Ela venceu o câncer 3 vezes e sua história é inspiradora
Dâmaris Alves, de 22 anos, do Rio de Janeiro, descobriu que estava com câncer raro na coxa aos 19 anos. Ela passou três anos lutando, mas a doença acabou voltando e, por fim, a valente garota precisou amputar a perna.
O Incrível.club irá te contar como foi esse processo tão difícil e mostrar que é possível encarar as maiores adversidades de cabeça erguida. Acompanhe a seguir!
Como ela descobriu a doença?
Em seu blog, a jovem conta que tudo começou em junho de 2014, quando descobriu uma espécie de nódulo na coxa. Ela sentia muitas dores e acabou tendo uma trombose. Os médicos, a princípio, diagnosticaram o nódulo como apenas um coágulo de sangue. Segundo essa versão, bastariam compressas de água morna e o uso de uma meia calça com pressão que tudo estaria resolvido.
Após seis meses, o que seria o tal do coágulo continuava a crescer, causando muitas dores e, por fim, outra trombose. Somente após 25 dias de internação, foi diagnosticado que o problema poderia ser mais sério que um simples coágulo e a jovem foi encaminhada para uma cirurgia para um diagnóstico mais preciso do problema.
Em fevereiro do ano seguinte ocorreu a tão esperada cirurgia. O coágulo retirado foi analisado e descobriu-se que se tratava, na verdade, de um tumor maligno. A retirada do tumor, por sua vez, foi complexa. Esse tumor já havia se desenvolvido bastante e obstruia a veia femoral (a principal veia da perna), comprometendo toda a perna.
Um tipo de câncer raro
O câncer que atacou Dâmaris é o chamado Sarcoma de Ewing ou sarcoma de partes moles, e se desenvolve a partir de certos tecidos, como ossos ou músculos. Ele é super raro (menos mil casos por ano no Brasil), mas costuma acometer principalmente braços ou pernas. Os tratamentos recomendados pelos médicos a Dâmaris foram a quimioterapia e a radioterapia.
A primeira sessão de quimioterapia
Seu tratamento foi bem longo e difícil. Ela conta: “Eu estava há cerca de 3 horas no soro e, então, começaram a surgir os efeitos. Tudo começou com uma ardência horrível no meu nariz; meus olhos pareciam queimar; minha cabeça latejava de tanta dor, minha barriga estava embrulhada. Que enjoo era aquele?”
Durante 3 dias, ela não conseguia comer e nem beber qualquer coisa que fosse. Dâmaris confessa que pensou que pudesse morrer. Ela sentiu muito medo porque, até então, o tratamento era algo novo e totalmente desconhecido. Seu corpo ficou fraco; ela tentava levantar da cama, mas não tinha energia. “Foi assustador”, conta.
A quimioterapia a fez ter uma nova relação com sua autoestima
Depois de nove sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia, seu corpo começou a demonstrar os efeitos do tratamento, trazendo, com isso, incertezas e dúvidas. O câncer atacava sua autoestima; os cabelos caíram, assim como os cílios e as sobrancelhas. Um pesadelo para qualquer mulher.
Mas depois de um tempo, ela entendeu que a autoestima é algo muito bem pessoal. A jovem narra que vestia a peruca ou lenço, maquiagem para disfarçar as olheiras, mas que depois de um tempo, finalmente começou a se achar razoável e então foi se sentindo “aceita”.
A doença voltou, mas ela não desanimou
Para ela, 2018 chegou trazendo surpresas. Logo no início do ano, ela descobriu que estava com uma metástase e no pulmão. Para tratar do problema, fez uma cirurgia bem simples de ressecção de pulmão por videotoracoscopia e retirou a metástase.
Porém, depois de um tempo começou a sentir algo diferente em sua perna, e logo soube que o câncer havia voltado. Dessa vez, mais agressivo. A única solução seria a retirada de parte do membro. A notícia foi assustadora, mas ela já estava preparada porque sempre soube dessa possibilidade.
Agora, Dâmaris está lutando para obter uma prótese
Passada a fase mais difícil da cirurgia, junto com amigos, ele lançou a campanha chamada “Caminhar é preciso” para poder arrecadar o valor necessário para uma prótese que fará com que recupere a mobilidade. Se você gostaria de apoiá-la, aqui você encontrará mais detalhes sobre isso.
Se entregar? Jamais!
Dâmaris acredita que não deve abaixar a cabeça e que a cada dia precisa aprender a se adaptar ao novo e lutar por sua vida. Ela diz que se sente como um pássaro e, como tal, luta diariamente. “Talvez seja esse o segredo do sorriso não ter saído do meu rosto. Minha sede de voar é maior que qualquer medo. O que trago no meu interior é mais valioso do que o que meu físico pode aparentar.”
E você, já apoiou alguma campanha desse tipo? Conte-nos aqui nos comentários.