9 Técnicas de manipulação que as lojas online costumam usar
Que biquíni lindo! Essa capinha de celular é super legal e esses sapatos também são maravilhosos! Tudo pode ser comprado hoje em dia sem que seja necessário levantar da poltrona, sem pegar filas nos provadores e praticamente sem se comunicar com vendedores insistentes. Porém, a sequência de acontecimentos que lhe parece ideal nem sempre é resultado do seu próprio desejo.
Em alguns casos, por trás das suas emoções há uma série de técnicas de marketing das lojas virtuais para garantir que você dê aquele clique final por impulso e acabe comprando o que não precisa.
O Incrível.club resolveu investigar de que maneira as empresas nos levam a comprar pela Internet, e como é possível identificar tais táticas.
Ausência de preços
As lojas online raramente anunciam produtos sem preço; mas no Instagram, a tática do “respondo por mensagem privada” é usada há vários anos. Muita gente ainda acredita que os donos das lojas avaliam o “tipo de perfil” e, a partir daí, aumentam o preço quando identificam um cliente potencialmente endinheirado.
Na realidade, essa técnica tem como objetivo estimular a pessoa a finalizar a compra. Os clientes em potencial geralmente pensam duas vezes se realmente precisam daquele produto, e é por isso que os vendedores se apressam em mandar mensagens do tipo: “O preço dessa camiseta é 50 dólares. De que tamanho você precisa?”, fazendo o internauta se sentir compelido a comprar.
Outra razão são os algoritmos do Instagram. Hoje, cada “like” e comentário aumenta as chances de que determinado post apareça em sua timeline. Portanto, ao ocultar os preços, os donos de lojas com perfil no Instagram fazem com que os usuários enviem comentários com perguntas sobre o custo do produto. Assim, aumentam o engajamento naquela determinada publicação.
Deficiência artificial
As pessoas sempre hesitam antes de fechar uma compra, sentindo uma vontade de adiar a decisão “para mais tarde”. Portanto, ainda que a loja tenha mil unidades de determinado produto (que costuma ser novo ou caro), ela vai dizer que “só restam 2 unidades desse item”. É assim que os comerciantes convencem os procrastinadores.
Quando o site praticamente grita que o produto está acabando (usando letras grandes e brilhantes), o subconsciente começa a soar um alarme. E a mão acaba indo direto clicar no botão “Comprar”.
Falso “top” de produtos mais vendidos
Há ainda outras situações em que as lojas online enganam os clientes. Quase todos os sites anunciam uma lista de “produtos mais populares / mais vendidos” num lugar visível. Porém, a lista dos produtos mais populares é formada com base nos benefícios que irão proporcionar ao vendedor. Ou seja, ali aparecem os produtos mais caros ou aqueles que estão vendendo num ritmo lento.
Você pode atestar se aqueles itens são realmente populares lendo os comentários. Se houver produtos com muitos comentários e que não aparecem entre os “top”, enquanto entre os “produtos mais vendidos” só há itens sem comentários, suspeite da estratégia.
Ofertas falsas
Frequentemente, as lojas online oferecem produtos com desconto de 20-50%, com a esperança de que o comprador caia na armadilha e adquira esses produtos de imediato, sem comparar com os preços de outras lojas.
Só que até os preços de produtos em oferta costumam estar acima da média. Muitas lojas fazem um cronômetro, que mostra em quanto tempo a oferta supostamente chegará ao fim. Ainda assim, não acredite nisso logo de cara e não deixe de comparar o preço do mesmo produto em diferentes sites, ou então recorra ao serviço de páginas que fazem automaticamente essa comparação.
Chat online com lembranças constantes
Quase todo mundo já está acostumado com as janelas que abrem constantemente, perguntando: “Posso ajudar?” ou indicando a presença de um “Consultor online”. A ajuda para a escolha da cor e tamanho certos, tipo de acabamento, formato do álbum de fotos, tudo isso tem o intuito de convencer o cliente a realizar a compra. Mesmo se você estiver com dúvidas, a consulta detalhada acaba dando todos os dados necessários para a realização da escolha.
Depois de conversar com um assistente online, o comprador fica com a impressão de que fez a melhor opção. Além disso, o consultor é orientado a agir como um psicólogo, já que os internautas precisam de uma espécie de preparação moral para desembolsar uma soma considerável de dinheiro.
Presente
Muitas lojas online oferecem um catálogo, um cartão de presente ou um desconto em troca do seu endereço de e-mail (ou do seu número de telefone). Mas para que eles presenteariam algo se você ainda nem comprou nada?
Esse tipo de brinde serve para criar uma base de clientes, que serão bombardeados com mensagens e ofertas. Em alguns casos, para receber o “presente”, a pessoa precisa responder a algumas perguntas (sexo, idade, cidade onde mora) que permitem traçar um perfil do cliente em potencial.
Acessórios adicionais incluídos
Como uma oferta que parece irrecusável, as lojas costumam oferecer um acessório adicional gratuitamente: fones de ouvido, mousepads, canecas. Mas antes de se sentir sortudo por ter tido aquela oportunidade, consulte os acessórios que são oferecidos no site oficial do fabricante. Às vezes, os mesmos itens já vêm inclusos no kit básico.
Design da página
Até o design de sites têm como objetivo praticamente obrigar as pessoas a comprar. Algumas lojas online recorrem a truques psicológicos. Por exemplo, a cor vermelha estimula a realizar alguma ação; por isso que o botão de “Comprar” costuma ser dessa cor. Já o verde inspira segurança e confiança: os botões de “Ligar”, “Adicionar ao carrinho” são verdes, etc.
Às vezes, o jogo de cores chega a um ponto absurdo, quando os proprietários dos negócios copiam quase completamente o design dos sites de seus concorrentes mais bem sucedidos. O idioma inglês tem até um termo específico para essa tática: brandjacking — criação de sites que parecem com os de marcas famosas. Geralmente, são usadas combinações de cores bem parecidas.
Exibição bem pensada dos produtos
Até mesmo produtos medíocres podem ser mostrados de uma maneira que desperta o desejo de comprar. Joias ou celulares são fotografados nas mãos de pessoas felizes ou sob uma luz artificial brilhante, ao lado de cosméticos ou acessórios. A camiseta é exibida combinada com uma jaqueta elegante e botas de luxo (quando na verdade, ela sempre fica folgada e dificilmente fica bem quando combinada com algo). Para não cair na armadilha das fotos, peça que os consultores enviem uma foto do produto ao vivo, ou então só compre em lojas que mostram o produto tanto sozinho quanto combinado com outras peças. Assim, você poderá avaliar o item sob diferentes ângulos.
Bônus: fica realmente melhor com um gato?
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