7 Superpoderes cuja existência muitos desconhecem, mas possuem
Se no fundo do seu coração você suspeita que possui um grande talento, tem toda razão. As últimas descobertas científicas revelam que subestimamos nossas habilidades e não temos ideia de que temos superpoderes. Mas chegou a hora de parar de desperdiçar seu potencial.
O Incrível.club dedica este post aos talentos secretos de cada um e conta como você pode melhorar sua vida, colocando-os em prática.
1. Podemos influenciar o humor com a nossa voz
Um grupo de cientistas franceses do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique, ou Centro Nacional da Pesquisa Científica, em português), decidiu comprovar como a pessoa é influenciada por sua própria voz. Os cientistas pediram aos participantes para lerem em voz alta um conto de Haruki Murakami. Eles gravaram a leitura e, com a ajuda de um programa especial, deram uma entonação emocional feliz, triste ou aterrorizante à narrativa.
Os voluntários não sabiam que sua voz seria modificada. E, quando ouviram as gravações, apenas alguns perceberam que a voz estava com uma entonação diferente. Quando questionados sobre como se sentiram durante a audição, a grande maioria dos participantes apelou para a emoção criada pelo programa.
O estudo mostrou que captamos nossas próprias emoções da mesma forma que as de outras pessoas e que a expressividade da voz afeta nosso humor. Talvez, no futuro, essa descoberta seja usada para o tratamento de distúrbios psicológicos. Por enquanto podemos combater a melancolia apenas ouvindo nossa voz com uma entonação alegre.
2. Podemos nos tornar mais fortes apenas mentalizando isso
Brian Clark, professor da Ohio State University, conduziu uma pesquisa e demonstrou que existe uma conexão direta entre o sistema nervoso e a força muscular. A essência de seu estudo foi fazer todos os participantes, durante um período de 4 semanas, usarem um fixador rígido no pulso.
Durante esse período, uma parte do grupo se exercitou apenas com a força da mente por 11 minutos por dia, 5 dias por semana. Os treinamentos eram realizados da seguinte maneira: imóveis, os voluntários imaginavam que estavam tensionando os músculos do punho. O outro grupo da pesquisa não se exercitou.
Quando os fixadores foram removidos, descobriu-se que os voluntários que imaginavam o treinamento tinham os músculos do pulso duas vezes mais fortes do que os que não tinham feito essa mentalização.
3. Nós vemos o que não temos ideia
Foto superior: como vemos o mundo. Foto inferior: como o mundo é visto pelas lentes Polaroid, que bloqueiam a polarização horizontal da luz.
Além da cor e da luz óbvias, o olho humano também distingue a direção das oscilações das ondas de luz ou de sua polarização, mas a maioria de nós não conhece esse fenômeno. Esse tipo de visão é ativado em certas circunstâncias: quando olhamos para o céu azul, para o monitor do computador, para a superfície da água ou do vidro. As ondas de luz começam a oscilar predominantemente em uma direção e depois se tornam visíveis. É produzido um efeito chamado escova de Haidinger.
Observe a área branca da tela LCD de um computador, tablet ou celular e faça várias inclinações com a cabeça para a direita e para a esquerda. À sua frente, deverão aparecer passarinhos amarelos e azuis, fracamente distinguíveis, localizados a um ângulo de 90°, do tamanho de 2 polegares. Você os vê? Perfeito. Depois de vários desses treinamentos, a escova de Haidinger poderá ser vista no céu azul no lado oposto ao Sol.
Foto: imagem simulada da escova de Haidinger para uma luz polarizada verticalmente.
4. Aumentamos a expectativa de vida simplesmente sorrindo
Em 2010, foi feita uma pesquisa na Wayne University, cujo objetivo era descobrir se o sorriso afetava a expectativa de vida de uma pessoa. Para isso, os cientistas analisaram figurinhas de baseball com fotos dos principais jogadores da liga, emitidas antes de 1950. O resultado mostrou que os jogadores que não sorriam viviam em média 72,9 anos; já aqueles que tinham um leve sorriso nos lábios, 75 anos; e jogadores de beisebol que sorriam de orelha a orelha, 79,9 anos.
Você poderia dizer que não há razão para sorrir, mas essa não é uma boa desculpa, porque existe uma relação direta entre o sorriso e o humor. Mesmo sorrindo de forma forçada, acabamos nos sentindo melhor. E um largo sorriso aberto, em termos de prazer, tem um efeito semelhante a diversas barras de chocolate.
Além disso, sorrindo, podemos influenciar os outros e suas ideias sobre nós mesmos. As pessoas não conseguem ficar de sobrancelhas franzidas quando você sorri para elas de forma persistente. Evolutivamente, o sorriso é contagioso, então perdemos o controle habitual sobre os músculos faciais e sorrimos como resposta. Além disso, uma pessoa sorridente parece ser mais atraente e competente aos olhos dos outros.
5. Podemos mudar a temperatura do corpo
A prática dos monges tibetanos conhecida como ioga tum-mo (ou ioga de calor interno) permite um aumento voluntário da temperatura corporal. Em 1981, o professor da Universidade Harvard Herbert Benson registrou como 3 lamas de Dharamsala elevaram a temperatura de seus dedos e mãos em 8,3°C durante a prática.
O tum-mo deve ser praticado sob a supervisão de um lama experiente.
6. Distinguimos mais sabores do que pensamos
Na imagem: o processo de reconhecimento do sabor. As informações dos receptores gustativos, térmicos e olfativos, bem como os dados dos sensores mecânicos dos dentes e dos músculos mastigatórios, chegam pelas fibras dos nervos ao cérebro. Dessa forma, em uma fração de segundos, entendemos o que estamos comendo.
Todo mundo conhece 4 sabores principais: doce, azedo, salgado e amargo. No entanto, na década de 1980, a comunidade científica reconheceu um quinto gosto básico chamado umami (da palavra japonesa que significa “saboroso e agradável”). Esse sabor foi descoberto por Kikunae Ikeda, químico japonês e professor da Universidade Imperial de Tóquio. É o sabor característico de produtos proteicos, como carnes, peixes e caldos com base nesses alimentos.
Hoje, os cientistas continuam a procurar por novos receptores e, talvez, no futuro mostrem que reconhecemos também o gosto do cálcio, do dióxido de carbono, da água pura, da gordura, do metal e do alcaçuz. Essas informações podem ajudar no tratamento de problemas como obesidade.
Reconhecemos o sabor com base em certas regras. E é importante conhecê-las para tirarmos proveito delas.
- O sabor do alimento é mais pronunciado a uma temperatura igual à da cavidade oral ou levemente superior;
- O ser humano se acostuma com os sabores doce e salgado mais rapidamente do que com os demais. Portanto, se comemos muito sal e açúcar, pouco a pouco paramos de percebê-los. No entanto, quando se acostuma com o sabor doce, ocorre um aguçamento da percepção de todos os outros sabores;
- Da mesma forma, habituar-se ao gosto amargo aumenta a sensibilidade ao sabores ácido e salgado.
7. Somos capazes de desenvolver o ouvido musical na idade adulta
O ouvido absoluto é atípico em humanos. E era considerado necessário desenvolvê-lo a partir da infância. Mas uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago mostrou que os adultos também podem melhorar seu ouvido musical, aproximando-o do absoluto.
Na pesquisa, os participantes que tinham tido uma educação musical básica tiveram de reproduzir os sons que ouviam, indicando quais eram as notas musicais. Na segunda etapa do estudo, da mesma forma, tentavam identificar os sons ouvidos, mas dessa vez eram informados se estavam certos ou errados, assim como também foram autorizados a ouvir a gravação novamente. Meses depois, os testes foram realizados mais uma vez, mostrando que os participantes conservavam grande parte da habilidade e conseguiam determinar as notas musicais. O estudo revelou que o ouvido musical é uma habilidade adquirida sem limite de idade.
Se quiser desenvolver seu ouvido musical, você pode fazer isso com a ajuda de aplicativos e sites especializados. Alguns desses apps estão disponíveis gratuitamente.
E o que você acha dos superpoderes em humanos? Gostaríamos de saber suas impressões nos comentários.