Curiosidades sobre a memória que revelam segredos do nosso cérebro
De acordo com cálculos de neurofisiologistas do Instituto Salk para Pesquisas Biológicas (na California, EUA), o cérebro humano consegue se lembrar de 5 a 20 petabytes de informação. Isso é comparável em volume com o total de dados da Internet global. No entanto, ainda não nos recordamos de onde acabamos de deixar o celular e nos esquecemos que horas são apenas um segundo depois de consultar o relógio.
O Incrível.club encontrou 8 pesquisas científicas interessantes no campo da memória que o ajudarão a entender alguns segredos sobre como trabalha o nosso cérebro.
1. Fotos apagam a memória
Cientistas da Universidade da Califórnia realizaram uma pesquisa e provaram que os objetos fotografados são rapidamente apagados da memória.
Eles dividiram 50 alunos em 3 grupos e mostraram a todos as mesmas imagens. O primeiro grupo as fotografou com um smartphone, o segundo tirou fotos e apagou as imagens em poucos minutos e o terceiro grupo apenas ficou observando.
Depois de um tempo, quando pediram a todos os alunos que se lembrassem do que viram, apenas aqueles que não tiraram fotos conseguiram fazer o dever de casa.
2. Não nos lembramos do que realmente aconteceu, mas do que mais nos afetou
O vencedor do Prêmio Nobel de Economia 2002, o psicólogo Daniel Kahneman (autor do Best Seller Rápido e Devagar) durante muito tempo pesquisa o fenômeno da memória humana e concluiu que temos 2 ’eus’: um vive a vida e o outro guarda lembranças sobre isso e faz avaliações. Muitas vezes, esses 2 ’eus’ podem não coincidir.
Como exemplo, cita as palavras de um dos participantes de experimento, que, por 20 minutos, ouviu um concerto sinfônico bonito, apreciando a música, mas a experiência foi destruída por um chiado desagradável ouvido no final. Viver o momento deu prazer à pessoa, mas sua memória foi arruinada por um acontecimento desagradável no final.
3. Existe uma prótese de memória
Cientistas da Universidade do Sul da Califórnia inventaram e já testaram um implante no cérebro que no futuro pode ajudar a todos a armazenarem, no cérebro, enciclopédias completas de conhecimento.
Os testes foram realizados em pacientes com epilepsia e Alzheimer. Eles foram convidados a se lembrar de algo e realizar o teste. Durante as respostas a algumas das perguntas, a memória era estimulada. Durante o experimento, foi mostrado que a nova invenção ajuda a melhorar a memorização em até 37%, mesmo em pessoas com deficiência de memória crônica.
4. A depressão apaga recordações
Neurocientistas alemães da Universidade de Ruhr desenvolveram um algoritmo matemático capaz de calcular o efeito da depressão nas células cerebrais humanas.
Durante o estudo do cérebro de vários voluntários com transtornos depressivos, os cientistas concluíram que a depressão profunda pode apagar algumas das lembranças do passado.
Em uma pessoa que está em um estado depressivo por muito tempo, a formação de novas células nervosas diminui. Isso deforma a memória e, assim, são perdidas recordações do passado.
5. As lembranças podem ser falsas
Às vezes nossas lembranças são apagadas e, no lugar delas, nossa psique pode colocar algo que nunca aconteceu. Esse fenômeno é chamado de confabulação. Isso acontece às vezes em relação a eventos de um passado distante, por exemplo, quando nos lembramos de algo de nossa infância ou confundimos o que sonhamos com situações da vida real. Mas, se tais “alucinações de memória” ocorrerem com frequência, elas podem indicar amnésia progressiva.
Você pode descobrir se tem predisposição para falsas memórias fazendo este teste, em que terá de memorizar uma lista de várias palavras e depois repeti-las. Se, por acaso, falar uma palavra que não está na lista, isso é considerado confabulação. Nesse caso, é bom consultar um neurologista.
6. Existe uma pílula que apaga lembranças ruins
Cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, após uma série de experimentos com ratos, encontraram proteínas no cérebro responsáveis por armazenar informações sobre experiências negativas. Pesquisadores inventaram uma maneira de eliminar essas proteínas e, com elas, as lembranças ruins com a ajuda de remédios.
Essa técnica causa muitas discussões. Supõe-se que deste modo será possível tratar a depressão pós-traumática e curar pessoas viciadas em determinadas drogas.
7. As lembranças podem ser “baixadas” e transmitidas para outro cérebro
Imagine que você está indo aprender uma nova língua estrangeira e o professor simplesmente ’transmite’ todo o conhecimento do cérebro dele para o seu em uma aula. Talvez em breve isso se torne realidade, mudando totalmente o mecanismo de aprendizagem.
Cientistas da Universidade da Califórnia, nos EUA, já aprenderam como transferir a memória de um molusco para outro, extraindo moléculas de RNA — ou ARN. O sistema de neurônios dessas criaturas é muito mais simples que a de um humano, mas os pesquisadores têm certeza de que o algoritmo para transmitir informações em nosso cérebro funciona exatamente da mesma maneira.
8. Quem não dorme bem tende a ser acometido pela doença de Alzheimer com maior frequência
Depois de examinar 189 voluntários, cientistas da Universidade de Washington (EUA) descobriram um novo sintoma da doença de Alzheimer. Acontece que os peptídeos que causam a interrupção da memória também impedem as pessoas de dormir em paz durante a noite.
As pessoas que acordam tranquilamente pela manhã e vão para a cama ao cair da noite não sofrem de doenças crônicas que causam deterioração da memória na velhice.
Diga-nos nos comentários, qual desses fatos sobre a memória realmente te surpreendeu mais.