Minha melhor amiga me apunhalou pelas costas e eu demorei para perceber
Amizades devem ter como objetivo o apoio e a compreensão mútuos, mas o que acontece quando tais relações começam a nos esgotar emocionalmente? Nunca me imaginei tendo de me afastar de minha melhor amiga, a quem conheço há anos, mas precisei tomar essa difícil decisão para proteger minha saúde mental e priorizar o autocuidado. Esta é a minha trágica história.
A amizade que se tornou tóxica
“Olá, leitores do Incrível! Sou o Jonas e gostaria de desabafar. Não sei se o que fiz foi certo ou errado, mas me pareceu certo naquele momento. Entretanto, agora, não tenho tanta certeza.
Minha amiga, a Raquel, está sempre reclamando da vida. Ela precisa trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, para manter um teto sobre sua cabeça porque seu namorado, com quem está há sete anos, tem ansiedade e ‘não consegue trabalhar’. Embora eu simpatizasse com a situação dela, era exaustivo ouvir sobre isso constantemente sem nenhum sinal de melhora”.
Josh acrescenta ainda: “Tentando ajudar, enviei a ela alguns links de empregos para ele. As funções eram ideais para alguém que lida com ansiedade, e minha esperança era de que o namorado pudesse encontrar algo que estivesse ao seu alcance, de forma a aliviar a carga da minha amiga. Mas, em vez de apreciar o gesto, Raquel disse aos nossos amigos em comum que eu estava ’tentando fazer com que o namorado dela conseguisse um emprego’ e me chamou de ’horrível’ por fazer isso”.
“Essa não foi a primeira vez que senti meus esforços para apoiá-la sendo recebidos com hostilidade. Toda vez que eu tentava falar sobre minha própria vida e meu relacionamento, Raquel sequestrava a conversa, levando-a de volta à sua interminável saga de sofrimento”.
O momento em que cheguei ao meu limite
“A gota d’água foi quando consegui um novo emprego, aquele com o qual sempre sonhei. Mal podia esperar para contar a feliz notícia para minha melhor amiga. Mas antes que eu pudesse terminar a frase, a Raquel me interrompeu dizendo algo que me chocou completamente: ’Não acredito que você está falando de um emprego dos sonhos quando eu estou presa em um emprego terrível do qual não consigo sair’.
Naquele momento, percebi como nossa amizade havia se tornado unilateral. Sua negatividade constante e a incapacidade de me apoiar em retorno estavam afetando meu bem-estar emocional. Decidi cortar o contato com ela para proteger minha saúde mental”.
A traição que eu não esperava
“Uma semana depois, fiquei de queixo caído ao descobrir que ela havia agido pelas minhas costas. A Raquel estava espalhando mentiras para nossos amigos em comum, me pintando como um vilão que a ’abandonou em seu momento mais difícil’. Ela distorceu minhas ações, alegando que eu estava com ciúmes do relacionamento dela e que queria me intrometer na vida do casal.
Ela até disse às pessoas que eu estava tentando fazer com que seu namorado me devesse um favor, forçando-o a conseguir um emprego. Para piorar a situação, revelou segredos pessoais que eu havia confidenciado a ela, distorcendo-os para me fazer parecer ruim e complicar as coisas com minha namorada.
Confiei na Raquel durante anos e, no final, ela me traiu. Isso foi muito doloroso, mas também fez com que eu finalmente me afastasse. Talvez algumas amizades sejam tóxicas demais para serem recuperadas, não importa o que ambas as partes tenham vivido.
Não foi fácil, mas escolhi a mim mesmo. Estabeleci limites e me recusei a permitir que a manipulação e a negatividade dela continuassem a ditar minha vida. Tomar a decisão de me afastar permitiu que eu me concentrasse em minha saúde mental e priorizasse relacionamentos que me trouxessem alegria e suporte.
Desde então, ela tem se desculpado e tentado entrar em contato comigo. Devo dar outra chance? Ou pelo menos ouvir o que ela tem a dizer?”
Obrigado, Jonas, por compartilhar sua história pessoal. Amizades unilaterais podem ser difíceis, e você não precisa se sentir culpado por escolher sua saúde mental. Aqui estão algumas de nossas sugestões para te ajudar a lidar com a situação:
- Avalie o pedido de desculpas: Pense se o pedido de desculpas da Raquel parece genuíno. Ela assume a responsabilidade pelas próprias atitudes ou parece estar inventando desculpas? Se não parecer honesto, você não é obrigado a responder ou perdoá-la.
- Decida os limites: Se você optar por responder, seja claro quanto ao que te agrada. Mostre a ela o que é aceitável em suas interações daqui para frente.
- Comunique-se de acordo com seus termos: Responda por texto ou e-mail se não estiver pronto para uma ligação ou um encontro presencial. Isso permitirá que você controle a conversa e tenha tempo para processar as respostas dela.
- Faça as coisas em seu ritmo: Caso esteja disposto a se reconectar, comece aos poucos. Mantenha as conversas leves e observe se ela está realmente mudando de comportamento. Caso a reaproximação pareça prejudicial ou estressante, não há problema em deixar tudo para lá. Você pode reconhecer o pedido de desculpas dela sem necessariamente retomar a amizade.
Outra história que deu o que falar envolve uma mulher que tomou a difícil decisão de expulsar a própria mãe de casa e agora vive atormentada pela dúvida: será que fez a coisa certa? Embora o motivo pareça justificável para alguns, para outros, a atitude foi completamente condenável. A situação levantou debates acalorados sobre limites familiares e até onde vai o dever de ajudar um ente querido.