Jornalista e esposa de um bilionário conta sobre a vida real de esposas ricas

Curiosidades
há 3 anos

Em março de 2020, o mundo contava com 2.095 bilionários. Muitos deles são casados, mas algumas garotas não perdem a esperança de se casar com um solteiro ou divorciado, no intuito de garantir uma vida mais abastada e sem trabalho. Porém, as mulheres que estão à procura de um homem endinheirado também devem estar preparadas para as dificuldades que podem surgir nesse relacionamento.

Incrível.club decidiu contar o que se esconde por trás das fachadas de mansões luxuosas, baseando-se na vida de Barbara Amiel, jornalista popular e esposa de um magnata da mídia. Como bônus, você encontrará relatos de algumas mulheres que optaram por uma vida ostentação, mas dependente do marido.

O perfil da esposa de um bilionário

Melinda e Bill Gates. Rupert Murdoch e Wendi Deng

Muitos bilionários dedicam a maior parte de seu tempo ao trabalho e, portanto, encontram suas futuras esposas nas próprias empresas. Por exemplo, Melinda Gates era gerente da Microsoft antes de conhecer Bill Gates. A segunda e a terceira esposas de Rupert Murdoch também trabalhavam na empresa dele: Anna Torv era jornalista do jornal The Daily Telegraph, e Wendi Deng era diretora do canal Star TV em Hong Kong.

Não é segredo que muitos homens escolhem parceiras atraentes e mais jovens do que eles — esposas que acabam refletindo o status social dos maridos. Mas há exceções: por exemplo, o magnata da mídia Konrad Black se casou com a famosa jornalista Barbara Amiel quando ela tinha 51 anos, sendo quatro anos mais velha do que ele e já tendo três casamentos.

Ser esposa de um bilionário não é nada fácil

Ainda que pareça divertido ser a esposa de um bilionário, essas mulheres possuem várias responsabilidades com as quais nem todas seriam capazes de lidar. Depois de se casar com Conrad Black, em 1992, Barbara mergulhou no epicentro da vida de socialites. Abaixo estão algumas questões que ela aborda em seu livro Friends and Enemies: A Memoir (“Amigos e inimigos: um livro de memórias”, em tradução livre).

  • Antes do casamento, ela levava uma vida bem calma, trabalhando como jornalista, morando em um apartamento alugado e comendo comida congelada. E, subitamente, se encontrou na situação de organizar almoços e jantares para estrelas do cinema, magnatas financeiros, socialites, aristocratas e até mesmo para o primeiro-ministro e os membros da realeza. No início, dar conta de tudo sozinha parecia impossível. Segundo Barbara, não seria um exagero dizer que ela preferia o trabalho nas minas de sal à sua vida sofisticada.
  • Ela tinha de tomar conta de uma propriedade de 2.400 m², mas não se sentia nem um pouco preparada.
  • Ao mesmo tempo, era preciso conquistar a simpatia da alta sociedade e ser capaz de se comportar adequadamente na companhia de senhoras bem-educadas que compareciam a almoços, mas não comiam quase nada.
  • Ao longo da vida, Barbara nunca havia projetado o interior de um único cômodo. E, de uma hora para outra, passou a ser responsável pela escolha de decorações para mansões em Londres, Toronto e Palm Beach. E, de maneira alguma, podia falhar. Nos momentos em que os designers entendiam, pelas respostas vagas e mal embasadas, que ela não passava de uma leiga no assunto, os valores cobrados aumentavam automaticamente em 60%.
  • Ela também abriu mão das lojas de roupas comuns para corresponder às expectativas da alta sociedade. Pensando que causaria uma boa impressão no seu novo círculo de convivência, foi a Roma para comprar um vestido sob medida; porém, se meteu em uma situação constrangedora. Um conhecido de seu marido viu Barbara usando o vestido e disse com desdém: “Você não deve deixar sua esposa voltar para essa costureirazinha italiana”.

As esposas de bilionários frequentemente se sentem solitárias

  • As conversas de Barbara com outras esposas ricas se limitavam a comentários ásperos e sorrisos amarelos. Ela escreve: “Certa vez, a esposa do bilionário Sid Bass, Mercedes, me repreendeu por usar sapatos brancos de salto alto. ’Nunca vista branco’, disse Mercedes. ’Essa cor é apenas para vendedoras.’” Mercedes e seu marido faziam parte de um grupo de elite do qual Konrad Black era próximo. Por isso, cortar o contato com Mercedes não era uma opção.
  • Além disso, em um determinado momento, ela se viu na obrigação de parar de se encontrar com os velhos amigos e começou a estabelecer relações apenas com pessoas do mesmo status social.
  • Quando Barbara entrou no grupo de mulheres ricas, descobriu que, na opinião delas, estava acima do peso. Ao contrário delas, ela nunca abusou de cirurgias plásticas para parecer mais jovem: havia feito apenas uma rinoplastia e procedimentos preenchedores. Em um jantar de caridade, ela estendeu a mão para pegar uma fatia de pão e recebeu outro comentário: “O pão não é o esteio da vida”. As mulheres do círculo de convivência de Barbara acreditavam que pão, manteiga e sobremesas prejudicavam a saúde, enquanto as saladas, que Barbara tanto odiava, eram bem recebidas.
  • Não apenas as mulheres, mas também os homens faziam comentários negativos. Barbara conta: “Eu achava os meus brincos de gota de esmeralda lindos. Coloquei o cabelo atrás da orelha para deixá-los à mostra, mas fui humilhada durante um almoço na companhia de cinco pessoas. ’Seus brincos são da cor errada’, disse, ironicamente, o banqueiro John Gutfreund, também conhecido como o ’Rei de Wall Street’. Eu me contorci de vergonha. Ele continuou: ’Provavelmente, estão com muito óleo e isso fez mal a eles.’” (Observação do Incrível.club: as fissuras em esmeraldas baratas são frequentemente preenchidas com óleos naturais, como o de cedro.)

  • Enquanto isso, Barbara fazia questão de ser amiga de outras mulheres ricas. Depois dos jantares sofisticados, ela mandava presentes generosos para as anfitriãs como agradecimento, mas eles não eram aceitos ou ficavam sem resposta. Era isso que fazia Barbara se sentir totalmente perdida: “Certa vez, fiquei me perguntando se a carteira em couro de jacaré que eu tinha enviado era muito chamativa ou simplesmente feita da parte errada do jacaré”.

Vantagens da vida rica

  • Um dos benefícios de ser esposa de um bilionário é que isso pode satisfazer a vaidade. Barbara não demorou para se acostumar com a atenção do público. Esposa de um magnata da mídia, ela se sentia lisonjeada quando todos viravam a cabeça para vê-la. Ela também se sentia à vontade para conversar com fotógrafos famosos e celebridades.
  • Além disso, ela desfrutava de sua situação financeira. Em uma entrevista para a revista Vogue em 2002, disse: “Tenho uma extravagância que não conhece limites”. Barbara tinha um guarda-roupa para as peças de pele, um para suéteres e mais alguns, usados para guardar apenas vestidos de noite, pois eles não cabiam em um só lugar. Ela também contava com mais de cem pares de sapatos Manolo Blahnik e com um grande número de bolsas e acessórios de marcas famosas.
  • Normalmente, as esposas de bilionários têm toda uma força de trabalho à sua disposição, desde cozinheiros, babás e mordomos até passeadores de cães, que trabalham 24 horas por dia.

Porém, até mesmo os ricaços podem falir. Uma entrevista em que Barbara descreveu seu guarda-roupa nos mínimos detalhes levou a uma investigação sobre as contas de seu marido, que, posteriormente, foi preso. Depois do ocorrido, quase todos os amigos e conhecidos se afastaram. Seu marido saiu da prisão em 2019. Mas, apesar de a fortuna dos cônjuges ter diminuído bastante, hoje Barbara se sente mais feliz, cercada por seus amados cachorros, do que na companhia das ex-amigas socialites.

Bônus: a experiência de outras esposas de homens ricos

  • Eu conhecia a chamada “esposa-troféu” de um dos 10 homens mais ricos da China. Ela e seus dois filhos moravam em Vancouver e viam o chefe da família duas vezes por mês. O intenso sentimento de solidão levou a mulher à depressão. Todos os seus “amigos” tentavam se aproveitar dela. Ela se sentia tão insatisfeita com sua própria vida que acabou ficando viciada em cirurgias plásticas. © Evelyn Huang / Quora
  • Minha mãe é a famosa “esposa-troféu” do meu padrasto. Eles costumam ir a um clube de campo e passam a maior parte de tempo no lago ou saindo de férias. Ela recebe dele uma ’semanada’ suficiente para satisfazer todas as suas necessidades. Mas há apenas um problema: eles raramente se veem, pois o homem quase sempre está em festas ou jogando golfe com seus amigos. Ele não a deixa trabalhar, então pode terminar com ela quando quiser. A solidão a transformou em uma pessoa fútil, que passa o dia todo fazendo compras, humilhando seus filhos adultos e esperando que seu marido lhe dê um pouco de atenção (que ela, na verdade, nem quer muito). © tokieofrivia / Reddit
  • Sou uma “esposa-troféu” e estou bastante satisfeita com o que tenho, apesar de frequentemente reclamar da minha vida para os meus amigos. Não preciso me preocupar com gastos e posso comprar qualquer coisa, como uma Ferrari, sem pensar no preço. Eu também posso conversar com pessoas interessantes. Muitas delas alcançaram o sucesso graças aos seus esforços, enquanto os meus amigos da escola ainda estão perdendo o tempo e desperdiçando suas vidas. Mas também há desvantagens. Muitos me julgam por viver nas costas do marido, mesmo que nós dois estejamos felizes juntos. Não me sinto como se realmente possuísse algo, pois tudo se compra com o dinheiro dele. E, de certa forma, sou refém da situação, porque tenho interesse em manter o casamento. Ainda não temos filhos e, em caso de divórcio, posso não receber nada. © winrooms / Reddit

Você trocaria sua vida atual por uma gaiola de ouro por alguns meses? Por quê? Em sua opinião, qual é o verdadeiro segredo da felicidade?

Comentários

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amor e dinheiro são aliados na vida. quando falta dinheiro em casa, quando não se tem pra comprar comida ou pagar as contas, o amor não se torna suficiente. o clima fica estranho, ficamos nervosos e preocupados, só quem realmente ja passou por isso é que pode falar. sem dinheiro o amor nao sobrevive por muito tempo.

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Acho o casamento de forma geral uma questão bem delicada e vc tem q se adaptar em qualquer situação financeira.

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As "esposas troféus" poderiam muito bem gastar seu tempo, estudando, fazendo o curso que quisesse e ajudando outras pessoas, mas ficam dando uma de coitadinhas, as "pobres meninas ricas" AFFF.

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