6 Letras de música que não fazem sentido (e você sabe de cor)
Você já ouviu estas músicas muitas vezes, gostando delas ou não. Aquele tipo de música da qual não dá pra fugir. Porque tocam no som ambiente da loja, na TV, no karaokê e em muitos outros lugares onde você não pode controlar. Mas já reparou que elas têm trechos que não fazem sentido algum?
Certo, conhecemos a tal licença poética, mas também conhecemos o bom humor. Sendo assim, o Incrível.club resolveu fazer uma lista com algumas letras de música de grandes craques da música brasileira, mas que, nesse caso, não fazem muito sentido. Quer ver?
’Menina Veneno’ - Ritchie
“Sozinho no meu quarto / Eu acordo sem você”
Entendeu? Nem nós. Se estava sozinho no quarto, acordaria com quem? O cantor inglês radicado no Brasil fez enorme sucesso com seu álbum “Voo de Coração” (1983), que tinha “Menina Veneno” como canção principal. O hit que falava de um quarto que com abajur cor de carne fez tanto sucesso que foi a canção mais tocada nas rádios brasileiras em 1983.
’Imortal’ - Sandy & Junior
O que é imortal / Não morre no final
Hum, ok. A canção de 1999 é uma versão de “Immortality”, single da cantora canadense Céline Dion que foi composta pelos Bee Gees. Parte do álbum “As Quatro Estações”, que lançou a dupla, já na adolescência, em uma pegada mais pop e vendeu 2 milhões de cópias, a música afirma que o que é imortal não morre no final. Bem, não é óbvio? — com todo respeito a licenças poéticas.
’Refazenda’ - Gilberto Gil
Abacateiro saiba que na refazenda / Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a namorar
Não somos nós que estamos dizendo, é o próprio Gil quem afirma: “Refazenda” é uma justaposição de nonsenses: “Fui escolhendo palavras que aleatoriamente rimassem”. Afinal, quem ensina um abacateiro a namorar e aprende com ele a fazer renda? A música dá título a um ótimo álbum de 1975 e foi regravada em um trabalho de mais sucesso ainda, o “Acústico MTV”, de 1994
’W/Brasil’ - Jorge Ben Jor
Jacarezinho, avião / Cuidado com o disco voador / Tire essa escada daí
O grande legado da música de Jorge Ben Jor, que no início dos anos 1990 tocou por todos os cantos, desde casas noturnas até festas de casamento e formatura, foi tornar famoso o apelido Síndico para Tim Maia (“Eu vou chamar o Síndico / Tim Maia”). A letra homenageia também Washington Olivetto, publicitário amigo de Ben Jor e fundador da agência W/Brasil, e fala de Rio de Janeiro e do governo Collor. É isso aí. Dance à vontade, mas sem questionar.
’É Necessário’ - Tim Maia
Leu o título da música? Então você leu também toda a letra. É isso mesmo. São 2 minutos e 32 segundos em que a única frase cantada é “É necessário”. A coisa toda é conceitual, do fim da década de 1970, período em que a MPB se dedicava a letras rebuscadas e cheias de entrelinhas. Tim, porém, nunca explicou, afinal de contas, o que era necessário. Vamos ficar sem saber, provavelmente.
’Açaí’ - Djavan
Açaí, guardiã / Zum de besouro, ímã / Branca é a tez da manhã
Bem, teríamos aqui uma campeã caso fosse uma competição. Um craque em letras difíceis de entender, Djavan canta esta pérola que, convenhamos, não faz sentido nenhum. Faça um esforço e nem assim conseguirá explicar o refrão de um dos maiores sucessos do cantor e compositor alagoano, que faz parte do seu quinto álbum, “Luz”, lançado em 1982.
Agora diga pra gente se você lembra de alguma outra letra inexplicável ou que não faça sentido, ajude a gente a completar este álbum de estranhas pérolas da música popular brasileira.