15+ Pessoas que tiraram a sorte grande
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“O cliente nem sempre tem razão”, disse Enzo Ferrari, fundador da empresa de carros esportivos Ferrari. A julgar pelas histórias da lista de hoje, ele parece ter razão. No entanto, para que sejamos justos, decidimos adicionar um bônus para contar algumas histórias de quando os próprios clientes foram surpreendidos pelo atendimento.
Nós, do Incrível.club, sabemos uma coisa: quem avisa, amigo é. Esperamos que o nosso post de hoje contribua para a propagação de mais gentileza entre as pessoas. Confira!
Trabalho em uma central de conserto e manutenção de eletrodomésticos. Um cliente solicitou o reparo de sua lava-louças pela garantia. Com as seguintes observações: algumas peças caíram e, então, passou a não funcionar direito e a fazer um barulho estranho. Expliquei para ele que as peças nada tinham a ver com o aparelho, mas logo começaram as reclamações: “você devia saber melhor”; “tenho certeza que essas peças caíram da máquina”; “nunca vi coisa parecida” e por aí vai. O atendimento demorou bastante, mas, por fim, ele não concordou com a avaliação técnica e resolveu escrever uma queixa para o fabricante e vendedor. Hoje fui à casa de outro cliente fazer uma consulta e notei que, na parte de baixo da máquina, havia as mesmas peças de plástico das quais aquele cliente havia me falado. Perguntei ao rapaz: “Isto vem de onde? Você sabe?” — “Ah, é do meu ralador, cai sempre”, esclareceu. Tirei uma foto e a enviei para o moço indignado. Ele me respondeu: “É, entendi, era isso mesmo. Me desculpe”. Não, não desculpo. © human2020 / Pikabu
Um clássico “fim da picada”. Uma cliente foi buscar o flash manual que havia encomendado na loja. Mais tarde, ligou desesperada:
— Vocês me venderam um aparelho estragado! Não está funcionando e o casamento vai começar em 30 minutos!
Nessa hora, liguei o modo “profissional” e a certifiquei de que verificávamos todos os aparelhos antes de entregá-los.
— Você carregou as baterias antes de colocá-las, senhora?
— Claro que sim! Você acha que eu iria para uma sessão de fotos com as baterias descarregadas?!
Larguei todos os compromissos e clientes, entrei no carro e fui até o endereço dela. Não havia outra opção. Atravessei a cidade, mas consegui chegar a tempo. Coloquei as minhas próprias baterias no flash e, voilà, funcionou. A cliente me olhou um pouco constrangida e disse:
— Ué, achei que as minhas estavam carregadas...
Quando ia embora, ela ainda teve a audácia de perguntar:
— Você não teria um pen drive, não? Meu operador de câmera esqueceu de trazê-lo e o evento vai começar em 5 minutos... © cinemarental / Pikabu
Trabalho fazendo tetos. Finalizamos um pedido laborioso: trabalhamos dois dias por 12-13 horas. O cliente, um jovem rapaz, ficou feliz com o resultado, fez algumas observações e corrigimos na hora mesmo. Passou uma semana. Recebemos uma ligação de um número desconhecido e de uma voz feminina:
— Bom dia! Sou a mãe daquele rapaz que os contratou. Agora estou no apartamento e não gostei das luminárias: não estão niveladas!
— E onde está o rapaz, senhora?
— Ele está no trabalho, por isso eu vou lidar com esse problema.
— Entendi. Mas qual é, exatamente, a sua reclamação?
— As luminárias em sequência não estão niveladas entre si.
Nessa hora, minha mandíbula começou a tremer, pois havia cerca de 47 luminárias espalhadas pelo apartamento. Se realmente estivessem desniveladas, então seria porque não colocaram os anéis térmicos no lugar certo e provavelmente teria de trocar tudo. Seria uma desgraça. Fomos à casa verificar. Essa mulher nos esperava logo na entrada, aparentemente bem revoltada. Eu disse:
— Fique calma, vamos dar uma olhada. Mostre, por favor, onde não está nivelado.
— Não vou mostrar nada. Achem vocês mesmos.
Passei por todos os quartos, todos os cantos. Não consegui ver nenhum erro chamativo, pelo menos aos olhos comuns. Comecei a ficar nervoso:
— Qual luminária a senhora não gostou? Que brincadeira é essa? Acha que sou um cartomante?!
— Esta aqui! — apontou. — Está mais próxima da parede do que esta outra aqui.
Medi a distância de cada luminária até a parede: 60 cm. Todas as luminárias da sequência: a 60 cm da parede. A precisão, inclusive, me surpreendeu. Acabei medindo a distância de todas as luminárias do apartamento com a mulher ao meu lado. Ainda não convencida, pegou a régua e aferiu por conta própria. Revirou os olhos e, me dando as costas, complementou:
— Ainda me parecem desniveladas...
E nem sequer pediu desculpas. © Puhhhnoi / Pikabu
Trabalho com turismo. Hoje houve uma excursão em grupo — começou às 10h da manhã e durou cerca de 5 horas. Logo após o término, um dos clientes ligou:
— Olá! Por que tão pouco?
— Como assim?
— A excursão foi muito rápida, não conseguimos ver quase nada. Dê um jeito nisso!
Entrei em contato com o guia. Ele confirmou que seguiu o roteiro como o planejado, sem atrasos ou desvios de percurso. Liguei mais uma vez para o cliente e esclareci o que o guia havia me confirmado. Cliente:
— Então, você acha certo ter começado às 12h30?! NÃO CONSEGUIMOS ACORDAR MAIS CEDO! HOUVE MUITO BARULHO ONTEM À NOITE NO HOTEL E NÃO DEU PARA DORMIR DIREITO!
Eu não tenho nenhum convênio com o hotel, apenas vendi a excursão separadamente e enviei todos os detalhes com antecedência. Insisti:
— Bom, a excursão durou mais de 5 horas e começou no horário marcado. O grupo de vocês recebeu o e-mail com os horários e a rota. Qual a sua reclamação, senhor?
— Não vimos nem o palácio! Ninguém explicou nada!
— Mas vocês que se atrasaram 2h30. O que quer que eu faça?
— Queremos ver o palácio!
— Agora já está fechado. Mas mesmo que estivesse aberto, o guia não mostraria nada a vocês, pois ele já cumpriu a responsabilidade dele por hoje.
— Marque um horário para amanhã!
— Tudo bem, somente por 2-3 horas? Para ver o palácio?
— Sim!
— Perfeito.
Informei os valores (metade do preço normal) e quase fiquei surdo logo depois:
— VOCÊS FICARAM LOUCOS?! ACABEI DE FALAR QUE ATRASAMOS PORQUE NÃO CONSEGUIMOS DORMIR DIREITO! © Galatan / Pikabu
“Bateria: 0% (conectado, mas não está carregando)
É recomendável trocar a bateria”.
— Gostaria de um cappuccino sem leite.
— Sem problemas, qual o tamanho?
— Médio.
Preparei um expresso e acrescentei água.
— O que é isso? Pedi um cappuccino sem leite.
— Isto é um cappuccino sem leite.
— Não é nada, o cappuccino tem espuma.
— A espuma do cappuccino vem do leite.
— Me devolva meu dinheiro.
Devolvi o dinheiro:
— Tenha um bom dia!
— Mas que gente burra trabalha nesses lugares agora.
— Até a próxima. © yasha_nick/ Twitter
Já passou por algum desentendimento ao tentar usar um serviço? Ou talvez você mesmo tenha tido clientes difíceis de lidar? Compartilhe conosco!