Descobriram uma espécie humana perdida, e o DNA dela pode estar em você

Curiosidades
há 1 dia

Em 2010, a descoberta de um pequeno osso em uma caverna na Sibéria mudou radicalmente o que sabíamos sobre a evolução humana. Ele revelou a existência dos denisovanos, espécie irmã dos neandertais, que se cruzaram com os nossos antepassados e deixou traços genéticos que ainda estão presentes em muitas pessoas atualmente. Talvez você carregue parte do DNA deles sem saber.

Os denisovanos eram humanos

Os denisovanos foram uma espécie humana arcaica que habitou a Ásia entre 285 mil e 25 mil anos atrás. Sua existência só foi confirmada graças à análise de DNA, já que seus fósseis são extremamente raros. Descobertos na caverna Denisova, na Sibéria, eles compartilham um ancestral comum com os neandertais, mas desenvolveram traços próprios, como molares excepcionalmente grandes e uma constituição física robusta.

A descoberta surpreendente

Tudo começou com a descoberta de um fragmento de osso de um dedo e dois molares na caverna Denisova, na Sibéria. A análise genética revelou que eles pertenciam a uma garota, apelidada de “mulher X”, que não era nem Neandertal nem Homo sapiens, mas pertencia a uma linhagem completamente nova. Essa descoberta provou que pelo menos três espécies humanas coexistiram: nós, os neandertais e os denisovanos.

Sua aparência física

Embora não existam esqueletos completos, os cientistas reconstruíram sua aparência estudando a metilação do DNA. Esse estudo sugeriu que os denisovanos tinham:

  • Rosto largo, amplo e saliente;
  • Nariz longo;
  • Testa inclinada;
  • Crânios largos e achatados;
  • Mandíbulas proeminentes e dentes grandes;
  • Estrutura robusta, com pélvis e caixa torácica largas.

Você pode ter DNA denisovano

Surpreendentemente, muitas pessoas hoje carregam traços de DNA denisovano. Foi demonstrado que a hibridização ocorreu especialmente na região do Pacífico. Assim, os melanésios têm entre 4% e 6% de DNA denisovano, existindo também uma presença significativa nos aborígenes australianos e em algumas populações do sudeste asiático. Portanto, se você tem ascendência dessas regiões, pode ter DNA denisovano.

Como o DNA denisovano chegou até nós

Aparentemente, há cerca de 50 mil anos, o Homo sapiens que estava migrando para a Ásia se encontrou e cruzou não apenas com os neandertais, mas também com os denisovanos. Mas se não houve cruzamento direto entre o Homo sapiens e os denisovanos, o DNA denisovano poderia ter chegado até nós por meio dos neandertais. Prova disso é “Denny”, uma criança híbrida descoberta na Sibéria, filha de uma mãe neandertal e de um pai denisovano. Esse cruzamento deixou traços genéticos que ainda persistem em algumas populações modernas.

Extinção

Certamente não sabemos por que ou como os denisovanos desapareceram. Não há evidências conclusivas suficientes que nos permitam apontar um ou mais motivos para a extinção deles. Há algumas hipóteses que sugerem que o Homo sapiens desempenhou um papel nisso, mas, novamente, nada conclusivo.

Os denisovanos são um elo perdido fascinante em nossa história evolutiva. Seu DNA ainda está vivo em muitas pessoas, demonstrando que a humanidade é o resultado de um intrincado cruzamento entre espécies. A presença do DNA de outras espécies ou subespécies humanas nos permitiu sobreviver a vários desafios.

Se você curte esse tema, não deixe de ler o próximo artigo sobre 15 achados arqueológicos que são tão interessantes quanto um livro de história.

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