NUM SEI COMO ESSAS MOCA NAO CAI COM ESSA COISA FININHA DEVE SER DIFICIL ATE APRENDER EU TENTEI PATINS UMA VEZ MAS NAO CONSEGUI DIFICIL MESMO
15+ Termos para ficar por dentro de tudo que está acontecendo no Mundial de Patinação Artística
A patinação artística no gelo é um esporte muito popular e fascinante. No entanto, os termos usados podem ser desconhecidos para muitos dos espectadores brasileiros, já que vivemos em um país tropical e os esportes de inverno são menos conhecidos. Então, muito provavelmente, ao assistir um campeonato, como o Campeonato Mundial de Patinação Artística no Gelo que está acontecendo em Estocolmo, muitas pessoas podem não entender o significado de muitas palavras técnicas usadas pelos comentaristas.
Pensando nisso, nós, do Incrível.club, decidimos fazer um guia superfácil com as principais manobras usadas pelos patinadores e os elementos que eles mais executam em suas apresentações. Confira!
Normalmente, a apresentação é julgada por dois painéis de árbitros — os juízes e a equipe técnica. Em grandes competições, por via de regra, há nove juízes e sua função é avaliar a qualidade da apresentação do patinador. Já a equipe técnica é formada por três juízes e a prerrogativa para avaliação é puramente técnica. O vencedor é determinado pelos pontos em dois programas — o curto e o longo.
Na patinação artística, existem quatro elementos principais — trabalho de pés (andar), espirais (spins), saltos e figuras. Por sua vez, as etapas são divididas em básicas e técnicas. Com ajuda das etapas básicas, o patinador se move pelo gelo para ganhar velocidade. A etapa técnica é muito mais difícil e exige habilidade especial do atleta.
Espirais
O espiral é um elemento indispensável dentro da patinação artística feminina e em dupla. É um dos elementos mais importantes para ganhar pontos pelo desempenho, que é julgado pelos juízes. Simplificando, esse movimento é quando o atleta desliza graciosamente pelo gelo.
Existem vários tipos de espirais, mas quase todos são realizados da seguinte forma: o patinador desliza sobre uma perna e o joelho da perna livre é flexionado acima do quadril. Nesse caso, a perna de apoio desliza em uma das bordas da lâmina do patim. Os movimentos mais populares em competições são:
- Arabesque spiral;
- Charlotte spiral;
- Y-spiral;
- Fan spiral;
- Spread eagle;
1. Arabesque spiral
Um arabesque spiral sendo executado por Kaetlyn Osmond e Michelle Kwan.
O arabesque é a forma mais tradicional de espiral. A perna livre do patinador é estendida e posicionada perpendicularmente à perna de apoio ou até mesmo um pouco mais acima. Michelle Kwan é considerada uma das melhores na execução desse elemento.
2. Charlotte spiral
Um charlotte spiral sendo executado por Sasha Cohen e Alina Zagitova.
Tradicionalmente, o charlotte é executado inclinado para a frente. O tronco do atleta desce até a perna de apoio e a perna livre sobe verticalmente. Esse movimento foi apresentado pela primeira vez pela patinadora alemã Charlotte Oelschlägel em 1900. Por isso, o movimento recebeu seu nome. Antigamente, esse elemento não era tão popular, mas no final dos anos 1990 e início dos anos 2000 foi bastante usado por Michelle Kwan e Sasha Cohen.
3. Y-spiral
Y-spiral sendo executado por Kamila Valieva e Alina Zagitova.
O Y-spiral requer uma ótima flexibilidade do patinador. A perna de apoio do atleta move-se pelo gelo e a perna livre é lançada o mais alto possível. O resultado é a formação da letra “Y” ou um ângulo de 180º, portanto esse movimento também pode ser chamado de “180”. Na maioria das vezes, o pé livre é sustentado pela mão, mas alguns atletas conseguem dificultar ainda mais e mantêm a perna livre sem apoio.
4. Fan spiral
Fan spiral de Mao Asada.
O fan spiral é um espiral “reverso”. Se um dos elementos principais das outras manobras é a perna puxada para trás, nesse aqui ela é puxada para a frente e um pouco para o lado. Idealmente, tanto a perna de apoio quanto a livre devem estar retas durante a execução do movimento. O corpo deve ser levemente inclinado para o lado.
5. Spread eagle
Spread eagle interno de Jeffrey Buttle e o externo de Evgenia Medvedeva.
Esse movimento é um pouco diferente das espirais tradicionais porque usa duas pernas de apoio em vez de uma. É executado com os dois pés no gelo, usando as extremidades internas ou externas das lâminas. O calcanhar é que desempenha o movimento. A distinção entre “interno” e “externo” é que no primeiro o corpo é direcionado para a frente, enquanto no último é ligeiramente inclinado para trás.
6. Cantilever
Cantilever de Shoma Uno e Alexandra Trusova.
O cantilever é como se fosse uma espécie de barco. Esse elemento também é chamado de barco de Klimkin, pois se tornou marca registrada do patinador Ilia Klimkin. Esse movimento foi inventado por Werner Groebli, mais conhecido como “Mr. Frick”, um patinador que fazia parte de um programa de comédia chamado Frick & Frack. Ao executar esse elemento, os calcanhares do atleta se “olham” e ficam parecendo dois barcos. O corpo do patinador é lançado para trás, e, é preciso ter cuidado, pois as mãos podem até chegar a encostar no gelo.
7. Ina Bauer
Ina Bauer sendo executado por Rachael Flatt e Julia Lipnitskaia.
Esse elemento foi executado pela primeira vez pela patinadora artística Ina Bauer, por isso leva o seu nome. O movimento é considerado uma variação do cantilever, mas as pernas do patinador não ficam na mesma linha, e sim paralelamente. Uma perna deve estar dobrada e se apoiar na extremidade interna ou externa da lâmina do patim, a outra deve ser estendida para trás e sempre usar a extremidade interna. Ao executar esse elemento, o patinador se move para os lados.
Piruetas
Os giros, ou piruetas, são a terceira parte importante da patinação artística. Eles podem ser realizados em uma ou duas pernas. Normalmente, em grandes competições, os patinadores artísticos fazem piruetas de uma perna, pois isso traz muito mais pontos. É importante deslizar em um pequeno círculo, ou seja, o atleta não deve sair patinando no gelo ao executá-las, mas restringir um pequeno espaço da pista para isso.
As principais piruetas feitas nas competições são:
- Shoot the duck spin;
- I-spin;
- Camel spin;
- Biellmann spin;
- Layback spin.
8. Shoot the duck spin
Shoot the duck spin executado por Carolina Kostner e Elizaveta Nugumanova.
Esse tipo de giro é realizado sentado. O atleta gira com a perna de apoio e alonga a perna livre. O tronco e a cabeça devem ser pressionados contra a perna livre. Se esse elemento for executado perfeitamente, o patinador pode marcar um bom número de pontos.
9. I-spin
I-spin de Evgenia Medvedeva.
Esse elemento é executado em pé. A perna de apoio gira em um canto só no gelo, enquanto a perna livre é estendida para a frente e segurada pelas mãos. Se tudo for feito corretamente, o movimento se assemelha ao formato da letra “I”.
10. Camel spin
Evgeni Plushenko executando um camel spin.
O camel spin é um dos elementos mais utilizados nas competições. A posição do patinador enquanto executa o movimento é muito parecida com a corcova de um camelo.
O patinador assume a posição inclinada: a perna de apoio gira o corpo no gelo enquanto a perna livre é estendida ao nível do quadril ou mais alta. O camel spin é executado em qualquer ponta do patim. Assim, se o atleta gira com a perna esquerda para dentro, então é um camel spin reto; se ele gira com a perna direita para fora, então é um camel spin inverso.
11. Biellmann spin
Biellmann spin interpretado por Anna Frolova e Daria Usacheva.
Esse elemento é realizado principalmente por mulheres. Ele leva o nome da patinadora suíça Denise Biellmann, que executava o movimento com perfeição, embora tenha sido primeiramente demonstrado — e ligeiramente diferente — por Tamara Moskvina.
O patinador gira em pé e agarra a perna livre pela lâmina do patim. Também existem variações, como segurar a perna com os braços cruzados (Biellmann com pegada cruzada), ou prender a perna não pelo patim, mas pelo joelho ou tornozelo (semiBiellmann).
12. Layback spin
Adelina Sotnikova e Daria Usacheva executando um layback spin.
Ao realizar a manobra com a perna de apoio, o patinador gira sobre o gelo, balança a perna livre para fora e então a puxa para trás. Ao mesmo tempo, o tronco é mantido em uma forte inclinação para trás ou para o lado com a cabeça jogada também para trás. As mãos podem estar em qualquer posição. Esse elemento é obrigatório durante o programa curto.
Saltos
É quase impossível imaginar uma apresentação de patinação no gelo profissional sem saltos, até porque sem eles, como argumenta a treinadora Elena Tchaikovskaia, “a patinação artística perde a sua elegância”.
Os saltos podem ser classificados em duas categorias: toe jumps e edge jumps. Nos toe jumps os atletas impulsionam o corpo para o salto com a perna livre (empurrando o chão com as ranhuras na parte da frente da lâmina dos patins). Nessa categoria estão os saltos toe loop, flip e lutz.
Já nos edge jumps o impulso é feito pela própria perna de apoio (aquela na qual o atleta está patinando). Aqui se enquadram os salchow, rittberger e axel.
Existem ainda outros tipos de saltos que não se encaixam em nenhuma dessas categorias, como o butterfly, split russo, pião saltado e o mortal para trás.
13. Toe loop
Mikhail Kolyada executando um Toe loop.
Se traduzido do inglês, toe loop significa “giro do dedão do pé”. É um dos saltos mais simples, pois os quadris do atleta já estão posicionados corretamente no momento em que ele faz o impulso para sair do chão, sendo em seguida complementado pelo movimento de meia-volta. Depois de executar o salto, o patinador pousa na mesma posição em que estava inicialmente. A propósito, esse é o único salto do tipo toe jump em que o atleta aterrissa com a perna direita.
14. Axel
Evgenia Medvedeva executando um axel.
O axel é considerado o salto mais difícil e, ao mesmo tempo, o mais antigo de todos. Foi executado pela primeira vez pelo norueguês Axel Paulsen, de quem herdou o nome. Ele é o único salto executado a partir de um movimento para a frente do atleta. Ou seja, o profissional patina de costas, vira para a frente, muda o apoio para a perna esquerda e usa a perna direita para pegar impulso para o pulo.
15. Butterfly
Alina Zagitova executando um butterfly.
Durante a execução do butterfly, o corpo do patinador fica em uma posição paralela à pista de gelo enquanto as pernas fazem um poderoso movimento circular. Apesar de parecer bastante perigoso, esse salto é um movimento permitido nas regras das competições de patinação artística no gelo.
16. Pião saltado
Mikhail Kolyada e Morisi Kvitelashvili executando o pião saltado.
O pião saltado é uma representação da posição do pião (a posição básica da patinação artística no gelo) no ar. Durante a sua execução, uma das pernas do patinador deve ficar paralela ao chão enquanto a outra deve ser levemente dobrada.
17. Split russo
Sasha Cohen executando um split russo.
Durante a execução desse salto, as pernas do patinador ficam amplamente abertas e afastadas umas das outras.
18. Mortal para trás
Nathan Chen executando um mortal para trás.
Esse salto é proibido em competições de patinação artística no gelo devido ao alto risco de execução, no entanto alguns patinadores ainda assim o apresentam em shows. Em geral, ele é mais executado por atletas homens, mas também já foi realizado com sucesso por mulheres.
Qual movimento da patinação artística no gelo mais chamou a sua atenção? Qual gostaria de tentar executar? Conte para a gente na seção de comentários.
Comentários
acho patinação um esporte incrivel e sempre gosto muito de ver nas olimpiadas que é a época de mais visibilidade desse esporte por aqui
eu acho o esporte lindo e vejo que tem que ter muita disciplina para poder se dar bem e ganhar medalhas, quem nunca sonhou em ser uma patinadora?
concordo, é de uma beleza impar, principalmente os de casal, fico hipnotizado
bem que eu tentei ser patinadora na infancia, ainda com aqueles de rodas e que eram ajustáveis no tenis, mds como to velha kkk