3 Provas científicas de que existe uma realidade paralela

Imagine a seguinte situação: você vai à praia, mas a água está fria. Não sabe se vai nadar ou não. Perto de você há uma garota linda. Ela também hesita entre entrar ou não no mar. Ela o vê e você não sabe se vale a pena perguntar seu nome e iniciar uma conversa com ela, esquecendo de tudo. Até com quem veio. Você só precisa perguntar. Você se lembra disso uma vez por dia ou por semana. Essa lembrança de apenas um segundo não sai da sua cabeça. É a lembrança de outra vida, que não aconteceu...

Este raciocínio penetrante do personagem no filme Fora de controle fez o Incrível.club levantar a seguinte discussão: será que realmente existem essas “outras vidas” e em uma delas seu destino seria diferente? Spoiler: sim.

A existência de sua vida alterna do ponto de vista da física

Para comprovar a teoria das realidades alternativas, mergulhamos por um segundo seguinte na história: em 1915, duas ideias surpreendentes mudaram o mundo científico. Uma delas foi a teoria da relatividade de Einstein e a outra, a emergência da mecânica quântica, que mudou fundamentalmente nossa compreensão do Universo. No entanto, elas não responderam todas as perguntas.

Ao perceber as defasagens dessas teorias em relação às questões do Big Bang e suas consequências, já há várias décadas as cabeças mais inteligentes do mundo buscam a teoria universal do todo. E finalmente, dos bastidores, vem a teoria das cordas, que responde à maioria das discrepâncias nas investigações.

Sua ideia é a de que tudo o que existe no Universo consiste em pequenas cordas vibrantes de energia, que são encontradas dentro dos átomos das moléculas, sendo que cada corda vibra à sua maneira, gerando seus tipos de partículas. São como as notas de uma guitarra. Em suma, o Universo constitui uma sinfonia infinita dessa orquestra. Absolutamente tudo o que nos rodeia é música dessas pequenas cordas.

Para ser um pouco mais claro, imagine o fogo. Por um lado, a chama nos parece algo material, mas, na realidade, é apenas energia que não pode ser tocada, não só por causa da temperatura, simplesmente não tem como.

Descobriu-se que essa ideia das cordas não é apenas uma teoria, mas um conjunto de múltiplas teorias. Cada uma delas descreve o universo com suas próprias leis da física. Parece que tudo é um fracasso ...

Ou um grande triunfo? Porque em primeiro lugar vem a ideia de que o nosso Universo não é o único. São muitos. Existe um grande Multiverso. Com essa hipótese, de repente, tudo se encaixa: cada Universo corresponde às suas próprias leis da física, por isso é impossível alcançar os mesmos indicadores.

Muitos cientistas estão insatisfeitos com a teoria do Multiverso, já que, em primeiro lugar, os cálculos obtidos não são os mesmos para todos, o que nunca existiu na física; segundo, não há como verificar! Para muitos, parece que essa versão só pode ser realidade em Interstelar, de Christopher Nolan, obra em que os personagens encontram um tipo de funil para o Universo vizinho.

Mas, de acordo com as previsões da maioria das pessoas, é provável que em uma década possamos ver nossas dúvidas atuais da mesma forma que se viam dúvidas no tempo em que se pensava que o Sol girava em torno da Terra.

Assista esta interessante palestra do grande cientista Brian Greene e possivelmente algumas das questões de que estamos tratando serão respondidas.

Se essa incrível teoria estiver correta, então a consequência também será incrível: dentro desse Multiverso pode haver outras cópias do nosso sistema solar, uma cópia da Terra, e isso significa que também pode haver cópias de nós. E se assim o for, então todas as variantes possíveis do desenvolvimento de nossas vidas estarão presentes.

Em outro universo, sua cópia pode viver da mesma maneira que você. Ou tudo pode ser diferente. No infinito, sua cópia pode tomar todas as decisões possíveis.

Isso significa que, em algum Universo, John F. Kennedy ainda está vivo. E Hitler tornou-se o fundador da pintura pós-moderna. Ou em algum lugar, existe uma Terra onde já houve uma guerra nuclear. Ou onde os dinossauros não foram extintos! E a evolução tomou um caminho diferente.

Do ponto de vista matemático

Os matemáticos confirmam que num Multiverso infinito, cópias do nosso mundo são muito prováveis. Como é possível?

Vamos ver um exemplo com um baralho: são 52 cartas diferentes. Mas uma grande variedade de jogos, suas combinações inevitavelmente começarão a se repetir, já que o número de diferentes variantes de distribuição é limitado. No Multiverso funciona o mesmo princípio, porque, de acordo com as leis da natureza, os componentes primários da matéria são partículas, como um baralho de cartas: em cada ponto do espaço podem ser criados um número limitado de modalidades.

Se o espaço é infinito, se a quantidade dos Universos também for ilimitada, então essas variantes devem ser repetidas. E como cada um de nós é apenas uma variante de um conjunto de partículas, então nossas cópias exatas existem em algum lugar.

Por um lado, é decepcionante, pois significa que nos falta a nossa singularidade. Imagine: você é uma cópia ou uma variante de uma vida de uma combinação de partículas.

Por outro lado, sim, é claro que não é uma utopia e o Universo realmente é infinito, então em algum lugar, em galáxias distantes, você ainda faz o que quer. Alcançou alturas completamente diferentes. Talvez, alguma vez tenha tomado outra decisão, talvez saiba qual ou talvez não ...

Do ponto de vista filosófico

Vamos examinar o assunto de outro ponto de vista: o filosófico. Se você está sempre preocupado com as opções de vida, uma vida alternativa ou se está numa encruzilhada, recomendamos que veja o filme Sr. Ninguém. Não se trata de Multiversos, leis da física ou Christopher Nolan. É um protagonista que pode ver suas outras vidas dependendo das escolhas que faz. E isso é o que ele diz, já um velho ditado:

Vamos decifrá-lo: ninguém vai argumentar que tudo em nosso mundo faz sentido. E esse sentido não muda com a passagem do tempo, porque um dos principais princípios da reflexão diz: “Se há uma coisa, existe também o lado oposto”. Consequentemente, se algo muda, então algo não muda. Mas calma! Não deixe seu cérebro explodir ainda. Leia o próximo parágrafo.

Por exemplo, uma pessoa sempre muda: as células do nosso corpo sempre se renovam, 100.000 vezes durante nossa vida, mas, de qualquer forma, ainda somos as mesmas pessoas e não mudamos. Então, mesmo que biologicamente nosso corpo mude, algo em nós permanece constante. Esse “algo” na filosofia é chamado de a própria essência ou significado. Ou seja, as coisas mudam, mas seus sentidos, não. Por exemplo, o carro está em chamas, mas “o significado” deste carro não está nas chamas. Além disso, se o ser humano morre, seu “sentido” não desaparece. Ou seja, nascimento e morte são invariáveis, o que significa que não depende do surgimento ou destruição de algo com o qual está relacionado. Portanto, qualquer mudança nesse “algo” reflete seu sentimento. E qualquer ação possível que a pessoa cometa e todas as variantes possíveis de sua vida também são previstas por um sentido.

Ou seja, você existe em qualquer variante possível. No entanto, filosofia é filosofia, mas há decisões e decisões. E precisamente o Sr. Ninguém nos mostra que, tendo uma equivalência de um número infinito de opções, a melhor decisão é aquela que foi baseada na liberdade, e não em fatores externos.

Então, existem muitas vidas alternativas à nossa. Como viver com isso?

O que significa para você o que acabou de ler?

Isso significa que suas cópias infinitas num Universo infinito tomam um número infinito de decisões diferentes no mesmo destino. E seu objetivo é tornar sua cópia o mais feliz possível. O resto deixa para suas vidas alternativas.

Sabe como a sua história deve terminar? Você chega na praia, a água está fria. Fica difícil decidir se vai nadar ou não. Perto de você está uma garota linda. Ela também está hesitando entre entrar ou não no mar. Ela o vê e você lhe pergunta seu nome e então vai com ela para esquecer de tudo. Até com quem você veio. E percebe que é essa vida que se tornou realidade.