Ignorar as pessoas para usar o celular pode afetar as relações sociais no futuro, diz estudo
O surgimento dos telefones inteligentes permitiu que barreiras envolvendo distância, tempo, informações e afins fossem derrubadas. Hoje, é possível entrar em contato com parentes ou amigos distantes ou ainda acessar uma gigantesca base de dados, tudo com um simples clique. Porém, apesar de os smartphones terem se tornado ferramentas praticamente essenciais para a vida contemporânea, eles podem provocar uma inconveniente distração capaz de gerar um descolamento da realidade.
O Incrível.club se aprofundou no assunto para dar uma força a todos que se sentem afetados pelo abuso na utilização de celulares em suas relações pessoais. Acompanhe!
Os celulares diminuem os sorrisos trocados entre desconhecidos
Um estudo publicado no Science Direct Journal revelou que os smartphones vêm alterando o tecido da vida social. Foi possível chegar a essa conclusão por meio de um experimento: um grupo de desconhecidos foi reunido em uma sala de espera, com ou sem seus respectivos celulares. A intenção era que os assistentes capacitados decifrassem os sorrisos dados pelos participantes. Em comparação com os voluntários que estavam sem os celulares, aqueles que estavam com seus aparelhos sorriram menos. Além disso, os sorrisos dados por eles eram bem menos genuínos.
A “presença ausente”
O estudo concluiu ainda que, desde a invenção da imprensa até a era da TV, as pessoas desenvolveram uma capacidade nunca antes vista na história da humanidade: a chamada “presença ausente”. Trata-se de uma habilidade que permite ao indivíduo fugir dos limites impostos pelo entorno no qual está inserido. Consequentemente, ficar o tempo todo conectado com outras pessoas e atividades por meio de um celular reduz a necessidade de manter relações interpessoais no mundo social cotidiano, diminuindo assim a probabilidade de adotar posturas amigáveis em relação aos demais, como sorrir para estranhos, por exemplo.
Ignorar os outros por estar usando o celular é algo que acontece muito
Quando alguém ignora outra pessoa por estar concentrada no próprio celular, seja de propósito ou sem querer, surge o que alguns países estão chamando de phubbing (combinação de phone, “telefone”, e snubbing, “esnobar”). Esse hábito não apenas revela falta de educação, mas também provoca problemas físicos e psicológicos, como comprometimento da visão, dores musculares, transtornos de personalidade, ansiedade e vícios, só para citar alguns.
Consequências no futuro
Ainda que pareça que alguém que dá mais atenção ao próprio celular do que a alguém próximo esteja apenas sendo grosseiro, tal comportamento pode acabar afetando as relações sociais. As descobertas encontradas com o estudo se basearam na codificação objetiva do comportamento. Logo, podemos dizer que ficar “conectado” constantemente ao mundo digital pode prejudicar o comportamento de uma maneira considerável.
Afastar o telefone é o primeiro passo
O primeiro passo é reconhecer que existe um problema de dependência e que há a vontade de se livrar dela. Afastar-se do celular ou ignorá-lo é uma boa maneira de começar. Da mesma forma, iniciar conversas com pessoas desconhecidas, no bar, por exemplo, é um bom passo para recuperar a habilidade de interagir com os outros. Olhar as pessoas no olho e ouvir o que elas têm a dizer também são ótimas oportunidades. E não se esqueça que conhecer gente nova quase sempre resulta em algo positivo, já que tais experiências possibilitam aprender algo e também a compartilhar coisas a respeito de si mesmo.
Sair à rua, caminhar olhando para a frente, cruzar o olhar com o de um desconhecido e sorrir para ele parece coisa do passado. Por isso, foi lançada na Austrália a campanha stop phubbing, que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre o uso excessivo dos smartphones e de suas consequências sociais. Pois, se continuar assim, nossa sociedade logo se transformará em um mundo saído das histórias de ficção científica.
Você já ignorou alguém para ficar usando o celular? Ou será que não recebeu a atenção desejada de uma pessoa que preferiu ficar mexendo no smartphone? Comente!
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