Ele deu um ultimato à sua namorada grávida... herói ou vilão?

Relacionamento
22 horas atrás

Em qualquer relacionamento, a confiança é o alicerce capaz de sustentar ou abalar uma história de amor. Mas o que acontece quando alguém de fora começa a plantar dúvidas, inseguranças e ciúmes em uma relação que parecia estável? Foi exatamente o que aconteceu com Ana e seu namorado, que se preparavam para uma nova etapa com um bebê a caminho e a conquista da primeira casa juntos. Tudo parecia perfeito... até a reaproximação de Amanda, a melhor amiga de infância de Ana. O que começou como uma amizade inocente acabou se transformando em um turbilhão de desconfiança que colocou em risco o futuro do relacionamento.

O papel das amizades na dinâmica do casal: Como a confiança e os limites impactam o relacionamento

O namorado publicou isto no Reddit:

“Minha namorada (Ana) e eu estamos juntos há 4 anos. Em abril, duas coisas incríveis aconteceram: descobrimos que ela estava grávida e eu comprei uma casa para começarmos nossa vida juntos. Nossa família e amigos já sabem da gravidez, inclusive a melhor amiga de infância da Ana (Amanda). Confesso que nunca gostei muito da relação entre as duas, mas como Amanda morava do outro lado do país, isso nunca foi um problema real para nós.

Após Amanda saber da gravidez, ela decidiu voltar para sua cidade natal (onde moramos). Desde o fim de maio, quando ela chegou, tudo virou um inferno. Ana sempre se sentiu um pouco insegura em nosso relacionamento, porque trabalho na construção civil e também faço treinamento pessoal. Por algum motivo, ela se sente intimidada por mulheres mais magras, embora eu nunca tenha entendido o motivo. Para mim, ela é uma mulher linda, sexy, com curvas incríveis.”

Seu relato continua:

“Amanda não tem feito outra coisa senão alimentar as inseguranças e ansiedades da Ana desde que voltou. Nós nunca fomos o tipo de casal que compartilha localização ou fica vasculhando o celular um do outro — sempre achamos um grande sinal de alerta em qualquer relacionamento. Mas Amanda convenceu a Ana de que ela precisava começar a fazer isso. Desde então, ela mexe no meu telefone com frequência, mas nunca encontra nada. Já expressei minha dor e frustração, dizendo que ela deveria se afastar de Amanda. Mesmo assim, ela insiste em ignorar minhas preocupações.

Há cerca de duas semanas, Ana voltou a pedir para olhar meu celular. Eu disse, claramente, que aquela seria a última vez. Se não encontrasse nada suspeito, então teria que aceitar fazer terapia e se afastar da Amanda. Ela concordou, conferiu o telefone, não achou nada... mas, pouco depois, voltou atrás na promessa.”

AI-generated image

finaliza:

“Decidi ir embora. Atualmente, estamos com um contrato de aluguel mensal em um apartamento até que terminem as reformas da casa que comprei. Vim para a casa de um amigo até que a obra seja concluída, para onde me mudarei sozinho. Ana pediu para eu reconsiderar, mas não aceitei. Provavelmente, ela terá de voltar a morar com a mãe, o que não é nada ideal por conta do espaço limitado, e isso me parte o coração, principalmente por causa do meu filho.

Ainda assim, diante de tudo o que aconteceu, não consigo deixar de pensar: será que o errado sou eu?”

Sem dúvida, trata-se de uma situação complicada. Vamos ver o que alguns internautas pensam sobre isso:

  • Você não é vilão, mas acho que a terapia deveria estar em pauta antes de forçá-la a se afastar da amiga. Talvez com acompanhamento ela mesma perceba a influência tóxica da Amanda e que essa amizade não é saudável. Esse seria o melhor cenário, porque assim ela não sentiria que você a obrigou ou deu um ultimato para cortar laços com alguém que considerava uma amiga próxima. © Phabby17 / Reddit
  • Você fez tudo certo, de verdade. O “ultimato” é apenas você estabelecendo limites muito justos, após ter cedido bastante sua liberdade para tranquilizá-la. Você fez isso com carinho, mas, mesmo assim, ela quebrou sua confiança. © WhatICantShare / Reddit
  • Cada relacionamento é único, mas nunca entendi essa ideia de precisar ter acesso à senha do telefone do outro. Em que momento isso já impediu alguém de trair? Ou você confia ou não. E se não confia, não deveria nem pensar em casar, muito menos ter filhos com essa pessoa. © KaleidoscopeUpper802 / Reddit

A opinião dos especialistas

Segundo a Associação Americana de Psicologia (APA), confiar em alguém não se trata apenas de acreditar em suas palavras, mas de sentir que essa pessoa cumprirá o que promete. Em nossos relacionamentos (sejam de casal, amizade ou até mesmo profissionais), a confiança não se trata unicamente da “honestidade” da outra pessoa, mas de sua previsibilidade: saber que vai agir de forma coerente e estável. Essa consistência é o que nos dá paz e nos permite construir vínculos sólidos e maduros.

A psicóloga Pauline Chiarizia concorda com isso, mas acrescenta que experiências dolorosas do passado podem deixar feridas profundas que se transformam em medo, suspeita ou dificuldade para se abrir completamente, mesmo com um parceiro amoroso. Isso não apenas afeta quem carrega a desconfiança, mas também seu parceiro, criando um peso constante na relação.

A Dra. em Psicologia Clínica pertencente ao Instituto Gottman, Ellie Lisitsa, fala sobre os quatro padrões tóxicos que podem desgastar profundamente uma relação, aos quais chamam de “os quatro cavaleiros do apocalipse dos relacionamentos amorosos”: crítica, desprezo, atitude defensivadesconexão emocional.

  • crítica questiona o caráter, não apenas um comportamento específico.
  • desprezo (sarcasmo, zombaria ou gestos de superioridade) é o mais devastador e um claro preditor de separação.
  • atitude defensiva reage com contra-ataques ou desculpas, bloqueando o entendimento mútuo.
  • desconexão emocional ocorre quando alguém se desconecta por se sentir sobrecarregado, construindo muros, em vez de avançar.

Por outro lado, um estudo publicado na revista científica especializada Psychological Reports, realizado com mais de 300 pessoas casadas revelou como a falta de confiança no parceiro intensifica problemas como a instabilidade emocional, os conflitos e até a ideia de terminar o relacionamento. Algo interessante: revisar o celular do parceiro atua como um mediador, ou seja, pode aumentar ainda mais essas tensões.

Além disso, de acordo com outra pesquisa realizada por Roni Moss, da Universidade de Huddersfield — que explorou de onde nascem as expectativas românticas das mulheres jovens, especialmente sobre convivência, casamento e papéis de gênero -, a família é a influência mais forte ao moldar essas ideias, seguida das amizades. Para chegar a essas conclusões, foram entrevistadas oito mulheres entre 18 e 22 anos que estavam em um relacionamento. A análise mostrou que o que aprendemos em casa e com nossas amizades tem um peso decisivo em como imaginamos o amor e a vida a dois.

Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) nos convida a parar de lutar contra nossas emoções e aprender a nos relacionar com elas de forma mais saudável e flexível. Ao contrário de outras terapias que buscam apenas “eliminar sintomas”, a ACT ensina a abraçar o que sentimos (inclusive nossas inseguranças ou pensamentos de desconfiança) como uma oportunidade de crescimento. Sua base é simples: quanto mais tentamos controlar ou evitar o que acontece dentro de nós, mais estresse e frustração geramos. O caminho está em aceitar o que não podemos mudar e focar em ações alinhadas com nossos valores, para viver uma vida mais plena e equilibrada.

Este caso nos lembra o quão frágil pode ser a confiança quando terceiros intervêm em um relacionamento.

Errar é parte da vida, e isso também vale para o amor. Quem nunca passou por um encontro constrangedor a ponto de querer desaparecer? A boa notícia é que, no fim, essas situações acabam rendendo boas risadas. Reunimos aqui 10 encontros desastrosos — todos vividos pela mesma pessoa — e a história termina de um jeito surpreendente, revelado no bônus final.

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