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Hoje em dia, o manicure é uma verdadeira tela para autoexpressão, mas por muitos séculos a arte de decorar as unhas fez parte de tradições culturais e religiosas, revelando muito sobre a pessoa. O mundo do manicure passou por uma verdadeira evolução, que aos poucos nos trouxe a essa enorme variedade de designs que deixam qualquer um indeciso.
Acredita-se que as mulheres indianas foram as primeiras a fazer manicure durante a Idade do Bronze. Elas usavam a famosa hena para tingir as unhas em tons de vermelho e marrom-escuro.
A moda da manicure se espalhou pela antiga China, onde passou a ser usada como um símbolo de pertencimento à classe dominante. Pessoas ricas aplicavam esmaltes em tons de vermelho, prata ou dourado, enquanto o uso dessas cores era proibido para as classes mais simples.
Com o tempo, unhas longas e extravagantes se tornaram populares, servindo como um sinal de status. O comprimento exagerado das unhas mostrava que a mulher pertencia a uma família rica o suficiente para poupá-la de qualquer trabalho físico — afinal, unhas de quinze centímetros eram totalmente incompatíveis com tarefas no campo.
As damas nobres da Cidade Proibida (o complexo imperial no centro de Pequim) usavam até protetores especiais nos dedos anulares e mindinhos para evitar que suas longas unhas quebrassem. Esses acessórios foram popularizados pela imperatriz viúva Cixi. Sua coleção incluía peças feitas de ouro, prata, cobre, jade e até modelos “garras de falcão”, muitas vezes adornadas com pedras preciosas.
No antigo Egito, mãos bem cuidadas eram um reflexo de status e riqueza. Os nobres frequentemente usavam unhas postiças feitas de marfim para destacar sua posição social elevada. Pessoas comuns também podiam pintar as unhas, mas não em cores vibrantes. A hena, por exemplo, era reservada à elite e aos sacerdotes, já que as unhas vermelhas simbolizavam força vital. Acredita-se que a própria Cleópatra preferia o clássico esmalte vermelho em suas unhas.
Na Idade Média, a influência da Igreja e a visão conservadora sobre a beleza resultaram em uma abordagem mais contida em relação à decoração das unhas. Unhas longas eram vistas como um símbolo de vaidade excessiva. O foco principal era proteger as unhas contra danos e infecções, e para isso utilizava-se uma mistura de óleo e fuligem. Apenas algumas mulheres da nobreza podiam se dar ao luxo de cobrir as unhas com um composto especial e transparente para dar um aspecto mais cuidado.
“Minha melhor manicure de ’pavão’!”
Hoje em dia, a arte das unhas é apenas um elemento decorativo, mas na Idade Média, em diferentes países, ele refletia a personalidade da pessoa. Desenhos simbólicos eram muito comuns, cada um carregando um significado especial. Por exemplo, penas de pavão representavam riqueza e prosperidade, enquanto rosas simbolizavam amor e beleza. Já cruzes e imagens de santos demonstravam as crenças do indivíduo. O próprio processo de fazer o manicure podia ser uma forma de meditação.
O esmalte de unhas, como o conhecemos hoje, foi criado no início do século XX e se tornou acessível a todas as classes sociais. No entanto, inicialmente ele era produzido em forma de pasta, pó e lápis. O primeiro esmalte líquido só surgiu cinco anos depois, e, dez anos mais tarde, foi lançado o esmalte colorido com acabamento brilhante, criado pelo maquiador Michel Menard, que se inspirou no brilho das tintas automotivas.
Em 1957, a primeira unha de acrílico foi criada acidentalmente por um dentista. O dentista Frederick Slack remendou uma rachadura usando acrílico odontológico. A capacidade de criar unhas longas e fortes abriu um mundo inteiro de arte em unhas. Em 2017, uma de suas amostras se tornou até mesmo uma exposição do Museu de Arte Moderna.
Em 1957, o primeiro alongamento acrílico foi criado acidentalmente por um dentista. Frederick Slack remendou uma rachadura em sua unha usando acrílico odontológico. Essa descoberta abriu um novo mundo de possibilidades para as artes nas unhas, permitindo criar unhas longas e resistentes. Em 2017, um dos modelos originais chegou a se tornar peça de exposição em um museu de arte contemporânea.
Acredita-se que o estilo de unha francesa foi criado por Jeff Pink em meados dos anos 1970. Um diretor de Hollywood pediu a ele que criasse um visual versátil para as unhas, que evitasse que as atrizes precisassem repintá-las sempre que trocassem de figurino. Jeff se inspirou no efeito do lápis branco clareador e desenvolveu um kit com esmaltes em tons de branco, rosa e bege para um visual natural. O resultado foi um sucesso entre estrelas de cinema e estúdios, poupando tempo e dinheiro.
Na cultura pop, as estrelas de cinema sempre foram o principal motor das tendências em esmaltes. Em 1995, o tom Rouge Noir da Chanel foi usado pela personagem de Uma Thurman em Pulp Fiction. No dia da estreia do filme, o esmalte esgotou completamente. O frenesi foi tão grande que algumas pessoas chegaram a esperar até 12 meses para conseguir o produto.
O processo de fazer as unhas mudou bastante ao longo dos anos e deixou de ser um privilégio exclusivo, mas a beleza e o cuidado com as mãos continuam sempre em alta. Quer saber quais tipos de manicure estão no auge da moda 2025? Confira neste artigo!