriões, mas apenas dois deles passaram para o próximo nível. Então, eu só tinha dois embriões. Um deles foi implantado, mas, infelizmente, acabei perdendo o bebê”, conta.

Naturalmente, todas as expectativas estavam depositadas naquela gravidez. Stacey disse que ficou muito desapontada com a perda do bebê e quase desistiu da maternidade: “Depois que perdi aquele bebê, pensei que o sonho tinha acabado e que eu nunca teria um filho, porque os médicos haviam dito que o único embrião que havia sobrado não era o mais viável. No entanto, eles ainda o tinham e, depois de um tempo, eu pensei: ’Bom, já que ainda tenho uma última chance, vou tentar’”.

Em fevereiro de 2022, o último embrião foi implantado e, contra todos os prognósticos, a gravidez seguiu sem grandes problemas. O “embrião menos viável” era Harry, que nasceu em novembro do mesmo ano: “Ele é um milagre absoluto. Toda vez que olho para ele, penso em como tenho sorte. Eu o chamo de ’meu pequeno Nemo’, porque, no filme Procurando Nemo (2003), o peixinho também foi o último ovo que restou. Ele é meu pequeno milagre. É tão especial”, diz.

Vivenciando a tão sonhada maternidade com o pequeno Harry nos braços, Stacey revela que, após toda essa experiência de vida, seus objetivos também mudaram drasticamente: “Antes, minha carreira era prioridade e eu costumava trabalhar 12, 13, até 14 horas por dia, quase todos os dias da semana. Agora, meu ritmo foi completamente virado de cabeça para baixo, mas para melhor. Sinto que vou viver muitas aventuras com esse carinha. Nós vamos nos divertir muito. Minha vida vai ser mais equilibrada, cheia de amor e felicidade”, finaliza.

Bônus: conheça a história de Ebony Stevenson que, por conta de uma condição rara, foi surpreendida com uma gravidez

Ebony Stevenson tinha 18 anos quando começou a sentir uma forte dor de cabeça. A estudante, que estava em casa com a mãe, resolveu ir dormir, mas teve uma convulsão e precisou ser internada às pressas. Aparentemente, a jovem estava bem. Qual seria a explicação para as convulsões, então?

Chegando no hospital, a jovem passou por alguns exames que identificaram uma gravidez em estágio final. As convulsões que Ebony teve eram indicativos de uma pré-eclâmpsia — condição perigosa que afeta algumas mulheres durante a gestação, ou imediatamente após o nascimento do bebê. No entanto, Ebony não teve náuseas, enjoos, sonolência ou qualquer outro indicativo de que poderia estar grávida. O tamanho de sua barriga estava normal e seu período menstrual também não havia sofrido alteração.

Durante a cesariana de emergência a qual foi submetida, os médicos fizeram uma importante descoberta que explicava a situação: Ebony tinha uma condição rara, conhecida pelo nome de útero bicorno, que divide o órgão em dois. Apenas uma parte do útero de Ebony era conectado ao ovário e às trompas, e foi ali, perto das costas da jovem estudante, que a bebê cresceu sem dar nenhum indício de que estava a caminho.

Felizmente, a bebê se desenvolveu com saúde e nasceu bem, pesando 3,5 kg. Por isso, também ficou conhecida como “bebê milagroso”, já que, em primeiro lugar, a condição de Ebony pode dificultar a gestação ou causar sérios problemas, como perda gestacional, parto prematuro, bebê de baixo peso, entre outros. Em segundo lugar, ter passado por uma gestação de risco sem saber que estava grávida, fez com que Ebony não procurasse acompanhamento médico durante esse período tão importante, o que aumentou os riscos consideravelmente.

Para saber como foi a reação de Ebony ao acordar do coma e descobrir que não só esteve grávida, como também já era mãe de uma linda menina, clique aqui.

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