9 Rainhas e princesas que mudaram o curso da história de seus países
Ao longo da história do mundo houve muitas mulheres da realeza que desempenharam um papel importante no desenvolvimento de seus respectivos países. Essas rainhas e princesas viveram em diferentes épocas e regiões, mas cada uma delas marcou o curso de sua nação de maneiras ainda hoje sentidas.
O Incrível.club compilou uma lista das rainhas e princesas de diferentes partes do globo que, de uma forma ou de outra, deixaram uma marca na história de seu país.
1. Diana de Gales, a princesa do povo
Talvez nenhuma outra princesa tenha tido o mesmo impacto mundial que Lady Diana Spencer. Quando se casou com o príncipe Charles, tinha apenas 20 anos e a cerimônia foi chamada de “o casamento do século”. No entanto, seu legado não tem como base exclusivamente o vestido de noiva deslumbrante usado por ela.
A princesa equilibrou as relações que os monarcas ao redor do mundo mantinham com seu povo, quebrando o protocolo que os separava e aproximando-se das pessoas. Seu papel de mãe, a empatia que demonstrava pelos mais necessitados e seu trabalho em infindáveis instituições de caridade fizeram dela a figura mais popular da família real britânica de sua época.
Seus filhos William, o duque de Cambridge, e Harry, o duque de Sussex, casaram por amor e atribuíram à educação e à formação que receberam de sua mãe a razão pela qual hoje eles procuram ajudar os mais desfavorecidos.
2. A rainha Vitória ajudou a construir o império onde o sol nunca se põe
O reinado de Vitória é o segundo mais longo da história da Inglaterra, superado apenas por sua tataraneta, a atual Elizabeth II. Vitória subiu ao trono quando tinha apenas 18 anos e a “era vitoriana” foi marcada pela expansão do Império Britânico. Em 1877, ela se tornou a primeira inglesa a obter o título de Imperatriz da Índia. Além disso, durante essa época, a Inglaterra teve grandes avanços industriais, científicos e políticos. Durante o seu reinado, a moderna monarquia constitucional foi gradualmente estabelecida no Reino Unido.
Vitória se casou com seu primo, o príncipe Albert de Saxe-Coburgo-Gota. O casal teve nove filhos, que juntamente com vinte e seis dos seus quarenta e dois netos, casaram-se com diferentes membros da realeza europeia, criando laços entre a vasta maioria das casas reais daquele continente. É por isso que ela foi apelidada de “avó da Europa”.
Atualmente, há cinco monarcas ocupando o trono que são descendentes de Vitória: a Rainha Elizabeth II da Inglaterra, o Rei Harald V da Noruega, o Rei Carl XVI Gustaf da Suécia, a Rainha Margarida II da Dinamarca e o Rei Felipe da Espanha. Há ainda uma série de outros membros da realeza europeia.
3. Grace Kelly, a atriz que se tornou princesa
Grace Kelly era uma conhecida atriz de Hollywood que ganhou um Oscar por seu papel no filme Amar é Sofrer. No entanto, aos 26 anos, quando estava no auge de sua carreira profissional, decidiu se retirar do cinema. A jovem conheceu e apaixonou-se pelo soberano príncipe de Mônaco, Rainier III. A união entre os dois deu vida nova ao pequeno principado europeu. O casamento contou com a participação de mais de mil jornalistas de todo o mundo, o que ajudou a transformar Mônaco no recreio dos bilionários que é hoje.
Após a Segunda Guerra Mundial, o principado empobreceu, mas a chegada da bela Grace atraiu playboys de todo o mundo para investir seu dinheiro. Logo se tornou um lugar glamouroso com cassinos onde os ricos passavam suas férias de verão, o que foi fundamental na recuperação da economia monegasca.
A princesa teve um papel importante na revitalização de Mônaco. Grace serviu como presidente da Cruz Vermelha e promoveu um baile de caridade (o Baile da Rosas) que continua sendo celebrado ainda hoje.
4. Elizabeth I, a rainha virgem
A segunda filha do rei Henrique VIII herdou o trono inglês após a morte de sua irmã, a rainha católica Mary I, em 1558. Durante seu reinado, Elizabeth I conseguiu transformar a Inglaterra em um país protestante após sua irmã Mary ter restaurado o catolicismo. Desta forma, a igreja protestante independente de Roma foi estabelecida e isso acabaria por evoluir para o que hoje é conhecida como a Igreja Anglicana. Além disso, ela proclamou a subordinação da igreja à coroa, tornando a monarquia sua mais alta autoridade. Isso levou o Vaticano a excomungá-la.
Elizabeth I foi a quinta e última monarca da casa dos Tudor. Apesar de ter recebido numerosas propostas de casamento e petições parlamentares, ela nunca se casou, então o povo inglês a apelidou de “a rainha virgem” e cultuavam sua virgindade. Seu reinado é considerado a idade de ouro em seu país, pois teve um desenvolvimento econômico e foi o Renascimento inglês, período em que surgiram grandes escritores como William Shakespeare.
5. Ana Bolena, a rainha pela qual Henrique VIII desafiou a Igreja
Embora tenha sido sua filha rainha Elizabeth I que fundou formalmente a igreja na Inglaterra, ainda em vigor naquele país, Ana Bolena foi responsável pela ruptura com o catolicismo. Ela era dama de companhia da rainha Catarina de Aragão, que, apesar de várias gravidezes, não pôde dar ao rei um filho. Desapontado com a falta de um herdeiro, Henrique VIII se apaixonou loucamente por Ana Bolena e pediu o divórcio de sua esposa.
Depois de ter sido rejeitado o pedido de anulação de seu casamento pela Igreja Católica, o rei decidiu romper relações com o Vaticano e baniu Catarina e sua filha. Desafiando o papa, Henrique casou-se com Ana em 1533, fazendo dela a rainha consorte da Inglaterra.
No entanto, o romance durou pouco tempo. Ana deu à luz uma menina (Elizabeth I) e Henrique, mais uma vez desapontado, perdeu o interesse por sua esposa, que foi decapitada alguns anos depois por acusações de traição, incesto e adultério.
6. Nefertiti, a rainha egípcia que criou a propaganda política há 3 mil anos
Nefertiti viveu há aproximadamente 3.500 anos no Egito Antigo e seu nome significa “a beleza chegou”. Era a esposa e a mão direita do faraó Akhenaton. Juntamente com o marido, ela promoveu uma revolução religiosa que buscava substituir o politeísmo pela adoração do deus solar Aton. Assim começou uma nova iconografia que mostrava a vida privada do casal real, particularmente focada na proximidade que os dois tinham com suas filhas. Nunca a arte da corte havia representado soberanos dessa maneira.
Este método é conhecido hoje como propaganda política e, na época, seu objetivo era mostrar o triunfo do deus Aton sobre os outros deuses e a família real como intermediária entre o deus solar e seu povo.
Foi a primeira vez que a imagem de uma rainha egípcia esteve presente em espaços públicos e até mesmo privados, e sua aparência foi encontrada em vários túmulos de funcionários da época. Os historiadores de hoje debatem a possibilidade de Nefertiti ser a mãe de Tutancâmon, o último faraó do sangue real da XVIII dinastia do Egito.
7. A princesa Pingyang, cujo exército foi fundamental para fundar uma dinastia que durou três séculos
Dizem que o filme da Disney, Mulan, foi inspirado nesta princesa chinesa. Pingyang era a terceira filha de Li Yuan, Duque de Tang, que fundou a dinastia Tang em 618, após se rebelar contra o Imperador Yang de Sui. Depois que o pai de Pingyang foi preso, a jovem princesa se escondeu e usou sua fortuna para comprar a lealdade dos homens. Além disso, a mulher conseguiu convencer os líderes rebeldes de várias cidades a se unirem à sua causa.
Pingyang juntou um exército de 70 mil homens que recebeu o nome de “Exército da Senhora”. Depois de se reunir com seu pai, conseguiram conquistar a capital de Chang’an e o Duque subiu ao trono como o novo imperador, formando uma dinastia que governaria a China por três séculos.
Ela se tornou oficialmente a princesa Zhao de Pingyang e foi a única mulher a obter o posto de marechal. Após sua morte, foi ordenado que lhe dessem um funeral militar, apropriado para alguém de alta patente.
8. Mumtaz Mahal, a imperatriz para quem construíram uma das sete maravilhas do mundo
Arjumand Banu Begum era uma princesa persa quando conheceu o futuro imperador da Índia, o príncipe Shah Jahan. Arjumand tornou-se a quarta esposa de Sha, que depois de seu casamento lhe concedeu o título de Mumtaz Mahal, cujo significado é “a escolhida do palácio”.
O imperador a considerava o grande amor de sua vida. Ela o acompanhou em suas campanhas militares por todo o Império Mongol. Dizem que a beleza da Imperatriz era tal que os poetas da época constantemente escreviam sobre ela. O casal teve 14 filhos, entre eles o futuro imperador Aurangzeb, considerado o último dos “grandes mongóis”. Após complicações em sua última gravidez, Mumtaz morreu ao dar à luz.
O imperador, desconsolado após a morte de sua esposa, deixou a vida pública por um ano e se manteve em luto. Em homenagem ao amor que ele tinha por sua falecida esposa, começou a construção do mais belo mausoléu da história, o Taj Mahal. Em 2007, a obra foi nomeada como uma das 7 maravilhas do mundo.
9. Catarina, a grande imperatriz
Catarina tornou-se imperatriz em 1762, depois de dar um golpe de Estado em seu próprio marido, Pedro III. Durante seu mandato, ela expandiu o Império Russo depois de conquistar a Nova Rússia, Crimeia, Ucrânia, Bielorrússia, Lituânia e Curlândia. Além disso, reformou a administração do governo, introduzindo novas ideias jurídicas inspiradas no Iluminismo.
Graças a ela, a Rússia foi considerada uma das nações mais cultas de seu tempo, pois Catarina aumentou o número de livros e jornais, assim como trabalhou para aumentar a educação, arte, cultura e medicina. Durante os 34 anos em que esteve no poder, conseguiu transformar a Rússia em uma potência militar e política.
Você conhecia essas rainhas e princesas? Qual dessas histórias lhe surpreendeu mais? Diga-nos qual personagem você achou mais inspiradora.