13 Momentos em que a amizade se tornou algo muito diferente do que esperávamos
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Depois das mais recentes eleições presidenciais nos EUA, a questão das notícias falsas e manipulação de informações por alguns veículos de mídia tornaram-se especialmente relevante. As fake news se transformaram numa maneira de manipular a opinião pública. E a sociedade atual precisa ser capaz de analisar com cuidado todo aquele conhecimento a que tem acesso. Aliás, especialistas afirmam que isso deveria ser ensinado nas escolas.
O Incrível.club, com base em estudos da Universidade de Michigan (EUA), apresenta seis maneiras de evitar ser vítima das notícias falsas. Antes de clicar no botão de ’compartilhar’ ou de encaminhar aquela notícia chocante pelo WhatsApp, pense duas vezes. As notícias falsas, por mais que pareçam ’do bem’, podem acabar com a reputação de gente séria, interferir, por exemplo, em resultados de eleições ou simplesmente ajudar gente mal intencionada a ganhar dinheiro fácil — há casos, por exemplo em que, ao clicar no link de uma notícia falsa, o usuário instalava sem querer um programa para minerar Bitcoins para um fraudador.
A forma como a notícia te fisgou é importante. Se você achou a notícia interessante simplesmente por causa de um título super chamativo, é bom ficar de olho. Um título chamativo não significa, necessariamente, uma notícia de qualidade.
Veículos mais tradicionais geralmente têm um nome a zelar e dependem dele para manter fieis seus leitores. É como uma parceria em que o veículo se compromete a ser sério na apuração das notícias e o leitor, por seu lado, acredita nesse trabalho. Por isso, esses veículos investem no trabalho jornalístico, enviando repórteres para o lugar onde os fatos acontecem e estimulando esses jornalistas a pesquisarem e consultarem fontes antes de publicar uma matéria. Sites desconhecidos e oportunistas, em geral dão notícias genéricas e, por isso, menos confiáveis.
O que fazer? Ao tomar decisões importantes, busque informações adicionais e “pegadinhas”. Não acredite em tudo, ainda que pareça um fato indiscutível.
Se uma matéria afirma que “segundo especialistas” e não cita quem são esses especialistas nem onde trabalham, desconfie. O jornalismo sério mostra a cara de seus entrevistados ou de quem forneceu as informações publicadas.
Uma matéria sobre nutrição, por exemplo, deve buscar informações de médicos e nutricionistas, por exemplo e mencionar textualmente quem são esses médicos e nutricionistas e para qual clínica ou hospital trabalham. Se você, depois de ler os nomes, ainda tiver dúvidas, dê um Google. Se os nomes desses profissionais aparecem nos sites das clínicas ou hospitais citados na matéria, bom sinal.
Você acha que tomar chá de raiz de dente-de-leão pode curar câncer em questão de dias?Parece loucura, mas essa informação viralizou em 2017 e foi enviada de computador a computador 1.400.000 vezes. As pessoas compartilharam sem checar se era verdade ou não! Essa notícia apareceu em veículos noticiosos menos tradicionais, que não costumam checar a veracidade das informações antes de publicá-las.
Muitos sites, em vez de trazer a chamada ’informação factual’ - apresentar os dados, sem juízo de valor — publicam matérias opinativas sem deixar isso claro para o leitor. O texto pode mencionar, por exemplo, que, numa determinada cidade, muita gente ganha apenas 120 dólares por mês, “o que é um absurdo” — note que o uso da expressão “absurdo” já caracteriza a opinião de quem está escrevendo. Mais ainda: qual o porcentual da população que ganha os referidos 120 dólares? Se for 0,1%, por exemplo, não deixa de ser um problema, mas é um problema muito menor do que a matéria tenta transmitir.
Suponhamos que você esteja querendo perder peso, mas não queira abrir mão de um café da manhã bem farto, com biscoitos, manteiga, doces, etc...bem, se isso acontece, a tendência é a de que, por mais absurda que seja, a notícia que reforça sua opinião seja vista por você como verdadeira.
O que fazer? Nesse caso, nossa própria cabeça é que joga contra. Pense um minuto antes de acreditar: será mesmo que um café da manhã com doces, manteiga e bacon, por exemplo, ajuda a emagrecer? Ou você quer que essa notícia seja verdade porque precisa perder peso, mas não abre mão de um bom café da manhã?
Uma empresa que tinha 10 funcionários e demitiu cinco registrou uma queda de 50% no quadro de trabalhadores. E notícia, claro, pode ser registrada como “Empresa X demite metade do quadro de funcionários”. Por outro lado, uma empresa com mil colaboradores, mas tenha demitido 100 funcionários registrou um aumento porcentual bem inferior, de apenas 10%. Mas, do ponto de vista do impacto para uma cidade, pequena, por exemplo, esse segundo caso é muito mais significativo. Não estamos sugerindo que você se torne um especialista em Economia, mas é importante ter algum conhecimento para entender os dados que são noticiados.