Conheça o novo continente que os cientistas acabam de descobrir

Por muitas décadas o ser humano pensou conhecer tudo sobre a estrutura tectônica do Planeta. Desde pequenos aprendemos na escola que a Terra possui seis continentes e que os oceanos estão praticamente inexplorados.

Aparentemente, estávamos enganados. Os geólogos deram uma boa balançada na comunidade científica ao afirmarem que um sétimo continente foi encontrado: a Zealândia.

O Incrível.club sempre está atento aos novos descobrimentos, por isso queremos compartilhar com você mais detalhes sobre este novo continente.

Zealândia é o nome de uma porção de massa continental na costa da Austrália, usado pela primeira vez em 1995. Naquela época, acreditava-se que a massa era um terreno rochoso embaixo da Nova Zelândia e da Nova Caledônia, consideradas então uma cadeia de ilhas. Um estudo de 2016 publicado pela Revista da Sociedade de Geologia dos Estados Unidos concluiu que os fatos não são bem assim. Os cientistas que realizaram a pesquisa juntaram informações durante 10 anos e descobriram que, na realidade, essa enorme massa é um continente submerso.

O mais surpreendente é que a Nova Zelândia e a Nova Caledónia foram parte de uma grande rocha todo este tempo. Não são ilhas, como pensávamos, mas, na verdade, picos de uma grande massa continental. O continente da Zealândia teria se separado da Oceania a entre 60 a 85 milhões de anos atrás.

Assim como todos os continentes modernos que conhecemos, os dois eram parte de um supercontinente chamado Gondwana. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que os continentes não podiam afundar e deixar algumas partes sobre a superfície da água. A Zealândia tem uma superfície de 5 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a dois terços da Austrália; mas 94% dela está a 1,5 quilômetro sob Oceano Pacífico.

Ainda se conhece muito pouco sobre este misterioso terreno. Estamos acostumados a acreditar que os continentes são blocos de terra seca com o tamanho suficiente para abrigar milhões de seres vivos. Contudo, isso não é totalmente certo.

Um dos indicadores mais importante de um continente é a sua elevação acima do solo oceânico. Sabemos há mais de um século que os territórios norte e sul da Nova Zelândia são suficientemente elevados para serem considerados crosta continental. Contudo, a Zealândia teve problemas para receber esse ’título’ pelo simples fato de que é muito mais profunda do que os outros continentes.

O segundo fator a ser levado em conta na natureza de um continente são os traços geológicos. Para chamarmos algo de continente não basta que uma massa de terra se eleve sobre o oceano. É por isso que os cientistas tiveram de incluir outras características. Por exemplo, os tipos de crosta. A crosta oceânica é feita basicamente de basalto e gabro. Por outro lado, a crosta continental possui várias rochas ígneas, metamórficas e sedimentárias, como o granito, o calcário ou o xisto. Embora esteja embaixo d’água, o terreno da Zealândia é tudo isso e mais. Houve dezenas de expedições marinhas nos últimos 20 anos para pegar mostras da crosta, e todas chegaram à mesma conclusão: as rochas encontradas eram do tipo continental, não oceânicas.

A terceira evidência de que foi encontrado um sétimo continente é a espessura. O solo oceânico costuma ter mais ou menos sete quilômetros de espessura, enquanto que a crosta continental é muito mais maciça.

A espessura da Zealândia vai dos 10 aos 30 km. E, finalmente, devemos considerar o aspecto dos limites e da superfície na hora de classificar um continente. Os continentes têm limites naturalmente definidos. Essa é a razão pela qual, por exemplo, a Groenlândia é considerada parte da América, e não um continente. Em relação ao tamanho para uma área ser considerada um continente, os cientistas ainda não estabeleceram um critério único. Existem termos como o ’microcontinente’, com Madagascar e Maurício como grandes exemplos. Como a Zelândia é muito maior do que qualquer um desses lugares, ela poderia, a princípio, ser considerada um continente de tamanho completo.

Agora que você chegou até aqui, o que achou dessa descoberta? Qual é a sua opinião a esse respeito? Não deixe de compartilhar as suas ideias nos comentários!