17+ Coisas que clientes fazem e que tiram do sério até os mais pacientes funcionários de salões de beleza
Muitas empresas seguem o mantra “o cliente tem sempre razão”, mas será que ele é válido para toda situação? Qualquer pessoa, pelo menos uma vez na vida, já saiu do salão de beleza insatisfeita com alguma coisa, o que é perfeitamente normal. No entanto, é importante se policiar na hora de demonstrar insatisfação — seja na linguagem ou no comportamento — para não ofender o profissional que está prestando determinado serviço.
Nós, do Incrível.club, resolvemos preparar uma lista de nuanças, que poderão ajudar os profissionais e os clientes a se entenderem melhor para ambos alcançarem o objetivo desejado. No final do post, temos um bônus: histórias de funcionários e clientes de salões de beleza, provando mais uma vez que paciência é, sim, uma virtude. Acompanhe!
1. Não dizer o que deseja
Quando o cliente aparece no salão sem ideias do que gostaria de obter — dizendo apenas que gostaria de “mudar” — há sempre o risco de o resultado não agradar. A perspectiva do funcionário pode ser muito diferente do desejo real de determinado cliente. Por isso, frequentemente, vemos serviços que foram realizados da forma correta, mas que causaram uma reação negativa.
Para evitar que isso aconteça, tente fazer uma breve pesquisa do que gostaria de fazer e salve, por exemplo, algumas fotos no seu celular de modelos que tenha gostado. Ou, até mesmo, converse com o profissional antes de ele iniciar qualquer procedimento.
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Uma amiga trabalhava em um salão e me contou esta história. Apareceu uma cliente com longas mechas e pediu para ser atendida por um cabeleireiro específico. O rapaz a recebeu e perguntou qual corte ela gostaria de fazer, no que a garota respondeu: “Confio no seu gosto”. E foi isso que aconteceu. O funcionário prendeu o enorme cabelo da garota em um rabo de cavalo, pegou a tesoura e... cortou tudo. A cliente quase desmaiou na hora, e o rapaz simplesmente disse que achava os cortes curtos mais modernos e bonitos. © crazzzy / parikmaher.net
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Apareceu uma cliente no salão e dava para ver que era uma pessoa bastante conservadora. Ela disse: “Quero mudar, me deixe linda!” A especialista acatou o pedido. O resultado ficou, de fato, bem bonito e moderno: corte assimétrico estiloso, mas sem ser muito chamativo. A cliente, porém, não devia estar acostumada a ter os cabelos daquele jeito e não aceitou. Sim, fez um escândalo. © Bagira7611 / parikmaher.net
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Trabalho como cabeleireiro. Me incomodo quando pergunto “Como quer o corte?” e respondem “Bonito” ou “Você deve saber melhor do que eu”. Bom, eu gosto de moicano verde... pode deixar comigo! © Psycho007 / Pikabu
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Trabalho como manicure. Tenho bastante preguiça de clientes que não se decidem pela cor do esmalte. Mostro a elas a paleta e dizem: “Caramba, são tantas! Como vou escolher?” Indico algumas opções de cores, e continuam: “Mas só essas?” Por fim, depois de bastante tempo decidindo, ainda escuto: “Ai, mas não era bem essa que queria!” Pergunto: “E qual você queria?” Resposta: “Não sei”.
2. Interferir no processo
Muitos clientes gostam de dar conselhos aos profissionais sobre como realizar determinado serviço — porque estão acostumados a fazer assim em casa ou viram alguma outra pessoa fazendo de tal jeito. Alguns, até, pegam os instrumentos para demonstrar de uma forma mais objetiva.
É preciso lembrar que a pessoa que corta ou pinta o seu cabelo, que faz seu penteado ou suas unhas, estudou bastante para estar naquela posição e ganhou conhecimentos práticos e teóricos. Interferir no processo de um jeito “invasivo” pode apenas piorar a situação e aumentar os riscos de obter um resultado não satisfatório.
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Há pessoas que trabalham em áreas totalmente distintas (economistas, professores), mas por terem vasta experiência como clientes, gostam de comentar sobre o trabalho de outros profissionais: dizem que “fulano fazia de tal jeito e sempre dava certo”. Mas por que, então, marcar horário comigo se a outra pessoa fazia tudo perfeito?
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Algumas garotas vêm fazer maquiagem depois de assistirem a vídeos de blogueiras famosas e aprenderem algumas dicas. Certa vez uma cliente me disse o seguinte: “Quero uma maquiagem almofada, pois a minha base não é do meu tom”. Fiquei totalmente perdida sobre qual almofada ela estava falando. Mas depois entendi: ela se referia à base cushion, que na tradução significa almofada.
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“Faço 100 vezes melhor eu mesma”. Ouço isso e me certifico de que gastei tempo e dinheiro à toa no treinamento e em instrumentos de qualidade; frequento palestras uma vez por mês — ou até mais frequentemente — por nada; jogo meu tempo no lixo quando decido assistir a vídeos instrutivos na Internet após um longo dia de trabalho; passo meu tempo respirando produtos químicos, desgastando minhas pernas e desenvolvendo alergias sem nenhuma necessidade. Melhor eu mesma marcar um horário com a cliente, que certamente fará um trabalho muito melhor que o meu. © MuhoZhuk / Pikabu
3. Dar informação errada
Muitas vezes, cabeleireiros fazem perguntas aos clientes para entender qual a melhor abordagem técnica para realizar determinado serviço. Por exemplo, quando perguntam se os cabelos já foram tingidos anteriormente — em casa ou no salão — ou quais os produtos tal cliente tem usado e quando foi a última vez que cortou. É importante responder honestamente, como se estivesse no médico, para evitar qualquer imprevisto, que vá deixar ambas as partes insatisfeitas.
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Sempre perguntamos sobre todas as últimas manipulações realizadas antes da coloração. Afinal, procedimentos feitos anteriormente podem realmente afetar o resultado desejado em tais casos, por isso não tenha vergonha e fale tudo com detalhes.
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Tive uma cliente que queria tingir o cabelo de loiro platinado. Perguntei se já havia tingido anteriormente, ela disse que não. Coloquei, então, o produto na cabeça dela e pedi ao meu assistente para lavar quando desse o horário. Depois de certo tempo, voltei e notei que havia alguma coisa errada: as pontas estavam verdes. Perguntei novamente se ela havia usado algum produto para colorir, e ela soltou: “Ah, sim, esqueci! Há certo tempo usei henê!” Portanto, se não estiver buscando surpresas desagradáveis, que podem ser difíceis de corrigir, seja honesta com o profissional. © notusha / Reddit
4. Não lavar a cabeça no salão
Muitas pessoas se recusam a lavar a cabeça no salão dizendo que já a lavaram em casa ou que “não está tão suja”. Alguns cabeleireiros acreditam que cabelos não limpos o suficiente podem trazer prejuízos aos instrumentos caros. Além disso, a estrutura óssea de cada pessoa é diferente e, durante a lavagem, o especialista poderá entender melhor as possíveis irregularidades e particularidades da pessoa para fazer um corte de melhor qualidade. Depois de lavado, também, o cabelo é melhor dividido. Por último, o procedimento esteriliza o couro cabeludo e ajuda a manter a higienização dentro do salão.
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Minha colega: “Vamos lavar a cabeça”.
Cliente dela: “Não precisa! Está dizendo que estou suja?! Tenho água e shampoo em casa, tá?”
Minha cliente: “Nossa, que drama. Qual a dificuldade? Chegam sujos e nem querem lavar a cabeça”.
Eu: “Sim, acontece bastante. Tá, vamos ali lavar a cabeça agora!”
Minha cliente: “Ah, não precisa. Já lavei em casa!” © KateSova / Pikabu -
Preciso dizer que, para o melhor resultado, precisamos da cabeça o mais limpa possível. Mínimo: lavada na manhã do próprio dia. Preferência: agora mesmo. Isso dará às mechas uma melhor configuração, o que deixará o profissional mais feliz e os instrumentos preservados por mais tempo. Em muitos locais, a lavagem já está inclusa no valor do corte, então realmente não há motivos para recusar. © MuhoZhuk / Pikabu
5. Não lavar o cabelo por muito tempo antes da coloração
A necessidade de lavagem depende do tipo de coloração a ser feita: tintas modernas são feitas com baixa porcentagem de oxidante e devem ser aplicadas somente depois de lavar os cabelos com shampoo de limpeza profunda. Alguns cabeleireiros já estão cansados de explicar que nem sempre é necessário passar dias sem lavar a cabeça.
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Há uma categoria de clientes que acredita em um mito antigo de que antes de colorir é melhor passar o máximo de tempo possível com a cabeça suja. Recentemente recebi uma cliente na sexta-feira e perguntei quando havia sido a última lavagem dela. Respondeu: “Ah, foi há pouco tempo, na segunda”.
6. Marcar horário e não aparecer ou se atrasar
Todos passam por emergências e imprevistos de última hora. Em tais casos, basta ligar para o salão e avisar que seus planos mudaram. O problema é que há clientes que ignoram essa mínima conduta de bom senso e simplesmente somem da face da Terra e não atendem o telefone. Às vezes, funcionários vão ao salão especificamente para um cliente e, assim, acabam gastando tempo e esforço para nada.
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No ano passado, acordei o horário com a cliente e marcamos para às 7h da manhã no dia 31 de dezembro (não havia outro horário e ela insistiu muito). Faríamos descoloração, tingimento, corte e penteado. Ou seja, passaríamos horas lá. Cheguei às 6h30 e, desde então, nunca mais ouvi falar dessa cliente. Foi uma grande lição para mim. © Nikola-ru / parikmaher.net
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A garota estava atrasada e resolvi ligar. Ela disse: “Esqueci a senha do meu cartão. Estou há 15 minutos parada em frente ao caixa eletrônico e não consigo lembrar. Ligo para você à noite e remarco o horário quando lembrar a senha”. Pelo visto, ela nunca mais se lembrou. © lisawow / beauty.net
Histórias de funcionários e seus clientes
- Certa vez uma cliente marcou horário na fotodepilação. Para calcular o tempo que seria gasto no procedimento, a recepcionista perguntou: “Qual região?”, no que a garota respondeu: “Moro fora da cidade”. © “Подслушано” / Ideer
- Trabalho como manicure no salão, mas também recebo em casa e faço atendimento em domicílio. Meu trabalho é caprichado, mas demorado e, consequentemente, recebo três vezes mais do que a média dos outros profissionais. Primeiro combinamos os detalhes e respondo às perguntas. Depois, faço um delicioso chá e começo os trabalhos enquanto elas relaxam em um sofá bastante confortável. Já tenho uma base fixa de clientes que estão muito satisfeitos. Meu negócio vem crescendo, estou conseguindo juntar dinheiro para, possivelmente, abrir meu próprio salão no futuro. Acho que estou no caminho certo, não é? © “Палата № 6” / Vk
- Apareceu uma menina com lindos cabelos longos, cheios e, melhor, na cor natural. Ela disse que queria o corte chanel. Me assustei. Perguntei o por quê e a resposta me deixou no chão. A amiga dela, aparentemente, havia dito que chanel ficaria melhor, pois cabelo comprido “não combinava muito com o rosto dela”. Convenci a garota de que aquilo era papo furado. Ela me agradeceu e saiu do salão surpresa e sorrindo. Algumas pessoas deviam redefinir o conceito de amizade. © “Подслушано” / Ideer
Bônus: história de uma cliente
Entrei no salão e perguntei: “Vocês têm a opção de marcar horário por SMS ou pelo WhatsApp? Quando preciso de depilação íntima, o tema é delicado, então prefiro assim”. Me deram um cartão de visita, no qual havia um número escrito à mão. Após um mês, escrevi para o número dizendo que queria fazer virilha completa. A resposta: “Mas quem é você?!” Respondi: “Me deram esse número no salão”, e mandei a foto do cartão. E então retrucaram: “Mas eu trabalho nesta oficina”.
Alguma vez já saiu do salão morrendo de raiva? Concorda com as observações acima? Compartilhe suas experiências!