E Se Você Vivesse Em Um Planeta Extremo, Com Oceanos De Fogo?

Curiosidades
há 9 meses

Oceanos de magma, ventos supersônicos, dias escaldantes e, em vez de chuva, um monte de pedras caindo sobre a sua cabeça. É só mais um dia como outro qualquer, né? Os astrônomos descobriram recentemente um novo “Super Planeta” no espaço. O K2-141b está a cerca de 200 anos-luz de distância de nós, e precisando urgentemente de um novo nome.

“Exoplaneta” é só um jeito chique de dizer que o planeta orbita sua própria estrela em outro sistema solar. A Terra orbita o Sol, mas esse planeta tem um outro sol. No entanto, o que torna o K2... e um monte de números... tão assustador?

Imagine nosso lindo planeta azul. Agora imagine todos os vulcões entrando em erupção ao mesmo tempo, e a lava cobrindo os mares e oceanos. Furacões impetuosos, centenas de vezes mais rápidos que o normal, sopram por toda parte, 24 horas por dia. E vez ou outra, começa a chover pedras. Isso mesmo, pedras. Sobre a sua cabeça!

Esse planeta assustador entrou em nossas vidas cerca de 2 anos atrás, e os cientistas ainda estão estudando ele. Mas como é um dia comum por lá? Para começar, não podemos nos esquecer da respiração. O oxigênio resolveu passar longe desse planeta. Você teria que se acostumar com sódio, monóxido de silicone e dióxido de silicone... Ou seja, péssimas condições de vida. E isso é só o começo. Quem sabe quais outras substâncias químicas existem por lá... E sim, oceanos de magma. A superfície do planeta está coberta por magma derretido até onde os olhos conseguem alcançar. Esse planeta de lava orbita muito perto de sua estrela, e é por isso que sua superfície pega fogo. Os planetas mais próximos do nosso Sol são Mercúrio e Vênus, mas esse planeta aqui fica ainda mais pertinho de sua estrela!

E o mais estranho é que em metade desse planeta é sempre dia, e na outra metade, é sempre noite. Ele possui rotação sincronizada, assim como a nossa Lua, então não importa por quanto tempo você olhe para ele, jamais verá seu outro lado! É por isso que a parte em que é dia é sempre escaldante e repleta de oceanos de magma... enquanto o outro lado fica sempre congelado!

Se o magma não o queimar, você ainda terá grandes problemas pela frente e, por favor, não olhe para cima! Está chovendo pedras! Na Terra, a água se transforma em vapor, sobe, forma nuvens, resfria e cai em forma de chuva, certo? No planeta de fogo acontece o mesmo, a diferença é que chove pedra, minha gente! O planeta é tão quente que vaporiza pedras!

Ah, e não se esqueça dos ventos supersônicos com velocidades acima de 5 mil quilômetros por hora. Imagine seu boné sendo tirado da sua cabeça por um vento 5 vezes mais veloz que um avião! O vento mais forte já registrado na Terra foi o Ciclone Tropical Olívia, que atingiu a Austrália. Ele soprava a 400 quilômetros por hora. Agora imagine 12 vezes isso!

No lado ensolarado do planeta, você se sentirá como um frango assado, a uma temperatura de 2.700 graus Celsius! O calor mais extremo que já passamos aqui na Terra foi na Califórnia: 60 °C! No deserto do Saara, a temperatura chega perto disso, mas não a ponto de fazer pedras evaporarem!

Se você mora perto de algum deserto, sabe o quão seco e quente ele é. Mas sabia que os desertos também podem ter temperaturas congelantes? Toda região com pouca ou nenhuma chuva é chamada de deserto. Isso quer dizer que não existe vapor de água para impedir que as temperaturas fiquem insanas.

Durante o dia, o sol aquece o deserto como se fosse um forno. Mas quando o sol se põe, o calor arruma suas coisas e desaparece, fazendo o lugar ficar megafrio. Alguns desertos já marcaram 40 graus negativos à noite. Mas... peraí, não neva nos desertos quando fica tão frio assim? Alguns desertos têm um pouquinho de neve aqui e ali, mas por causa da falta de vapor, não dá pra ter muita neve... apenas noites secas, congelantes e arenosas mesmo.

Agora, o Deserto do Saara não é o maior deserto da Terra. Este título pertence à Antártica! São 13 milhões de quilômetros quadrados de gelo seco, quase sem pessoas, e povoado por fofos pinguins. Então, tecnicamente, os pinguins vivem em desertos!

Mas voltando ao planeta de fogo, vamos falar agora sobre o lado em que é sempre noite. É uma escuridão sem fim, e lá faz muito frio — cerca de menos duzentos graus Celsius. E ainda tem os ventos supersônicos... a temperatura mais fria na Terra? 90 graus negativos em um centro de pesquisas da Antártica. Então como esse exoplaneta apimentado fica se comparado com nossos vizinhos?

Bem, Marte também não é habitável. Ele é o Planeta Vermelho, então você logo pensa que por lá faz um calorão infernal. Mas geralmente lá é congelante — bem, mais que congelante! Se estiver planejando passar um fim de semana em Marte, pode deixar o guarda-chuva em casa. Não, lá não chove pedra... na verdade, faz milhões de anos que não chove por lá.
Pelo menos Marte tem dias e noites. E é como a Terra em outros aspectos. O Equador de Marte é megaquente, e faz bastante frio nos polos Norte e Sul, assim como em nosso planeta. Os cientistas até encontraram pequenas porções de neve de dióxido de carbono por lá. Na verdade, o planeta inteiro é coberto por dióxido de carbono, com uma pitada de nitrogênio aqui e ali.

Os cientistas até relataram intensas nevascas em Marte. Mas por serem compostas mais por dióxido de carbono, não são tempestades comuns. São mais como tempestades de gelo seco, aquela coisa usada em máquinas de fumaça. E Marte não é o único planeta onde o clima é maluco.

Júpiter é famoso por suas tempestades gigantes. Elas não são como as que temos aqui. Estou falando de tempestades que duram séculos. A Grande Mancha Vermelha de Júpiter é uma tempestade que já dura 400 anos, e cabem 4 planetas Terra dentro dela! Ela já é bastante velha, mas nem chega perto das intensas tempestades do planeta K2.

Vênus também tem chuvas intensas, mas não são de pedra. Lá é pior — lá chove ácido sulfúrico! Essa coisa pode causar sérias queimaduras na pele e fazer buracos enormes no seu guarda-chuva. A atmosfera de Vênus é repleta de dióxido de carbono, que age como uma rede para prender a radiação solar, então é absurdamente quente. Mas não tem nenhum oceano de magma.

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, e nem tem atmosfera. Isso quer dizer que não há tempestades, nuvens, chuvas, nem vento... não tem nada! Mercúrio é como um deserto aqui da Terra, sem vapor de água e sem chuva. Isso significa que as temperaturas disparam durante o dia e despencam absurdamente à noite.

exoplaneta K2 é como uma mistura de todas as partes mais extremas de todo o nosso sistema solar. Mas não vamos pra lá tão cedo... nem fomos a Marte ainda! Isso só acontecerá em um futuro distante — afinal, 200 anos-luz é uma longa viagem!

Se formos para algum lugar, em breve, certamente vamos querer acampar na Lua. Lá não há oceanos de magma nem ventos violentos e as temperaturas são agradáveis. Então, por onde começaríamos? Bem, o principal problema é que os drones e os robôs de controle remoto estão ficando cada vez mais avançados. É bem mais barato enviá-los para mapear a Lua pra nós, enquanto ficamos seguros aqui na Terra.
E se quisermos mesmo começar a explorar o espaço fisicamente, precisaríamos de uma base espacial apropriada. E que lugar seria melhor que nossa brilhante Lua? Então pra que estudar planetas distantes? Qual a finalidade? Bem, os planetas são como pessoas — eles têm diferentes idades e vivem em lugares diferentes. Quanto mais soubermos sobre eles, mais poderemos entender por que a vida existe, ou por que a gente existe aqui na Terra e não em outro planeta.

Quando vemos novas descobertas de planetas malucos, temos novas ideias, que podem se transformar em invenções maravilhosas capazes de facilitar a nossa vida! Só o simples ato de ir ao espaço nos dá muitas ideias.
Lentes à prova de arranhões, equipamentos à prova de fogo, sistemas de filtragem de água, fones sem fio, aparelhos ortodônticos invisíveis, e até aquele aspirador minúsculo que você usa para tirar os farelos das almofadas do seu sofá... tudo isso foi inventado para ajudar os astronautas a trabalhar melhor no espaço, e agora servem também para melhorar nosso dia-a-dia!

Talvez algum dia consigamos descobrir uma nova fonte de energia graças a um planeta ou estrela distante, ou possamos encontrar uma nova substância capaz de tornar nossas construções mais fortes, ou, até mesmo, mais energeticamente eficientes!

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