9 Maneiras de lidar com os filhos durante uma separação
De acordo com as estatísticas do IBGE, cerca de um terço dos casais acabam se divorciando. Muitos deles têm filhos com menos de 18 anos que sofrem a separação com a mesma intensidade que os pais. Ainda que um filho não tenha alcançado uma idade em que tenha plena consciência do que está acontecendo, as mudanças trazidas pela separação influenciam muito a sua cabeça.
O Incrível.club sabe como essas situações podem ser complicadas. Por isso, decidimos compartilhar alguns conselhos para a manter a paz e a tranquilidade na alma da criança durante este período.
1. Fale para o seu filho que ele não tem culpa de nada


A percepção de mundo segundo uma criança que é surpreendida pela separação dos pais muda consideravelmente. Até aquele momento, elas acham que tudo gira em torno delas; agora, passam a entender que muitas coisas acontecem independentemente de seus desejos pessoais, e isso é um golpe muito forte para o seu ’egocentrismo’ infantil.
Até mesmo os adultos precisam aprender a lidar com este sentimento de autopunição que aparece quando uma pessoa querida vai embora. O mesmo acontece com as crianças. É importante ficarmos muito atentos em relação à maneira como as crianças expressam as suas emoções. Se elas choram, gritam ou brigam. Agora, se ficarem caladas e se mostrarem indiferentes, é importante manter um diálogo e explicar objetivamente que não são a razão da separação.
2. Explique como será a vida a partir daquele momento
Todas as crianças, sem exceção, vivem nessa etapa uma grande inquietação, já que o divórcio dos pais pode ser a primeira grande mudança pela qual terão que passar. Portanto, muitas perguntas aparecem, e elas não devem ser tratadas como besteiras pelos pais. Por exemplo:
- Eu vou ver o meu pai?
- Com quem a nossa gata vai morar?
- Se nos mudarmos, onde eu vou estudar?
Para a criança, esses problemas são realmente grandes e podem deixá-la muito aflita. Ao fazer essas perguntas, a criança procura entender o que vai acontecer a partir daquele momento; por isso é importante que os pais respondam com atenção e sem agressividade. O ideal, portanto, é conversar abertamente sobre como será a vida a partir daquele momento.
3. Explique o motivo da separação de maneira objetiva


Pode ser difícil, mas é importante que os pais encontrem as forças necessárias para explicar para a criança os motivos que levaram à separação, sempre de maneira objetiva. O principal objetivo dessa conversa é mostrar que os sentimentos dos filhos são compreensíveis e tudo será feito para que as dificuldades sejam superadas.
É preciso haver diálogo, ou seja, nada deve ser explicado como uma piada, e frases como “Isso é coisa de adulto, você não vai entender” devem ser evitadas. Talvez uma conversa seja pouco para a criança entender o que está acontecendo, mas é fundamental que as razões que levaram à separação sejam abertamente explicadas, inclusive aspectos que os filhos talvez ainda não entendam.
4. Fique com elas o quanto for necessário
É muito comum o estado psicológico dos filhos ficar frágil após a notícia do divórcio. Muitas vezes, uma criança mais velha pode se comportar como uma de três anos, pedindo atenção da mãe ou do pai o tempo todo. Além disso, a criança pode chorar quando ficar sozinha. Se isso acontecer, peça alguns dias de folga no trabalho para ficar ao lado dos filhos.
Muitas vezes acontece de a criança pensar que, se o pai já não gosta da mãe, talvez também pare de gostar dela. O objetivo dos adultos é explicar para os filhos que nada vai mudar em relação ao amor que eles sentem por eles. E é muito importante que isso seja mostrado por meio de ações: passar tempo juntos e conversar durante horas e horas.
5. Não esconder a verdade


Isso acontece com frequência quando a criança fica com a pessoa que mais está sofrendo pela separação. Para não precisar pensar no que realmente aconteceu, a pessoa parece esquecer o ocorrido. Como consequência, todas as tentativas de falar sobre o tema serão percebidas como uma agressão. Muitas vezes isso faz com que os pais passem a mentir para os filhos.
Neste caso, a criança sofrerá muito mais, podendo causar outros problemas, como timidez ou até mesmo melancolia.
6. Não exija que a criança aceite a situação
Muitas vezes os pais param de pensar em suas necessidades, param de falar com seus amigos, não cuidam de sua saúde, esquecem a vida profissional ou até jogam a vida pessoal para escanteio. Essas necessidades esquecidas acabam refletidas em seu estado de ânimo e podem levar a uma atitude abusiva consigo mesmas e com as pessoas ao seu redor.
Normalmente, é a mulher que acaba nessa situação. Frequentemente, o casal passa a exigir do filho uma espécie de recompensa, ou seja, os dois ex não deixam a criança sofrer e nem mesmo mostrar insatisfação. Nesses casos, os psicólogos recomendam que as pessoas passem a viver as suas vidas sem exigir que outros membros da família aceitem a situação imediatamente.
7. Sem manipulações


O sentimento de culpa pela ’destruição’ familiar não aparece apenas nas crianças, mas também nos adultos. Uma reação saudável: aceitar e ser consciente de seu papel no divórcio. Uma reação errada e muito frequente: punição. Muitas vezes é o homem que vive essa situação, e o pior é quando ele transfere para a criança essa responsabilidade.
Frases como “Você quer que o seu pai fique? Fale pra ele que ele fica” deixam as crianças desesperadas. Elas podem pedir mais de uma vez e nada vai acontecer. Quando a culpa acaba caindo sobre os ombros da criança todos passam a sofrer mais, principalmente os filhos.
8. Não faça um ’complô’


A formação de ’complôs’ é comum em casos de separação. A mãe joga o filho contra o pai e contra a sogra e o pai joga o filho contra a mãe e contra a sua sogra. Imagine o que isso causa na mente de uma criança. Ela se sente sozinha e cansada de tentar resolver um conflito em que não tem culpa.
Além disso, os filhos sempre amam os pais. Se algum obstáculo é colocado, é provável que apareça um efeito contrário. O amor, em casos assim, se vê afetado e todos saem perdendo.
9. Aliviar o próprio estresse
A sobrecarga mental leva a frequentes mudanças no estado de humor e a uma avaliação incorreta sobre as ações das pessoas ao nosso redor. Por exemplo, se a criança demora para trocar de roupa a mãe começa a gritar, mesmo quando nada mudou em relação a antes.
A situação pode piorar quando a criança se parece com o pai, que foi embora. A mãe sente uma espécie de ódio do ex e projeta no filho o mesmo sentimento, ainda que de maneira inconsciente. Neste caso, os psicólogos recomendam a busca por métodos alternativos para controlar o estresse e reprimir as emoções negativas.
Bônus


É importante não esquecer os estereótipos. Para muitas pessoas uma mulher divorciada é considerada menos importante do que uma mulher casada. O mesmo acontece com as crianças, que podem a sofrer bullying. É importante conversar com os filhos sobre como reagir nesses casos.
O ideal é mostrar para a criança que ninguém tem o direito de se meter na vida dela. Ajude o seu filho a encontrar respostas para indagações como a que vemos na imagem. Mostre para a ele que tem pai e tem mãe, como qualquer outra criança.
Se você viveu uma situação como essa, compartilhe nos comentários como você lidou com seus filhos durante o processo.
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