15+ Pratos e comidas bastante procurados por turistas, mas que costumam decepcionar os viajantes
Conhecer um novo país não é uma experiência completa sem experimentar a culinária local. No entanto, às vezes pedimos pratos populares e depois de provar algumas colheres ficamos nos questionando: “É essa aquela comida tão famosa?”.
Nós, do Incrível.club, lemos os relatos de viajantes que visitaram restaurantes de diversas partes do mundo e descobrimos quais pratos foram para eles os mais decepcionantes. E também aprendemos quais comidas locais podem causar intoxicação alimentar. Confira!
Japão: sorvete de missô (sopa de peixe e vegetais) e sanduíche de macarrão
No Japão, é possível encontrar uma gama de pratos incomuns, e a maioria é completamente segura e vale a pena experimentar (com exceção do baiacu).
No entanto, existem invenções culinárias verdadeiramente estranhas na Terra do Sol Nascente. Por exemplo, um sanduíche cujo recheio é macarrão em vez de carne e um sorvete com sabor de sopa de missô. Não há nada de extremo nesses pratos, mas se você não nasceu e viveu toda a sua vida no Japão, há 99,9% de probabilidade de se arrepender.
Finlândia: salmiakki e gyromitra esculenta
O salmiakki é uma iguaria tradicional na Finlândia. Você pode comprar esses doces em qualquer lugar. Também é usado em vários produtos de confeitaria e bebidas. É feito da raiz de alcaçuz, sal, amônia, carvão vegetal e açúcar.
Esse doce é estritamente proibido para mulheres grávidas e lactantes, pessoas alérgicas, com doenças renais, que apresentem problemas de equilíbrio de água e sódio ou hipertensão. Além de tudo isso, são poucos os que gostam do sabor do salmiakki, e muitos associam o gosto ao de xarope para tosse.
Outro produto perigoso servido em restaurantes finlandeses é o cogumelo cérebro. A Finlândia é o único país da União Europeia onde esses fungos podem ser vendidos frescos. Embora possam conter quantidades variadas de toxinas e até ocorrido casos de envenenamento e morte após comê-los, é possível encomendá-los em muitos estabelecimentos de todo o país.
Reino Unido: black pudding e haggis
Normalmente, a palavra pudding (Pudim, em tradução livre do inglês) está associada a um mingau ou à sobremesa: o pudim de arroz, o de leite... Então, você pode pensar que o black pudding seja uma sobremesa de chocolate, mas não é bem assim. O black pudding é uma comida feita de sangue de porco ou de boi, misturado com banha, farinha de aveia, ervas e migalhas de pão, bastante tradicional no Reino Unido.
O black pudding, assim como o prato nacional escocês haggis (estômago de carneiro recheado com suas vísceras) estão na lista dos pratos que mais decepcionam os turistas. Aliás, segundo o resultado da pesquisa, quase metade dos escoceses também odeiam haggis.
Alemanha: hackepeter (mett)
Hackepeter ou mett é um prato tradicional do Estado Livre da Turíngia. Consiste em uma carne de costela picada crua, com cebola e especiarias. Segundo a receita, a temperatura da carne não deve ultrapassar 2° C, mas nem sempre é possível cumprir essa condição. Essa temperatura é um ambiente perfeito para reprodução das bactérias, portanto, seguir as condições corretas de preparo e armazenamento é problemático.
Também vale salientar que a carne utilizada não é de apenas um animal, mas de vários, e se um deles tiver infectado, compromete o prato todo. Geralmente é servido no formato de tartare, mas em alguns lugares fazem esculturas com a carne crua.
Grécia: moussaka
A especialista em culinária mediterrânea, a blogueira e nutricionista Elena Paravantes não recomenda pedir moussaka em restaurantes gregos. O prato é muito difícil de preparar: alguns dos ingredientes têm de ser assados, o bechamel precisa ser fresco, e tudo tem de ser disposto em camadas, usando determinados temperos, especiarias e azeite fresco. Tudo isso leva muito tempo, então os restaurantes geralmente aceleram o processo pulando algumas etapas ou reaquecendo o prato congelado.
Itália: sorvete
O gelato é um cartão de visita da Itália. Por isso, muitos turistas costumam comprar sovertes multicoloridos nas barracas de rua, sem saber que na maioria das vezes estão comprando um sorvete em pó com adição de corantes e um sabor artificial, incomparável ao verdadeiro gelato italiano.
China: ovo milenar (pidan)
Para preparar esta iguaria, são colocados ovos de galinha ou pata crus em uma mistura especial com uma forte reação alcalina composta de argila, cinzas, sal, cal e amido de arroz a vácuo.
Um internauta descreveu a sensação ao provar o prato pela primeira vez: “Quando eu tinha 14 anos, minha mãe me ofereceu 100 dólares se eu comesse um ovo milenar. Fechei os olhos e coloquei aquela coisa gelatinosa na boca. O ovo era frio, viscoso, tinha consistência gelatinosa, com sabor de carvão. Tive a sensação de mastigar uma geleia de gordura fria de frango. De repente, me engasguei e cuspi, minha mamãe colocou a nota de 100 dólares de volta no bolso”.
Além do sabor duvidoso, o ovo milenar pode ser perigoso. Os chineses, às vezes, adicionam óxido de chumbo ou óxido de zinco na mistura para acelerar o processo. No primeiro caso, o chumbo é perigoso para a saúde por ser tóxico. No segundo, o excesso de zinco pode levar a uma deficiência de cobre no corpo, o que também é perigoso.
México: salsa mexicana e ceviche
As pessoas que viajam para o México são aconselhadas a evitar comer a famosa salsa mexicana. O molho, propriamente, é seguro, mas com o clima muito quente do país, se armazenada incorretamente, a salsa vira um terreno fértil para bactérias. Além disso, a pimenta utilizada pode causar a hiperventilação e dor no estômago.
O ceviche, prato feito com peixe cru, também pode ser perigoso. Vários microrganismos patogênicos já foram encontrados diversas vezes em ceviches. Acredita-se que o surto de cólera na América Latina na década de 1990 tenha relação com essa iguaria.
Tailândia: culinária Isan
A comida tailandesa é conhecida e amada em todo o mundo, mas geralmente essa popularidade se limita a alguns pratos como Tom yum (sopa picante e azeda), arroz frito e Pad Thai (macarrão frito). A culinária Isan, da região nordeste do país, perto da fronteira com o Laos, é bem menos comum mundo afora.
Ela é marcada por pratos que podem representar risco à saúde: miúdos, sangue cru, carne e peixe crus e uma grande variedade de insetos.
Pratos feitos de besouros, vespas, larvas, gafanhotos e escorpiões não têm muito sabor, relatou um internauta: “O escorpião era amargo e salgado. Me disseram que podia comê-lo inteiro, mas tive medo de comer o ferrão e as garras. Foi uma experiência interessante, mas não repetirei”.
Se ainda assim você quiser experimentar, lembre-se de seguir as regras de segurança em relação ao preparo dos insetos. Por exemplo, você deve se certificar de que o ferrão foi removido do escorpião, caso contrário, ainda pode ser muito perigoso, mesmo frito.
Turquia: kokoretsi
O Kokoretsi é um prato tradicional turco que pode ser comprado tanto nas ruas como em restaurantes. Consiste em intestino de ovelha ou cabra, enrolado em um espeto e cozido em fogo baixo. Os turcos adoram esse prato, mas comê-lo não é seguro.
O fato é que todos os resíduos do animal passam pelo intestino, e se ele não for bem lavado, várias bactérias patogênicas podem entrar no corpo humano, já que a temperatura de cozimento não é alta o suficiente para matar todas.
Egito: fesikh
Em alguns restaurantes egípcios, assim como em barracas de rua, pode-se experimentar o fesikh durante o festival Sham el-Nessim, um prato de tainha fermentada que eram coletadas pelos locais depois das enchentes do Nilo, mas hoje pode ser comprado em mercados.
O governo todo ano faz um apelo à população para não consumir o prato, mas a tradição é de milhares de anos. Isso porque o peixe pode causar botulismo, o que não impede os estabelecimentos no Egito de comercializarem a iguaria.
Você já experimentou algum prato da nossa lista de hoje? Se não, teria coragem? Conte para a gente na seção de comentários!