18 Relatos linguísticos de desentendimentos que podem acontecer tanto no Brasil quanto no exterior

Gente
há 2 anos

No Brasil é muito comum que um item tenha um nome numa região e seja chamado de forma diferente em outra. É o caso da tangerina que leva esse nome na região Sudeste, mas no Sul é chamado de bergamota. Se essa confusão linguística ocorre no mesmo país, imagina quando ultrapassa fronteiras? Esse é o caso do português de Portugal e o espanhol, que são muito similares ao português do Brasil, ou seja, um prato feito para a confusão acontecer.

Nós, do Incrível.club, selecionamos uma série de relatos compartilhados por nossos internautas contando situações em que a diferença linguística causou uma grande confusão. Confira só!

  • Num trem, saindo de Lisboa, pedi uma dica para o garçom perguntando qual prato era bom, ele me respondeu extremamente ofendido que lá só serviam coisas boas, que nenhum era ruim. Petia Oliveira/Facebook
  • Aconteceu onde vivo atualmente em Portugal. Entrei em uma loja e perguntei o preço de um abajur. A senhora supersimpática me disse o preço e perguntou: “A menina não vai querer mais nada?” Respondi que não, que era mesmo só o abajur. Para minha surpresa, a senhora começou a tirar a parte de cima do abajur para me entregar. Fiquei sem entender e disse que queria o abajur por completo! E ela: “Ah, a menina então quer também levar o pé de candeeiro, sendo assim o valor é diferente!” A minha ideia inicial era comprar dois abajures, voltei só com um e mais o pé de candeeiro. Marcia Gabrielle Lopes / Facebook
  • Estava em Lisboa e liguei para a recepção do hotel pedindo para trocar a lâmpada do banheiro que tinha queimado... foi uma dificuldade, pois teria de pedir para “trocar o globo de luz na casa de banho”. Mario Marcio Schiavinatto/Facebook
  • Sou português e numa viagem ao nordeste brasileiro fui num restaurante em Natal, quando pedi um guardanapo, me trouxeram um guaraná. Erro legítimo, considerando a diferença no sotaque. Mas foi divertido. Joaquim Freire Pedro/Facebook
  • Havia agendado uma excursão de ônibus para Fátima por volta de 13h30 a partir do hotel. Fui aproveitar a manhã passeando pela bonita Lisboa e quase perdi a hora. Retornei correndo ao hotel e devo ter chegado por volta de 13h25 na recepção. Esbaforida, comentei com o concierge: “Ai! Acho que perdi o ônibus!” O concierge respondeu: “Não, senhora! Pois um ônibus é muito grande para se perder!” Tive de rir! E graças a Deus não perdi o passeio. Claudia Tavares/Facebook
  • Uma cliente brasileira, num café, pediu uma água pequena. O funcionário levou uma da marca Penacova. O espanto da senhora. “PÉ na COVA! Nome de água!” Carlos Augusto Vieira/Facebook
  • Viajei de moto de São Paulo até Minas Gerais. Minha mãe pediu que chegando em Itamarandiba/MG, eu fosse visitar um tio dela. Parei a moto em frente a uma casinha bem simples, tinha um senhor sentado na porta. Sem descer da moto, eu perguntei se ele era o Sr. Joaquim de Sila. Ele respondeu que sim e me identifiquei como filho da sobrinha dele. Ele com a maior expressão de surpresa e alegria em ver um parente distante, foi logo dizendo para mim: “Apeisesô”. Perguntei para ele umas três vezes o que ele tinha dito, e nas três vezes ele respondeu a mesma coisa, “apeisesô”. Eu falei que não estava entendendo, então ele me disse: “Desce desse trem, moço. E vem tomar um café com a gente”. Foi nesse dia que eu descobri o verbo “apear” e que “apei-se sô” significa “desça você!” Marcelo Duarte/Facebook
  • Em Lisboa, perguntei para o recepcionista do hotel onde poderia comer um bacalhau do Braga, e ele respondeu: “Em Braga”. Daleni Souza/Facebook
  • Eu, recém-chegado em Portugal, estava procurando os correios. Foi quando perguntei a uma senhora: “A senhora sabe onde ficam os correios?”. Ela respondeu: “Sim”. Se a pergunta não for completa, já era. Fernando Santos/Facebook
  • Minha irmã foi a um café em Lisboa. Pediu à balconista: “Por favor, me dê um café”. Prontamente a balconista respondeu: “Aqui não damos, vendemos!” Laurene Baldichia/Facebook
  • Há muitos anos, um amigo brasileiro nos visitou em Portugal. Num dos passeios que fizemos, ele queria comprar um daqueles cartões para fazer chamadas telefônicas. Quando ele voltou, eu lhe perguntei se tinha encontrado e ele respondeu: “Não, eu não entendi o que ela (a vendedora) disse: ’Tá juntado’”. Eu pensei por uns segundos e percebi que a vendedora tinha dito que estava “esgotado”, mas na pronúncia dela, “xgutado”, ele entendeu juntado! Sueli Estrela Ferreira/Facebook
  • Uma vez conversando com uma moça, ela acabou me dizendo que era do interior do estado do RJ. No final da conversa, eu disse:
    — Então quer dizer que você é fluminense!
    — Não, eu sou corintiana, é que eu morei em SP por muito tempo. Ela respondeu. Ricardo Seiler Martins/Facebook
  • Em Nova York, pedi para o motorista do ônibus me deixar perto do metrô. O motorista não sabia o que era metrô. De repente, os passageiros do ônibus começaram a tentar ajudar a decifrar, até que concluíram que eu queria descer no Subway (lanchonete). Roselene Florentino/Facebook
  • Em Barcelona, uma cigana que vendia muitas coisas (tipo sacoleira) me ofereceu “bragas”. Eu recusei dizendo que não usava, e ela sorrindo abriu a sacola perguntando: “No usas braguitas?” Quando vi a sacola, estava cheia de calcinhas, minha mãe e eu começamos a rir e para “disfarçar” eu respondi: “De estas no!”, ou seja “Destas não”. Foi nesse dia que descobrimos que em espanhol braga ou braguita não são sobrenomes. Kellyane Gonçalves/Facebook

Você já passou por uma situação semelhante ou viu alguém passando? Qual foi a sua reação? Compartilhe com a gente nos comentários!

Comentários

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Essa do trem acho que só aconteceria por lá mesmo, aqui já é do nosso costume.

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