20+ Grandes sucessos da música pop que por pouco não foram lançados

Famosos
há 1 ano

Quando ouvimos uma música de sucesso na rádio, em uma festa ou em nossa playlist predileta, nem imaginamos o que aconteceu até aquele hit chegar aos nossos ouvidos. Muitas canções que emocionaram ou fizeram dançar multidões quase não chegaram a ser lançadas.

Os motivos podem ser vários: o dono da gravadora não gostava, o produtor do filme queria tirá-la da trilha sonora, a música foi alvo de censura, um compositor quase não entregou o trabalho a tempo ou o próprio artista estava em dúvida sobre sua qualidade.

Incrivel.club fez uma lista de grandes sucessos que, por pouco, quase não chegaram aos ouvidos do público, considerando um período de 80 anos da música popular mundial.

1. Shake It Off — Taylor Swift (2014)

Não apenas a canção Shake It Off, mas todo o álbum 1989, de Taylor Swift, correu o risco de não ver a luz do dia. A cantora queria mudar totalmente de estilo, do country para o pop, mas sua gravadora não acreditava nessa ousadia. Taylor foi radical, venceu a briga e chegou ao topo da parada americana com Shake It Off, silenciando quem não colocou fé no seu poder. O clipe já alcançou mais de 2,7 bilhões de visualizações no YouTube.

2. Blurred Lines — Robin Thicke (2013)

Blurred Lines é uma música que põe todo mundo pra dançar. Mas os executivos da gravadora de Robin Thicke não pensaram assim quando o artista sugeriu que investissem na produção de um clipe para promover o trabalho. Ele só conseguiu lançar o vídeo com apoio da marca de conhaques Rémy Martin. O vídeo é muito simples, com Robin dançando no fundo branco de um estúdio ao lado de três modelos e dos artistas Pharrell e T.I., mas foi suficiente para fazer de Blurred Lines um sucesso imediato. No fim das contas, a música foi considerada plágio de Got To Give Up, sucesso de Marvin Gaye, levando os autores, Robin e Pharrell, a um prejuízo de mais de 5 milhões de dólares.

3. Applause — Lady Gaga (2013)

Foi a própria Lady Gaga quem quis deixar Applause de fora. Ela não ficou particularmente contente com o resultado da gravação, achou que já tinha material muito melhor para um novo disco, mas foi convencida por seu produtor a incluí-la no álbum Artpop e a lançá-la como single. Ele estava certo: Applause ficou entre as dez mais nas paradas de vários países — Bélgica, Bulgária, Canadá, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Escócia e Inglaterra.

5. Got Money — Lil Wayne ft. T-Pain (2008)

A música Got Money foi composta para o rapper Pitbull, que não se entusiasmou e acabou por não a gravar. Os compositores tentaram que ela fosse interpretada por outros vários artistas, que tiveram a mesma impressão de Pitbull. Até que Lil Wayne decidiu lançá-la, transformando-a em um hit mundial.

6. Nothing Else Matters — Metallica (1991)

James Hetfield, vocalista e guitarrista do Metallica, não tinha a intenção de gravar Nothing Else Matters, por considerá-la uma canção muito pessoal. Ele cantava a música no telefone para sua namorada, durante as turnês da banda. O baterista Lars Ulrich sentiu ali o cheiro do sucesso e convenceu James a gravá-la. O resto da banda também colocou pilha. “Sou grato aos rapazes que me forçaram a fazer da música um hit do Metallica”, disse James.

7. Smells Like Teen Spirit — Nirvana (1991)

Kurt Cobain mostrou alguns acordes do que viria a ser Smells Like Teen Spirit a seus colegas de banda, Dave Grohl e Krist Novoselic. Os dois não gostaram do que ouviram e quiseram eliminar a canção do repertório do Nirvana. Achavam que a música tinha o estilo muito parecido com o da banda Pixies — o que realmente tinha sido a intenção de Kurt. Mas o líder do Nirvana insistiu na ideia, a canção foi trabalhada por semanas e deu no que deu: um clássico do rock que fez o Nirvana ser conhecido no mundo todo de uma hora para outra.

8. Where The Streets Have No Name — U2 (1987)

O U2 tinha o começo e o final da música definidos, mas faltava o meio. O trabalho para encontrar as palavras e acordes certos tomou muito tempo e chegou a irritar o produtor Brian Eno. Ele sugeriu que o U2 apagasse todas as gravações da canção e recomeçasse do zero. Acredita-se que a esperança de Eno, na verdade, fosse a de que a banda desistisse daquela música, que estava atrasando a gravação do álbum The Joshua Tree. Mas ela venceu e acabou tornando-se um dos muitos hits da banda liderada por Bono Vox.

9. Kiss — Prince (1986)

Quando a sensual Kiss toca em uma festa, ninguém fica parado. Mas essa não era a opinião dos executivos da gravadora Warner quando Prince a apresentou a eles. Acharam a música muito “crua” e não acreditavam que pudesse ser lançada como um single. Prince bateu o pé e Kiss foi sua terceira música a alcançar a primeira posição da parada de sucessos americana.

10. Billie Jean — Michael Jackson (1982)

Michael Jackson, ao escrever a canção Billie Jean, ficou com a certeza de ter um grande hit nas mãos. Mas o produtor do disco Thriller, Quincy Jones, não pensava da mesma forma. Ele não gostava da música e quis dar um jeito de deixá-la de fora do disco. Como Michael estava irredutível, Quincy propôs algumas alterações, como cortar a introdução da música (justamente aquela batida que nos faz começar a dançar na hora!). Michael não deu o braço a torcer e Billie Jean transformou-se em um de seus maiores sucessos. E Thriller, no álbum mais vendido da história da música.

11. Homem com H — Ney Matogrosso (1981)

Ney Matogrosso gravou Homem com H, do compositor Antônio Barros, mas ficou em dúvida sobre incluí-la em seu álbum de 1981. Não por causa da letra, cheia de malícia e ambiguidade. Mas por causa do ritmo: ele nunca havia cantado um forró e sentia-se inseguro. O compositor Gonzaguinha o convenceu de que só ele era capaz de dar sentido àquela música como intérprete. É um dos maiores hits de Ney até hoje.

12. Tiro ao Álvaro — Adoniran Barbosa e Elis Regina (1980)

A censura da época, no Brasil, deixou este samba de Adoniran Barbosa durante 7 anos na gaveta. A música foi proibida em 1973 por causa do falar errado do autor, que reproduzia o sotaque paulistano da época, em palavras como “tauba”, “artomove” e “revorve”. “A falta de gosto impede a liberação da letra”, escreveu uma funcionária da censura no documento. Tiro ao Álvaro salvou-se do esquecimento com a gravação de Elis Regina, em 1980, quando finalmente foi liberada e fez um sucesso estrondoso nas rádios.

13. Lança Perfume — Rita Lee (1980)

Rita Lee também teve problemas com a censura e várias de suas canções foram interditadas, como revelou no livro FavoRita (2018). Lança Perfume, um de seus maiores sucessos, quase não pôde ser gravada. O censor não ficou chocado porque a letra falava de uma substância entorpecente usada no Carnaval, mas por causa da expressão “me deixa de quatro no ato”, que considerou atrevida. Rita recorreu e conseguiu liberar Lança Perfume.

14. La Vie En Rose — Grace Jones (1977)

O produtor Tom Moulton havia criado um arranjo moderno para o clássico francês de Edith Piaf e uma cantora chamada Teresa Waiter já havia gravado a música. Teresa, porém, não queria lançá-la, pois temia ficar associada à onda da discoteque, o grande fenômeno da época. Uma cópia da gravação foi parar nas mãos de Grace Jones, com quem Moulton também trabalhava. Grace quis incluí-la no seu disco de estreia, embora o produtor tentasse dissuadi-la da ideia, pois o arranjo pertencia a outra artista. Não teve jeito: a versão pop de La Vie En Rose foi um sucesso e lançou a carreira da artista jamaicana.

15. O Vira — Secos & Molhados (1973)

A compositora carioca Luhli colocou uma letra cheia de magia, fadas, sacis e pirilampos em uma melodia de ritmo português criada por João Ricardo, líder dos Secos & Molhados. Só que João não gostava da música, achava-a simplória e não queria lançá-la no álbum de estreia da banda. Foi o cantor Ney Matogrosso quem insistiu na canção, alegando que, como não era compositor, tinha direito a escolher uma música. O Vira foi um estouro!

16. Atrás da Porta — Elis Regina (1972)

Quando a cantora Elis Regina recebeu a fita de Atrás da Porta, do compositor e pianista Francis Hime, a letra não estava pronta, faltavam alguns versos finais. Ela teve de pedir que Chico Buarque, autor da letra, terminasse o trabalho para incluir a música no seu disco de 1972. Chico completou a tarefa na última hora e, por pouco, Elis não fica sem a canção.

17. What’s Going on — Marvin Gaye (1971)

What’s Going On é um dos maiores sucessos de Marvin Gaye, ninguém discute. Mas o cantor teve trabalho para convencer o dono da gravadora Tamla-Motown, Berry Gordy Jr, de que estava certo. Berry não gostava de canções com temas políticos, caso de What’s Going On, que comentava a brutalidade da polícia contra ativistas do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos. Marvin jogou pesado: ameaçou quebrar seu contrato com a gravadora caso a música não fosse lançada.

18. Like a Rolling Stone — Bob Dylan (1965)

A equipe de vendas da gravadora Columbia quase engavetou o clássico de Bob Dylan. Achavam a música muito longa, com seus seis minutos e dez segundos. Mas um executivo da gravadora, contrariando os colegas, levou uma cópia da música para tocar em um clube noturno de Nova York, onde a gravação foi imediatamente bem recebida. Profissionais influentes do rádio nos Estados Unidos também aprovaram a música de imediato e exigiram que o disco fosse editado. É o maior sucesso de Dylan até hoje.

19. (I Can’t Get No) Satisfaction — Rolling Stones (1965)

Satisfaction é a canção que define a banda inglesa Rolling Stones. Porém, se dependesse apenas do guitarrista Keith Richards, ela não sairia do papel. Richards achava que seu riff de guitarra era muito parecido com o da canção Dancing In The Street, sucesso de Martha & The Vandellas. Na verdade, ele não achava Satisfaction uma música boba. Mas Mick Jagger, seu parceiro na composição, ficou entusiasmado e colocou gás na banda para gravá-la.

20. Moon River — Audrey Hepburn (1961)

A canção Moon River, interpretada por Audrey Hepburn em uma linda cena do filme Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany’s), quase foi cortada da história. Depois de uma pré-estreia, o presidente da Paramount Pictures ordenou que a música fosse eliminada. A própria Audrey defendeu sua permanência com firmeza: “Só por cima do meu cadáver!”, ela disse, para sorte do compositor Henry Mancini, autor da canção. E de todos nós.

21. Over The Rainbow — Judy Garland (1939)

Over The Rainbow, escrita por Harold Arlen e Yip Harburg, é uma das grandes canções do século 20, interpretada por centenas de cantores e músicos dos mais diversos estilos. Mas quase ficou de fora de O Mágico de Oz (The Wizard of Oz), filme em que foi lançada. Louis B. Mayer, dono dos estúdios MGM, achava que a cena em que Judy Garland cantava a música deixava o filme arrastado e chegou a mandar cortá-la logo após uma pré-estreia. Prevaleceu, porém, a opinião de Arthur Freed, um dos produtores associados do filme, que defendeu Over The Rainbow com unhas e dentes.

E você, o que achou da nossa lista de canções? Quais suas preferidas? Ou acha que alguma delas não deveria mesmo ter sido gravada? Conte para a gente nos comentários.

Imagem de capa Taylor Swift / YouTube

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