Já dei tudo que podia para minha mãe, mas agora preciso começar a pensar em mim

Crianças
23 horas atrás

Muitos de nós aprendemos desde pequenos que a família vem em primeiro lugar e que apoiar nossos entes queridos, especialmente os pais, é uma responsabilidade que devemos cumprir. Jessica inicialmente seguiu essa crença e fez o possível para ajudar sua família, mas está no seu limite por causa das expectativas de sua mãe. Ela nos procurou para compartilhar sua história, em busca de conselhos sobre o que fazer a seguir.

Jessica, de 32 anos, está presa em um dilema moral. Em busca de apoio dos leitores do Bright Side, ela escreveu uma carta.

“Queridos do Incrível e quem estiver lendo isso, estou compartilhando minha situação vulnerável com vocês, na esperança de uma resposta. Talvez exista alguém por aí que também tenha passado por algo parecido e possa ajudar uma irmã.”

Jessica revela que está cansada de cuidar da mãe aposentada e enfrentando um esgotamento emocional.

“Sou a filha mais velha da família. Tenho um irmão mais novo, Mateus, que nem é tão mais novo assim, apenas um ano. Enquanto crescia, eu sempre fui a ’filha de ouro’. Meus pais deixavam claro que eu era a esperança deles e teria que cuidar deles. Mas nunca percebi o que isso realmente significava até a semana passada.”

“Minha mãe apareceu no meio da noite e disse: ’É uma emergência! Você precisa me ajudar!’ Fiquei assustada, pensando que algo terrível pudesse ter acontecido, e meu coração começou a acelerar. Preocupada, perguntei o que tinha acontecido.”

“E sem hesitar, ela disse: ’Minha amiga Susan viu uma promoção incrível de voo para Paris! É por tempo limitado, e você sabe o quanto sempre quis ver a Torre Eiffel. Preciso que você compre as passagens antes que o desconto acabe!’’
Foi nesse momento que percebi que minha vida pessoal, lutas, sonhos não significam muito para minha família. E que não importa o quanto eu os ajude, nunca será o suficiente.”

Jessica acrescenta que isso não foi algo isolado, e que ela vem ajudando a mãe há anos. “Venho sustentando minha família desde que consegui meu primeiro emprego dando aulas particulares para crianças da vizinhança. Eu nem ganhava muito, mas mesmo assim entregava uma boa parte aos meus pais, já que ainda morava com eles e achava justo.
Bom, meu irmão também morava lá, mas meus pais nunca pediram nada a ele. Ele sempre teve passe livre e todas as responsabilidades recaíam sobre mim.”

“Meu pai faleceu há 5 anos e, depois disso, as coisas ficaram ainda mais difíceis para mim. Meus pais nunca fizeram um plano de aposentadoria e dependiam exclusivamente de mim para cuidar das necessidades deles até o fim. Hoje trabalho como professora e ganho um bom salário.
Consegui meu próprio apartamento há alguns anos, mas continuei pagando pelas despesas ridículas da minha mãe, achando que talvez um dia ela fosse me valorizar ou agradecer pelo meu esforço. Mas agora percebo claramente que isso nunca vai acontecer. Ela acha que essa é uma obrigação minha e que foi para isso que me criou.”

“Criar filhos não é fácil, e eu reconheço isso. Sou grata aos meus pais por me criarem e me alimentarem, mas chega. Acho que já retribuí o suficiente e mais um pouco. Estou exausta.”

“Naquele dia, recusei a ajuda à minha mãe, e ela me olhou com uma expressão de total descrença, como se eu tivesse cometido um crime. Desde então, ela não falou mais comigo nem respondeu minhas mensagens. Não vou mentir, me sinto mal por tê-la magoado, mas não sei se quero continuar vivendo minha vida assim. Quero formar minha própria família, fazer coisas que me façam feliz, não a ela. Estou errada?”

Obrigada por escrever para nós, Jessica. Parece uma situação mentalmente desgastante, e você foi corajosa em compartilhá-la. Essa é uma jornada difícil, mas aqui estão algumas sugestões que podem ajudar:

  • Estabeleça Limites Claros: Você pode começar estabelecendo limites claros com sua mãe sobre o que ela pode ou não esperar de você. Isso ajuda a controlar as expectativas e evita o esgotamento emocional.
  • Comunique-se de Forma Aberta e Honesta: Tenha uma conversa sincera com sua mãe e diga como você está se sentindo. Você pode dizer que, embora ainda a ame, está sobrecarregada com suas próprias responsabilidades e precisa de mais independência. Agora é a sua vez de se priorizar.
  • Incentive Sua Mãe a Ser Mais Independente: Incentive sua mãe a assumir mais responsabilidade por si mesma. Tome decisões financeiras melhores. Alivie sua parte nas responsabilidades familiares compartilhando-as com seu irmão.
  • Busque Ajuda Profissional ou Terapia: A ajuda profissional pode fornecer estratégias para lidar com a culpa, o ressentimento e outras emoções difíceis que surgem nesse tipo de dinâmica familiar. Lembre-se, você não está sozinha e existem pessoas que podem ajudar.

Será que vale a pena mudar seu estilo para agradar a sogra ou é melhor manter-se fiel a quem você é? Confira a história de nossa leitora e veja como lidar com essa situação delicada! Compartilhe sua opinião e descubra o que fazer nessa situação!

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