19 Pessoas que poderiam ter “conquistado o mundo” se não fosse o controle exagerado dos seus pais

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há 3 anos

Às vezes, o cuidado que os pais têm com os filhos passa um pouco dos limites. E isso se manifesta das mais diversas formas. Por exemplo, levar e buscar a criança da escola todos os dias até a formatura; dizer para um homem de 30 anos que ele precisa colocar a toca porque está frio ou proibir uma mulher de 25 anos de passear depois das 22h. Todos esses exemplos podem ser sinais de controle extremo, algo que afeta filhos de todas as idades. De fora, pode parecer cômico, mas a realidade é, muitas vezes, trágica.

Nós, do Incrível.club, acreditamos que alguns pais devem se olhar sob outra perspectiva e entender que boas intenções, mesmo que direcionadas a proteger a criança de algo ruim, podem causar irreparáveis consequências à vida dos filhos. Esperamos que as histórias a seguir ajudem certas pessoas a refletir sobre o verdadeiro significado de “liberdade”. Acompanhe!

  • Namorava um rapaz de 34 anos, que havia se divorciado por ter sido traído pela mulher. Um dia, estávamos no carro, em frente a um parque, quando ele recebeu um SMS da mãe. Ligou o carro e disse que precisava ir embora. Perguntei o por quê. Respondeu que a mãe o lembrou de que ele precisaria acordar cedo no dia seguinte para trabalhar e pediu para ele voltar. Legal, né? Também entendi o motivo da traição. Ele acreditava que devia aproveitar o relacionamento ao máximo. Que bom que não chegamos a esse ponto! © leghorn / Pikabu
  • Precisei voltar para a casa dos meus pais após meu marido ter nos expulsado do apartamento, eu e nossos três filhos. Morei por quatro meses com meus pais. Quatro. Longos. Meses. Um sábado à noite, as crianças foram dormir na casa de amigos, e eu disse ao meu pai que iria visitar uma amiga. Ele exigiu saber o endereço e o nome completo da pessoa. Respondi que era uma amiga do trabalho, casada, abaixo dos 30 anos, com duas crianças e que ainda pagava a hipoteca da casa. Ele perguntou o que iríamos fazer. Disse que veríamos um filme e, ao sair, escutei um grito: “Os pais dela vão estar lá, né?” © surethingsugar / Reddit

  • Estávamos passeando no inverno e decidimos fazer um boneco de neve para lembrar da infância. A namorada do meu amigo disse: “Nossa, é a primeira vez que me divirto tanto assim”. Perguntei, brincando: “Você ficou trancada em casa a infância inteira, por acaso?!” Ela: “Sim, basicamente”. Acontece que a mãe e a avó dela a mantinham em casa e não a deixavam sair para brincar ou passear. Era controle absoluto: após as aulas (desde a escola até o primeiro ano da faculdade), ela deveria voltar direto para casa. Mais tarde, meu amigo a convidou para morar junto com ela. Quando a mãe dela soube disso, fez um escândalo e lançou uma “maldição” nos dois. Conclusão: eles estão casados há cinco anos, não chamaram a mãe para o casamento e não falam com ela até hoje. © cyberalex / Pikabu

  • Tenho 22 anos e moro no dormitório da universidade, mas preciso voltar para casa todo final de semana. Preciso estar no meu quarto até às 18h, mesmo que as aulas terminem tarde. Amigos? Meus pais não acham que eu precise de amigos, pois tenho uma família. Evidentemente, ter um amigo do gênero oposto está totalmente fora de cogitação. Não posso ter hobbies que não sejam aprovados pelos meus pais. No meu caso, significa ausência de dança, pintura, aulas de teatro. Também nada de música. Eles escolhem as roupas que posso usar. Eu sei que protestar contra essas regras causará revolta e agressividade, mas já estou preparada para quebrá-las. © Sarah Sabrina / Quora

  • Até os 17 anos, não podia ir além do pátio do nosso prédio: se minha mãe olhasse pela janela, eu deveria estar na linha de visão dela a todo instante. Me levavam e buscavam da porta da escola. Além disso, nada de “dormir na casa da amiga” ou “visitar um colega de classe que mora do outro lado da rua”. Comecei a faculdade e eles passaram a me ligar cada duas horas para saber onde estava e o que estava fazendo. Hoje, já adulta, eles repetem diariamente o quanto não sou independente e como não conheço nada da vida. © “Подслушано” / VK

  • Nunca tive permissão para sair. Até os 14 anos, meus pais escolhiam meu penteado e as roupas que poderia usar. Não me deixavam depilar as pernas. Eu era a única garota de 14 anos com as pernas peludas na escola. Todos zombavam de mim. Quando as raspei em segredo e minha mãe descobriu, foi um drama só. Minha menstruação começou durante uma das aulas. Após chegar em casa, esperando ouvir palavras de apoio, minha mãe disse: “Nossa, mas logo hoje?!” Depois, ainda, não quis me levar à farmácia para comprar absorventes. Cresci e me tornei uma pessoa fechada, quieta e bastante ansiosa. Não me dou bem com muitas pessoas e tenho insegurança em relação a tudo que faço. Minha autoestima está lá embaixo. © quid__ / Reddit

  • Durante toda minha infância, não podia dar um passo sem a permissão da minha mãe. Tinha medo de fazer algo errado e levar bronca. Também não sabia conversar com homens. Durante a adolescência, quando todas minhas amigas já tinham namorados, eu passava a maior parte do tempo em casa estudando, e mantinha amizades apenas com meninas parecidas comigo. Agora, aos 22 anos, estou começando a aprender a viver do meu jeito. Mesmo assim, ainda me culpam: “Você está esperando o príncipe encantado?! Poderia ter menos exigências, ou vai acabar me deixando sem netos!” © cutepotatoooo / Pikabu

  • Tinha um amigo que se formou com honras na faculdade de Geologia da cidade. Ele se inscreveu para o projeto de uma expedição pelos arquipélagos árticos. Tinha certeza de que seria chamado, mas nunca recebeu o telegrama com o convite. 25 anos depois, ao limpar o armário da falecida mãe, encontrou, nas coisas dela, aquele telegrama de aprovação. Incrédulo, começou a gritar com a carta nas mãos e “ouviu” a voz da mãe dizer: “Amor, como você vai sobreviver no Ártico?”; “Não inventa história, é muito longe!”; “Tem tanto emprego bom aqui na cidade”. E ele sentiu que a culpa era dele: não perseverou o suficiente para alcançar os sonhos. © IMHONAH / Pikabu

  • Sou proibida de sair com amigos mais de quatro vezes ao ano. Nada de rapazes: meus pais me enviaram para uma escola só de meninas para eliminar a possibilidade de conversar com alguém do gênero oposto. Verificam o meu histórico do celular e meu computador todos os dias para se certificarem de que não estou fazendo nada de errado. Não tenho meu espaço privado e, até para ir ao banheiro, preciso da permissão deles. Há câmeras instaladas em todos os cômodos da casa, exceto no banheiro e no quarto. O horário de dormir é às 22h30. Durmo na mesma cama que minha mãe, e meu pai dorme no mesmo quarto, para “caso eu decida fazer alguma besteira”. Se passar em Oxford, ainda terei de morar com eles. E, podem ter certeza, eles vão patrulhar a cidade para saber se eu estou me mantendo no eixo. © Anonymous / Quora

  • Meus pais se divorciaram quando eu tinha 10 anos e fiquei aos cuidados da minha mãe, que era superprotetora. Cresci retraído, inseguro. Somente aos 30, mulheres começaram a me notar e ter interesse por mim. Nos encontros, porém, minha mãe ligava às 22h ou 23h para perguntar onde eu estava. Não chegava nem a dar beijos. Hoje, tenho 35 anos e escuto reclamações frequentes de que ainda não me casei e como estão ansiosos por netinhos. E falam com raiva. Agora tive a oportunidade de morar fora e sozinho, mas para quê? Não sei me comunicar com pessoas do gênero oposto, e minha juventude se foi. Provavelmente, nunca conhecerei a felicidade de estar em um relacionamento ou de ser pai. Há um vazio por dentro... © SurlyOgre / Pikabu

  • Uma amiga trabalha em um acampamento infantil e me contou esta história. Na hora de deixarem as crianças, um dos pais passou 15 minutos se despedindo do filho: o menino ficou tão assustado que chorou por mais 15 minutos. Pouco tempo depois, o pai voltou para saber se o filho estava bem. Mais 15 minutos de despedida. E lágrimas novamente. Esse ciclo se repetiu o dia inteiro. Depois, acompanhou as crianças na caminhada para observar o filho. Basicamente, por todo o tempo que o menino estava “longe” do pai, o pequeno não teve um minuto para relaxar e aproveitar o momento com as outras crianças. © LadyParnassus / Reddit

  • Meu marido é um “filhinho de papai”. O pai dele o criou sozinho e sempre o instigou a se envolver com meninas — ajudava-o a se preparar para os encontros, o que dar de presente às garotas, o que dizer. Aparentemente, eu fui o melhor partido: o pai disse a ele para me amar e meu marido fez isso. Quando ele se mudou para minha casa, percebi que ficou perdido sem o seu “mentor”, por isso passaram a fazer tudo juntos: ir à oficina, à pescaria, à sauna, ao jogo de hóquei, ao futebol. O que mais escuto é: “Meu pai disse”, “Meu pai quer”, “Meu pai pediu”, “Meu pai precisa”. Meu marido até pediu a permissão dele para termos um filho, e, até agora, ele não nos concedeu. É, vou me separar. © “Подслушано” / VK

  • A infância de uma amiga foi totalmente controlada pelos pais. Aos 36 anos, ela não é casada e, pelo jeito, vai continuar assim. Ela tentava ir a encontros, mas a família ligava para ela às 20h: se não atendesse, sairiam para procurá-la. Acabou se formando no mesmo curso que a mãe e, por indicação, conseguiu um emprego num escritório de contabilidade, na mesa ao lado da mãe. © Mellene / Pikabu

  • Ao me ver sentada no colo do meu namorado, minha mãe disse que mulheres podiam engravidar nessa posição (mesmo com roupas). Ela instigava em mim um medo irracional de engravidar. A mãe da minha melhor amiga era enfermeira e perguntei a ela se isso era realmente possível. Ela apenas olhou para mim assustada. © starrkissedsixx / Reddit

  • Hoje vi o ápice do “filhinho de mamãe”. Um cara de uns 45 anos, quase dois metros de altura, cabelos “lambidos”, blusa para dentro da calça, meias combinando com os sapatos impecáveis. Arrumadíssimo. Caminhava atrás de uma senhora idosa e gritava no meio da rua: “Mã-ã-ã-e, não quero sair com a Cristina, mã-ã-ã-e”. No que a mulher respondeu firmemente: “Bielzinho, já estou velha e quero meus netinhos logo”. Boa sorte, Cristina! © “Подслушано” / VK

  • Fui assistir a um filme no cinema com vários amigos. Uma das meninas estava em uma ponta da fileira e a mãe dela, na outra. Assim que começou uma cena mais “quente” do filme, a mãe dela começou a gritar de longe para a filha fechar os olhos. © Gold_Experince / Reddit

  • Conheci um cara pela internet. Há cerca de 30 anos vive com a mãe, dá a ela o próprio salário e de forma geral: “minha mãe isso, minha mãe aquilo...”. Um pequeno sininho começou a tocar na minha cabeça. Ao conhecer a mãe dele, o sino se transformou em um alarme barulhento. Ela me disse: “Assim que quiser, engravide. Não precisa perguntar, ele não entende nada. É você que decide”. E continuou: “Ele não está preparado para a vida familiar. Primeiro, não sabe cozinhar, pois nunca o deixei chegar perto do fogão. Segundo, por ter crescido sem pai, também não sabe nada sobre trabalhos pesados e manuais”. Mais tarde, chamei-o para morar comigo e comecei a notar coisas estranhas: a torneira não vazava mais; a maçaneta do armário havia sido consertada; a máquina de lavar roupa funcionava bem. Ao chegar do trabalho, encontrava uma linda mesa com um jantar delicioso me esperando. Não aguentei e perguntei: “O que é isso? Achei que você não sabia fazer nada e era apenas um filhinho de mamãe. Foi isso que sua mãe me disse!” Ele respondeu: “Não escute minha mãe. Temos a nossa vida agora, e ela tem a dela”. Estamos juntos até hoje e vivemos felizes. © 9oo1oo / Pikabu

Você já conheceu crianças de pais superprotetores? O que acha que mudou na vida delas por crescerem com extremo afeto e proteção? Comente!

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Muitas familias n sabem respeitar a individualidade e escolhas alheias. Isso me irrita demais|!!!

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