Garota desafia a medicina ao (sobre)viver com o coração fora do peito
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Conhecer um novo país não é uma experiência completa sem experimentar a culinária local. No entanto, às vezes pedimos pratos populares e depois de provar algumas colheres ficamos nos questionando: “É essa aquela comida tão famosa?”.
Nós, do Incrível.club, lemos os relatos de viajantes que visitaram restaurantes de diversas partes do mundo e descobrimos quais pratos foram para eles os mais decepcionantes. E também aprendemos quais comidas locais podem causar intoxicação alimentar. Confira!
No Japão, é possível encontrar uma gama de pratos incomuns, e a maioria é completamente segura e vale a pena experimentar (com exceção do baiacu).
No entanto, existem invenções culinárias verdadeiramente estranhas na Terra do Sol Nascente. Por exemplo, um sanduíche cujo recheio é macarrão em vez de carne e um sorvete com sabor de sopa de missô. Não há nada de extremo nesses pratos, mas se você não nasceu e viveu toda a sua vida no Japão, há 99,9% de probabilidade de se arrepender.
O salmiakki é uma iguaria tradicional na Finlândia. Você pode comprar esses doces em qualquer lugar. Também é usado em vários produtos de confeitaria e bebidas. É feito da raiz de alcaçuz, sal, amônia, carvão vegetal e açúcar.
Esse doce é estritamente proibido para mulheres grávidas e lactantes, pessoas alérgicas, com doenças renais, que apresentem problemas de equilíbrio de água e sódio ou hipertensão. Além de tudo isso, são poucos os que gostam do sabor do salmiakki, e muitos associam o gosto ao de xarope para tosse.
Outro produto perigoso servido em restaurantes finlandeses é o cogumelo cérebro. A Finlândia é o único país da União Europeia onde esses fungos podem ser vendidos frescos. Embora possam conter quantidades variadas de toxinas e até ocorrido casos de envenenamento e morte após comê-los, é possível encomendá-los em muitos estabelecimentos de todo o país.
Normalmente, a palavra pudding (Pudim, em tradução livre do inglês) está associada a um mingau ou à sobremesa: o pudim de arroz, o de leite... Então, você pode pensar que o black pudding seja uma sobremesa de chocolate, mas não é bem assim. O black pudding é uma comida feita de sangue de porco ou de boi, misturado com banha, farinha de aveia, ervas e migalhas de pão, bastante tradicional no Reino Unido.
Hackepeter ou mett é um prato tradicional do Estado Livre da Turíngia. Consiste em uma carne de costela picada crua, com cebola e especiarias. Segundo a receita, a temperatura da carne não deve ultrapassar 2° C, mas nem sempre é possível cumprir essa condição. Essa temperatura é um ambiente perfeito para reprodução das bactérias, portanto, seguir as condições corretas de preparo e armazenamento é problemático.
Também vale salientar que a carne utilizada não é de apenas um animal, mas de vários, e se um deles tiver infectado, compromete o prato todo. Geralmente é servido no formato de tartare, mas em alguns lugares fazem esculturas com a carne crua.
A especialista em culinária mediterrânea, a blogueira e nutricionista Elena Paravantes não recomenda pedir moussaka em restaurantes gregos. O prato é muito difícil de preparar: alguns dos ingredientes têm de ser assados, o bechamel precisa ser fresco, e tudo tem de ser disposto em camadas, usando determinados temperos, especiarias e azeite fresco. Tudo isso leva muito tempo, então os restaurantes geralmente aceleram o processo pulando algumas etapas ou reaquecendo o prato congelado.
Para preparar esta iguaria, são colocados ovos de galinha ou pata crus em uma mistura especial com uma forte reação alcalina composta de argila, cinzas, sal, cal e amido de arroz a vácuo.
Um internauta descreveu a sensação ao provar o prato pela primeira vez: “Quando eu tinha 14 anos, minha mãe me ofereceu 100 dólares se eu comesse um ovo milenar. Fechei os olhos e coloquei aquela coisa gelatinosa na boca. O ovo era frio, viscoso, tinha consistência gelatinosa, com sabor de carvão. Tive a sensação de mastigar uma geleia de gordura fria de frango. De repente, me engasguei e cuspi, minha mamãe colocou a nota de 100 dólares de volta no bolso”.
Além do sabor duvidoso, o ovo milenar pode ser perigoso. Os chineses, às vezes, adicionam óxido de chumbo ou óxido de zinco na mistura para acelerar o processo. No primeiro caso, o chumbo é perigoso para a saúde por ser tóxico. No segundo, o excesso de zinco pode levar a uma deficiência de cobre no corpo, o que também é perigoso.
As pessoas que viajam para o México são aconselhadas a evitar comer a famosa salsa mexicana. O molho, propriamente, é seguro, mas com o clima muito quente do país, se armazenada incorretamente, a salsa vira um terreno fértil para bactérias. Além disso, a pimenta utilizada pode causar a hiperventilação e dor no estômago.
A comida tailandesa é conhecida e amada em todo o mundo, mas geralmente essa popularidade se limita a alguns pratos como Tom yum (sopa picante e azeda), arroz frito e Pad Thai (macarrão frito). A culinária Isan, da região nordeste do país, perto da fronteira com o Laos, é bem menos comum mundo afora.
Ela é marcada por pratos que podem representar risco à saúde: miúdos, sangue cru, carne e peixe crus e uma grande variedade de insetos.
Pratos feitos de besouros, vespas, larvas, gafanhotos e escorpiões não têm muito sabor, relatou um internauta: “O escorpião era amargo e salgado. Me disseram que podia comê-lo inteiro, mas tive medo de comer o ferrão e as garras. Foi uma experiência interessante, mas não repetirei”.
Se ainda assim você quiser experimentar, lembre-se de seguir as regras de segurança em relação ao preparo dos insetos. Por exemplo, você deve se certificar de que o ferrão foi removido do escorpião, caso contrário, ainda pode ser muito perigoso, mesmo frito.
O Kokoretsi é um prato tradicional turco que pode ser comprado tanto nas ruas como em restaurantes. Consiste em intestino de ovelha ou cabra, enrolado em um espeto e cozido em fogo baixo. Os turcos adoram esse prato, mas comê-lo não é seguro.
O fato é que todos os resíduos do animal passam pelo intestino, e se ele não for bem lavado, várias bactérias patogênicas podem entrar no corpo humano, já que a temperatura de cozimento não é alta o suficiente para matar todas.
Em alguns restaurantes egípcios, assim como em barracas de rua, pode-se experimentar o fesikh durante o festival Sham el-Nessim, um prato de tainha fermentada que eram coletadas pelos locais depois das enchentes do Nilo, mas hoje pode ser comprado em mercados.
O governo todo ano faz um apelo à população para não consumir o prato, mas a tradição é de milhares de anos. Isso porque o peixe pode causar botulismo, o que não impede os estabelecimentos no Egito de comercializarem a iguaria.
Você já experimentou algum prato da nossa lista de hoje? Se não, teria coragem? Conte para a gente na seção de comentários!