15 Pessoas que não conseguem esquecer certas coisas, por quais tiveram de passar na infância

Gente
há 1 ano

Algumas pessoas podem pensar que reclamações de crianças fazem parte da vida e não há nada de anormal nisso. Afinal, os adultos as chatearam “sem querer” ou “sem maldade”. Porém, querendo ou não, perdoar pode ser um processo longo e doloroso para uns. Especialmente quando você, uma criança pequena e vulnerável, foi acusada de algo pelo que não teve culpa e pelas pessoas mais importantes para você naquele momento.

Nós, do Incrível.club, ficamos tocados pelas histórias dos usuários da internet e dos nossos leitores abaixo. No bônus, uma prova de que é preciso ter cuidado com o que se diz para os filhos até mesmo quando eles não são mais tão pequenos. Acompanhe!

  • Eu tinha 17 anos e pedi para minha mãe me levar ao ginecologista. Eu estava com cólicas menstruais terríveis e pensei que havia algo de errado. Mas mamãe não acreditou que era algo natural e pensou que eu havia feito besteira e contraído uma doença. Bem, depois, a médica disse que estava tudo normal. Porém, minha mãe não aceitou a resposta e mais tarde ligou para a doutora (elas já se conheciam) para se certificar de que a “culpa” não era minha. © Bienvenue / AdMe
  • Estava marcado para o pessoal do correio entregar a aposentadoria da minha avó lá em casa. Era verão, eu estava na rua brincando, as janelas da residência escancaradas. Então, entrei em casa para beber alguma coisa e vi o carteiro saindo. Bem, tomei água e voltei para a rua. Após uns 10-15 minutos, minha avó saiu na rua e começou a gritar que eu havia roubado seu dinheiro, que era uma ladra e que deveria devolvê-lo imediatamente. Depois disso, as crianças do bairro nem queriam mais brincar comigo e não me chamavam para sair. À noite, ela ainda me interrogou quando meus pais voltaram do trabalho. Agora, e o dinheiro? Bem, o dinheiro havia sido deixado em cima da mesa. Quando a porta foi aberta, o vento levou tudo para longe. Quando minha avó fez uma faxina em casa, ela encontrou algumas notas jogadas no chão. Mas eu só fui descobrir isso após uns 15 anos, quando já era adulta. © Olga Olli / Facebook
  • Certa vez, eu estava muito triste e chorava desesperadamente no meu quarto. Então, meus pais entraram e disseram: “Ei, será que dá para fazer menos barulho? Sua irmã está estudando para a prova e, por conta da sua gritaria, ela não consegue se concentrar”. © unknown author / Quora
  • Eu estava descansando na casa dos meus tios. Daí, eles chegaram com um balde cheio de morangos, daqueles bem grandes e vermelhos. Então, minha tia disse: “Vá para casa, sua mãe também comprou morangos”. Saí correndo o mais rápido que pude. Cheguei lá, perguntei à minha mãe sobre os morangos, mas não havia nada. Fiquei decepcionada e muito chateada. Eu tinha 10 anos. Até hoje, não sei por que minha tia não me deixou provar nem um. Hoje, na vida adulta, planto meus próprios morangos e, se quiser comer vários ao mesmo tempo, posso me dar a esse luxo. E é isso! © Ole4kina / Pikabu
  • Minha mãe sempre me dizia para encolher a barriga. E o bumbum também. Isso porque era “feio ver tudo balançando”. E isso não saía da minha cabeça, eu vivia me controlando. Antes, eu ainda estava na escola e me sentia realmente feia. Hoje, olho as fotos daquele tempo e percebo que era uma menina normal e bonita. © Renee Kestell / Quora
  • Meus pais me disseram que se eu quisesse entrar para a universidade, deveria ganhar meu próprio dinheiro para pagar meus estudos. Penei um pouco, mas conseguir arrecadar a quantia necessária. Agora, o problema é que eles pagaram os estudos do meu irmão mais velho e da minha irmã mais nova. E quando perguntei ao meu pai por que comigo foi diferente, ele apenas respondeu que o dinheiro era dele e ele o gastaria como achasse melhor. Bem, após isso, ir embora da casa deles não foi uma decisão tão difícil. © Paul Leckner / Quora
  • Eu tinha 9 anos. A irmã do meu padrasto veio me visitar vestindo um casaco lindo. Então, um dia, passei pela entrada, e esse casaco estava pendurado no cabide. Daí, notei que havia um lindo botão quase caindo do bolso. Era tão lindo que queria apenas tocá-lo. Bem, nessa hora, minha tia saiu do quarto e me viu. Ela me chamou de ladra, disse palavras terríveis. Fiquei muito chateada, pois todo mundo me culpou naquele momento, inclusive minha mãe. Até hoje não converso com essa tia, e já se passaram mais de 40 anos. © Valentina Gorlach / Facebook
  • No ensino médio, eu pensava que tinha uma vida sem-graça. Sonhava em passear bastante, conhecer novos amigos, ir para festas. E eu tinha um diário, em que descrevia essa vida com a qual sonhava. Então, ao voltar da escola um dia, escutei minha avó lendo o meu diário para a minha mãe pelo telefone. Ela dizia que eu só queria saber de festa e coisas do tipo. Não pude perdoar nem minha avó, nem minha mãe. E mesmo agora, 20 anos depois, não pude recuperar nossos relacionamentos. Meus pais ainda têm certeza de que levo uma vida leviana, e não há como convencê-los do contrário. © Marina / AdMe
  • Aparentemente, minha mãe não gostava do fato de eu ser uma estudiosa quieta e que gostava de ler livros na escola. Ela deve ter pensado que podia me envergonhar até eu deixar de ser assim. Então, inventou um “jogo” divertido. Sempre que estávamos no carro, ela encontrava o cara mais estranho e mais malvestido na rua e dizia: “Aposto que aquele garoto não aceitaria sair com você em um encontro”. E ela ainda forçava meus irmãos a entrarem na “brincadeira”, apontando e rindo. Isso durou por todos meus anos de escola e, mais uma vez, quando a visitei da faculdade. Bem, não a visitava com frequência por motivos óbvios. © Myra Scott / Quora
  • Uma história não sai da minha memória mesmo após muitos anos. Minha mãe e eu moramos temporariamente na casa do meu irmão, e, na época, eles estavam fazendo uma grande reforma. Bem, mamãe me pediu para ir ao mercado. Eu já estava pronta para sair, mas não encontrava as chaves. Todas as chaves eram deixadas no gancho da entrada. Revirei o apartamento tentando encontrar as minhas, mas sem sucesso. Liguei para minha mãe, dizendo que não havia encontrado as chaves e que não poderia deixar o apartamento aberto. Como resposta, ela disse que eu era irresponsável e preguiçosa. Só à noite, descobrimos que meu irmão havia levado as minhas chaves para o trabalho por engano. E eu ainda liguei para todos para perguntar. Minha mãe nunca se desculpou pelo que disse, pois eu era “irresponsável e preguiçosa” de qualquer forma. Passaram-se quase 14 anos, mas me lembro disso vividamente. © vectors_pd / AdMe
  • Minha mãe costumava ler meus diários e, depois, ou me repreendia pelas coisas que eu escrevia ou dava risada dos meus pensamentos. Houve também outra situação. Quando meu irmão tinha 14 anos, e eu 11, eu estava juntando dinheiro. Então, certa vez, minha mãe disse: “Vamos ver se todo o seu dinheiro está no lugar, pois seu irmão está numa idade difícil, pode ter roubado”. Após algum tempo, percebi que ela só queria saber quanto eu havia arrecadado. Porém, até hoje, sempre que perco algo ou esqueço onde pus, a primeira coisa que me vem à mente é pensar que meu irmão pode ter pegado. Não digo nada em voz alta, ele nem sabe disso, mas essa suspeita, de que ele seria capaz de fazer algo assim, nunca mais me deixou. Afinal, naquela época, minha própria mãe parecia acreditar nisso. © Xuraman / AdMe
  • Eu tinha uns 12 anos quando fui à casa da amiga da minha mãe e acabei dormindo no sofá. Tirei um cochilo rápido, acordei e voltei para casa. Bem, aparentemente, havia uma carteira embaixo da almofada desse sofá. E quando fui embora, a mulher foi resgatá-la, mas não a encontrou. Ela pensou que eu a havia roubado, ligou para minha mãe e contou tudo. Imediatamente, todos começaram a me interrogar e procurar a tal da carteira, pensando que eu a havia escondido em algum lugar. Mas não encontraram. A mulher voltou para casa, procurou novamente no sofá e encontrou a bendita carteira em um buraco no móvel. Enquanto isso não ocorreu, minha mãe tentou de diversas formas “arrancar a verdade” de mim, segura de que eu estava mentindo. A situação foi explicada depois, mas minha mãe nunca se desculpou. E desde então, não confiei mais nela e nem em ninguém. © Anna Alexander Feoktistovy / Facebook
  • Quando era pequena, adorava fazer doces, e eu era até boa nisso. Sempre queria fazer comidas gostosas para minha mãe, mas uma vez ela me disse que eu estava apenas desperdiçando comida. Hoje, entendo que não tínhamos muito dinheiro, e meu hobby era difícil de sustentar. Mas, na época, apenas pensei que eu não servia para nada e que era melhor ficar longe da cozinha. Por que ela não me explicou a situação? Desde então, toda vez que cozinho, me preocupo de estar desperdiçando ingrediente e tenho bastante vergonha de oferecer comida a amigos. Bem, mas, pelo menos, os doces costumam ficar muito gostosos. © Ayrin / AdMe
  • Eu tinha 12 anos na época. Eu estava superfeliz voltando para casa, doida para mostrar minhas notas finais aos meus pais. Fiquei especialmente orgulhosa da nota de Geografia: tirei 98! O mais perto da perfeição que pude alcançar. Então, meu pai olhou a nota e disse algo que nunca vou me esquecer: “98? Ainda há espaço para melhoria”. Já ouviu falar da síndrome do impostor? Bem, agora sou o exemplo perfeito de alguém com isso. © Courtney Ackerman / Quora
  • Houve um episódio que me atormenta até hoje. No segundo ano da escola, eu queria largar a ginástica, algo que detestava. Mas minha mãe gritou comigo e foi para outro apartamento. Ela ficou uma semana fora. Quando voltou, não falava mais comigo. Por fim, acabei continuando com as aulas até o fim do colegial. Meus estados físico e psicológico não estavam nada bem. E quando expliquei isso à minha mãe, ela disse que eu só não tive força de vontade suficiente para largar a ginástica, como disse que queria. © Hella Astara / AdMe

Bônus: às vezes, os pais podem se comportar mal até mesmo quando os filhos já estão crescidos

  • Lembro-me de uma situação quando eu nem era criança, mas uma adolescente estudante. Meu colega de classe vinha me visitar, mas meus pais não gostavam dele. Então, comecei a chamá-lo quando não havia ninguém em casa. O problema foi que minha mãe descobriu mais tarde e soltou: “Olha, sei que fulano está vindo aqui em casa, e o dinheiro que estava no meu quarto sumiu!” Fiquei em choque: não podia ser, meu amigo era honesto. Certo tempo depois, decidi falar com minha mãe sobre isso, para saber que quantia havia sumido. Daí, na cara dura, ela disse: “Não sumiu nada, garota. Inventei isso porque detesto aquele menino”. Nesse momento, não encontrei nem palavras para demonstrar a minha decepção. © Diamanda Sergeyeva / Facebook

E como foi o impacto que seus pais tiveram na sua criação? Eles já fizeram algo questionável, com o qual você nunca concordou e se lembra até hoje? Comente!

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Não é nada fácil... Lamento por todas as pessoas que tiveram experiências traumáticas com seus pais. Mas estou convicta de que, quando nos tornamos adultos, temos o dever de não arrastar mais essas correntes. Devemos perdoar e esquecer. Não significa que devamos correr aos braços de quem nos faz mal, como cachorrinhos apaixonados! Ao contrário, devemos evitar estar em contato com qualquer pessoa que nos faça mal. Como o mandamento é honrar pai e mãe, muitas vezes só somos capazes de cumpri-lo quando nos distanciamos, no tempo e no espaço...

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