Casamento pode aumentar o risco de demência, segundo novo estudo

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Há 1 semana

Sempre ouvimos que o casamento faz bem para a saúde. Ter alguém ao nosso lado pode significar apoio emocional, social e até financeiro. Mas e se novas evidências colocarem essa ideia em xeque e mostrarem que o casamento talvez não seja a melhor forma de se proteger contra a demência?

Na verdade, um estudo recente aponta justamente o contrário: estar solteiro pode, surpreendentemente, ajudar a reduzir o risco de desenvolver demência. Confira o que descobrimos:

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O estudo recente analisou dados de mais de 24 mil idosos ao longo de 18 anos

Segundo o estudo, no início, alguns participantes já apresentavam comprometimento cognitivo leve. O interessante é que os solteiros tinham menos chance desenvolver um quadro de demência em estágio avançado do que os casados.

Durante o acompanhamento, alguns participantes perderam seus parceiros e os que ficaram viúvos também apresentaram menor risco menor de desenvolver demência do que aqueles que permaneceram casados.

Os pesquisadores levaram em consideração diversos fatores, como idade, sexo, raça, escolaridade e outros indicadores de saúde física e mental. Ainda assim, um padrão se manteve claro: pessoas solteiras tinham menos chance de desenvolver demência, especialmente Alzheimer, e demência com corpos de Lewy, do que as casadas.

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que o risco maior entre os casados poderia estar ligado a diagnósticos mais precoces

Casais geralmente têm a vantagem de contar com um parceiro que percebe mudanças sutis no comportamento ou na memória do parceiro, incentivando-o a buscar ajuda médica. Isso pode levar a diagnósticos mais rápidos de declínio cognitivo, criando a impressão de que pessoas casadas têm maior risco de desenvolver demência.

Os próprios pesquisadores reconhecem essa possibilidade, conhecida como “viés de verificação”, ou seja, quando um grupo é diagnosticado com mais frequência simplesmente por ser mais observado. No entanto, como o estudo contou com avaliações clínicas anuais feitas por profissionais especializados, esse viés foi minimizado. Isso fortalece a credibilidade dos achados: o menor risco de demência entre os solteiros parece ser, de fato, real, e não apenas uma questão de diagnóstico mais tardio.

O estudo não se limitou a analisar se os indivíduos eram casados ou não — também investigou os tipos de apoio social que as pessoas tinham

Pessoas solteiras, especialmente aquelas que nunca se casaram, costumam desenvolver redes sociais mais amplas e fortes, o que pode funcionar como um fator de proteção contra a demência. Em vez de depender exclusivamente de um parceiro, elas tendem a cultivar amizades duradouras, conexões comunitárias e relacionamentos diversos, que oferecem suporte emocional constante.

Isso sugere que o mais importante não é o estado civil em si, mas sim a qualidade dos vínculos que a pessoa constrói ao longo da vida. Relações saudáveis, estimulantes e afetivas, sejam românticas ou não, podem ter um impacto significativo na saúde do cérebro e na prevenção do declínio cognitivo.

Estar casado não significa automaticamente que você tem maior risco de sofrer declínio cognitivo

Como vimos acima, manter uma vida social ativa e o bem-estar emocional, independentemente do estado civil, pode ser a melhor estratégia para manter a mente saudável à medida que envelhecemos. Está na hora de focar mais na qualidade das nossas relações e na força da nossa rede de apoio, seja você casado, solteiro ou algo entre os dois.

Ao olhar além do estado civil e considerar a saúde emocional, podemos proteger melhor a nossa mente — e isso sim merece ser celebrado.

Falando em saúde, há outra ameaça silenciosa que devemos manter no radar: o melanoma. Esse tipo perigoso de câncer de pele muitas vezes passa despercebido até que seja tarde demais. Enquanto muitos de nós ficamos de olho em mudanças evidentes nas pintas, são os sinais sutis que costumam escapar.

Detectar cedo é fundamental: a taxa de sobrevivência em cinco anos para o melanoma localizado gira em torno de 99%, mas cai drasticamente quando o câncer se espalha. Por isso, não espere — veja agora 7 sinais sutis de melanoma que você nunca deve ignorar.

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