9 Mitos e verdades sobre leite e derivados

Saúde
há 1 ano

É difícil imaginar uma dieta equilibrada sem produtos lácteos. Mas, às vezes, a variedade de mercadorias é tão grande (tantos tipos de iogurtes, requeijões, queijos...) que tendemos a tomar as piores decisões na hora de ir ao supermercado. Aliado a isso, é normal termos dúvidas sobre o prazo de validade desses produtos, por exemplo.

Hoje, o Incrivel.club quer te trazer 9 fatos que vão te ajudar a comprar produtos lácteos de qualidade e consumi-los de maneira mais proveitosa. E, no final, um bônus: consumir leite é, afinal, bom ou ruim?

#9. Leite orgânico é melhor que não orgânico

Mais ou menos verdade. O leite orgânico é livre dos riscos de agrotóxicos usados na pastagem ou tem mais cuidado no tipo de alimento dado ao gado. Mas, em termos de nutrientes, a diferença é quase zero.

Antes de mais nada, convém explicar que o leite orgânico deve ser obtido a partir de vacas que comem alimentos naturais, vivem no pasto (sem confinamento) e que não tomam antibióticos, por exemplo. No entanto, a legislação que controla a produção orgânica é muito complicada, e com isso alguns produtores acabam tirando proveito dessa onda, vendendo leite não orgânico como se fosse orgânico — bem mais caro.

Para evitar esse problema, procure o selo "Produto Orgânico Brasil", que certifica que o alimento atende, de fato, as regras para a produção orgânica.

E isso não é tudo. O valor energético do leite orgânico produzido de acordo com as normas exigidas, não é muito diferente do leite comum. Cientistas chegaram à essa conclusão após uma série de pesquisas.

#8. O leite desnatado ajuda a perder peso. Mito.

Alguns cientistas observaram grupos de pessoas que reduziram sua dieta em 500 kcal. Além disso, os participantes de um dos grupos somente consumiram uma porção de produtos lácteos por dia. A dieta de um outro grupo incluía leite comum, queijo e iogurte pelo menos 3 vezes por dia.

Os melhores resultados com relação à perda de peso foram daqueles que consumiram produtos lácteos com níveis normais de gordura. Também nesse grupo houve perda de gordura, e não de tecido muscular.

O fato de ser desnatado significa que você está consumindo menor gordura, mas não necessariamente que vai perder peso.

#7. Os produtos caseiros são melhores do que os industrializados. Nem sempre.

O leite recém-tirado permanecerá naturalmente esterilizado por 2 horas devido às substâncias bactericidas produzidas pelas próprias vacas. Depois disso, o leite se transforma em um habitat perfeito para o crescimento e reprodução de bactérias. Os produtos lácteos não pasteurizados podem, muitas vezes, causar intoxicações.

Pode parecer que aqueles produtos lácteos do tipo "diretamente do produtor" são mais naturais. No entanto, os agricultores muitas vezes melhoram o gosto e aparência usando amido (pingue uma gota de iodo: se o produto contiver amido, ficará azul), às vezes usam giz ou até mesmo bicarbonato de sódio (adicione vinagre: se o alimento tiver bicarbonato de sódio, ele irá espumar ).

#6. Os iogurtes de frutas são mais saudáveis. Mito: eles podem conter mais açúcar que refrigerante

Uma parte dos iogurte com frutas contém, além de polpa, possui conservantes, estabilizadores, corantes e aromatizantes. Ao mesmo tempo, a quantidade de açúcar em um iogurte de frutas poderia tranquilamente "competir" com uma Coca Cola ou uma rosquinha. Só para efeito de comparação, eles contêm 10% de açúcar e alguns tipos de iogurtes de frutas, podem conter até 18%.

#5. Leite com data de vencimento distante é pior que o com data de vencimento próxima. Em geral, verdade.

O leite que possui sua data de vencimento em 2 meses ou mais, passa pelo processo de ultrapasterização (UHT). Tal método permite eliminar as bactérias, conservando, ao mesmo tempo o cálcio e outros elementos saudáveis ​​com perdas mínimas. A propósito, esse leite não é amargo (o que muitas vezes é interpretado como um sinal de má qualidade), pois não contém bactérias que possam causar fermentação.

Não confunda ultrapasterização com esterilização. O leite esterilizado passa por um longo processo de ebulição, durante o qual muitos nutrientes são destruídos.

#4. Não é bom ingerir iogurte pela manhã. Verdade.

A principal característica do iogurte é a quantidade das "bactérias saudáveis" que nos fornece. Ao consumir esses produtos com o em jejum, anulamos seu benefício pois os microorganismos são destruídos pelo ácido clorídrico do estômago, cuja produção aumenta enquanto nosso organismo espera pela comida. Além disso, nessa situação, os lácteos podem causar azia. O melhor horário para a ingestão do iogurte é uma hora após o café da manhã.

#3. Iogurte ajuda a combater problemas intestinais. Nem sempre.

Acredita-se que em caso de problemas intestinais, é necessário aumentar a quantidade de lácteos porque eles melhoram a qualidade da flora intestinal e, como foi dito, nos fornecem bactérias saudáveis. Isso é verdade.

No entanto, em casos de enfermidades agudas, os iogurtes podem piorar o estado da pessoa, porque provocam fermentação. Os derivados de leite trazem benefícios se forem consumidos depois que os sintomas agudos já tiverem sido combatidos.

#2. O leite atrasa a digestão dos alimentos. Verdade.

O café da manhã tradicional para muitas pessoas é aquele que contém aveia e leite, mas essa não é a melhor opção. Em primeiro lugar, os cereais contêm ácido fítico, que bloqueia a absorção do cálcio. Além disso, como já dissemos antes, não é bom consumir leite em jejum. Ainda, não se recomenda consumir leite com outros alimentos, porque isso "freia" o processo de digestão.

É melhor beber o leite separadamente das demais refeições, uma hora e meia antes ou depois de comer. O melhor momento para consumi-lo é no período da noite, mais ou menos uma hora antes de dormir. O triptofano e o magnésio encontrados no leite ajudam você a relaxar e dormir mais rápido.

#1. Não se deve tomar antibiótico junto com um copo de leite. Verdade.

Evite tomar um copo de leite junto com um comprimido para ’ajudar a descer’. O leite, nesse caso, só prejudica, pois produz compostos insolúveis quando consumido com os antibióticos do tipo penicilina, por exemplo. Como resultado há uma redução significativa na eficiência dos medicamentos. Evite o leite uma hora antes e uma hora depois de tomar um antibióticojunto com os antibióticos, como também no intervalo de uma hora antes e depois de ingeri-los. Por outro lado, no caso de antiinflamatórios não esteróides (como a aspirina) a ingestão de leite é recomendada.

Bônus: Os alimentos lácteos previnem as doenças cardíacas

As patologias do sistema cardiovascular são cada vez mais comuns, segundo a OMS — Organização Mundial de Saúde. Pesquisas demonstram que o consumo regular de alimentos lácteos reduz a probabilidade de desenvolvimento de doenças cardíacas coronárias, AVC (acidente vascular cerebral) e outras doenças vasculares em 15%.

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