Mas que do ver que jogaram loicavfora, louca eh louca, só lavar que fica nova, gente
15 Histórias sobre “deixar para depois”, que servirão como um estímulo para quem têm medo de viver o hoje
Não há nada de errado em economizar para comprar algo que se queira. No entanto, muitas vezes, a economia extrema, de dinheiro ou de coisas, torna-se algo quase patológico. E não estamos falando apenas de gente com transtorno de acumulação compulsiva: diversas pessoas comuns, por vezes, fazem o mesmo e preferem adiar os prazeres da vida, conversas com amigos ou com familiares, para o dia “certo”, que nem sempre chega.
Este post do Incrível.club te convida a olhar para trás e se perguntar se existe algum sonho, ou talvez uma roupa favorita que nunca teve coragem de usar e esteja esperando há muito tempo a oportunidade certa. Talvez, as histórias abaixo sirvam de inspiração para te convencer de que o tempo passa mais rápido do que pensamos, e que a hora certa pode ser agora. Acompanhe!
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Minha avó viveu toda a sua vida em uma casinha no interior, onde o poço de água ficava a quase um quilômetro de distância. Ela gostava de fazer chá e oferecer balas aos netos, mas só uma por semana. Alguns anos após o seu falecimento, arrumávamos seus pertences quando encontramos uma alta quantia de dinheiro em uma caixa. Era o suficiente para comprar um apartamento na época, mas agora, não vale quase nada. © rosablack / Pikabu
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Minha mãe me criou sozinha e, no máximo, tínhamos dinheiro para pão e macarrão. Mais tarde, nos anos 2000, nossa situação financeira melhorou e passei a ter coisas novas. Mas eu ainda tinha muita vergonha da nossa casa e especialmente da louça velha: não chamava minhas amigas porque me sentia desconfortável em sentar na cozinha e tomar um café em xícaras que poderiam cortar os lábios. Então, na época da faculdade, convenci minha mãe a vender a casa. Ao preparar as coisas para a mudança, abrimos um galpão que nunca arrumamos. Lá, encontramos um aparelho novo de jantar, herdado da minha avó — mas todo coberto de fezes de cavalo e água da chuva. Tivemos de jogar tudo fora. Pedi tanto para minha mãe comprar louça nova e ela nunca falou nada desse aparelho esquecido no galpão. © Moskma / Pikabu
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Quando criança, eu invejava bastante minhas amigas, que tinham aqueles pôsteres de celebridades colados na parede do quarto. Outro sonho, era ter uma caixinha de música, mas meus pais não tinham dinheiro para nada disso. Então, compraram um gravador antigo que destruía as fitas cassetes e com alto-falantes que faziam um barulho terrível. Tempos depois, meu marido finalmente comprou caixas acústicas muito legais, mas descobri que detesto música alta. Hoje, também, já passei da idade de ter pôsteres na parede. Essas foram duas coisas que nunca tive na época que desejei e me lembro disso com muita tristeza. © podlychka / Pikabu
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Minha namorada e eu moramos com minha avó. Às vezes, ajudamos nas tarefas domésticas. Um dia, minha namorada quis passar umas roupas, mas o ferro era muito velho, bem antigo mesmo. Minha avó viu a cena e disse: “Ei, espera, deixa eu te dar um ferro novo, que não foi comprado há tanto tempo”. Ela trouxe uma caixa de papelão, com o mesmo modelo de ferro, porém, comprado mais recentemente, em 1989. © Monday12 / Pikabu
- Queríamos ir a Murmansk — uma cidade no norte da Rússia — para ver a aurora boreal. Havia tempo livre e a passagem custava menos de 175 dólares. Então, minha mãe perguntou: “Para onde? Murmansk?! Para que você trabalha se vai gastar tudo depois?” De fato, para que se trabalha? É para não gastar o salário?! A vida dela foi assim: sempre trabalhou e nunca viveu para si mesma. Por fim, não teve grandes experiências, nem dinheiro. © prepod2000 / Pikabu
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Em uma ocasião, minha bisavó fez tortas salgadas em um almoço de família. Achei deliciosas. Então, ela perguntou: “Gostaram?” É claro, todos comiam com satisfação nos olhos, até ela soltar a frase fulminante: “Ai, que bom, porque essa carne estava guardada há dois anos e não sabia mais o que fazer com ela”. © Подслушано / Vk
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Lembrei-me da história de uma mulher que vivia no interior. A filha dela foi visitá-la e a presenteou com um lenço muito bonito, daqueles de enrolar na cabeça. A mãe adorou o presente e disse que o guardaria para usá-lo em alguma ocasião especial. Até esse momento, ela o usava do lado avesso, dizendo que não queria estragar o material. Depois de um tempo, a mãe percebeu que a vida passava e ela precisava aproveitar mais, enquanto podia. A partir daí, passou a usar o lenço em diversas ocasiões, com o bordado à mostra. Também começou a usar roupas novas e confeccionou diversas peças com tecidos e linhas que tinha em casa. Por sorte, ela tinha mãos de ouro para a costura e teve tempo de se reinventar. © unknown / AdMe.ru
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Pensei, pela primeira vez, no estúpido mantra “Vou deixar para o Ano-Novo” — outra versão do “deixar para depois” — quando tinha 10 anos e ganhei lindos marshmallows em formato de frutas, bastante caros na época. Esperei tanto que eles estragaram e nunca pude prová-los. © _tomato_***er / Twitter
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Quando meu pai ficou sozinho, minha irmã e eu decidimos fazer uma grande faxina na casa dele. Levamos um mês para organizar e limpar tudo. Colocávamos a mão na massa das primeiras horas da manhã até tarde da noite. Eu disse à minha irmã que pegaria os eletrônicos, algumas coisas do meu pai e, talvez, algumas lembranças. Levei bastante coisa, e a casa ficou linda. Mas meu pai, até hoje, está chateado conosco, dizendo que jogamos coisas em bom estado fora, que ainda poderiam ser úteis. Tenho quatro filhos e, na minha opinião, naquela casa ainda há tralhas acumuladas suficientes para três gerações. © Лучшая из лучших / Яндекс.Дзен
“Veja só quantas manteigas meu padrasto comprou em uma promoção”.
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Sou marinheiro. No início da carreira, eu tinha contratos de seis a oito meses, mas agora são de 28 dias. O salário não é nada ruim, tenho uma família e ainda não cheguei aos 30 anos. Porém, essa vida se parece com a de um videogame: no jogo, você tem casa, carro, dinheiro e coisas do tipo. Contudo, a verdade é que passo a maior parte do tempo vivendo em uma cabine com roupas de cama sujas e não aproveito nada do que tenho. © Подслушано / Vk
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Um conhecido meu tem pouco mais de 40 anos. A mãe dele passou a vida vendendo mercadorias da Turquia e da Síria e sempre reclamava não ter dinheiro suficiente — sem contar que se vestia com roupas muito simples. Ela economizava em tudo. Uma vez, em um almoço na casa de um amigo, a mãe disse que não comia carne há muito tempo. Às vezes, o filho até a ajudava com as compras. Com a morte da matriarca, a família descobriu que ela tinha cinco apartamentos em três cidades diferentes e duas contas bancárias. Em um dos apartamentos, mantinha os eletrodomésticos: televisões, micro-ondas, aspiradores de pó. Em outro, foram encontradas barras de ouro, que deveriam valer alguns milhões. Meu conhecido sempre viveu de forma modesta e ainda comprou seu apartamento à prestação. Hoje, ele diz que se sente triste porque, por um lado, ela nunca o ajudou; e por outro, nunca aproveitou mais do que tinha. © Kubanoyd / Pikabu
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Tenho 58 anos e ainda não comecei a viver. É alguma espécie de bloqueio. Pensando racionalmente, sei que estou mais perto do fim da vida, porém, intuitivamente, sempre espero por algo. Fico irritada comigo mesma, no entanto, não faço nada para mudar. Aposentei-me recentemente e pensei que poderia me tornar uma bailarina, ou uma comissária de bordo, já que tenho tempo para estudar e não preciso mais trabalhar. Porém, logo depois, pus os pés no chão: affff, que bailarina... Tive de decidir o que de fato poderia fazer na minha idade. Estudei, então, para me tornar barista, mas ninguém me contrata, pois, sou “velha demais”. Ainda tenho muita dificuldade em aceitar isso. © bella neris / Яндекс.Дзен
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Há muito tempo, uns parentes meus tinham móveis importados, mas, na casa deles, eu sempre me sentava nas proteções de plástico, pois, eles tinham medo que estragassem e só os “desembrulhavam” para convidados especiais. Uma das minhas tias, com mais de 70 anos, continua lavando suas roupas em uma lavadora bem velha, embora tenha uma máquina nova guardada. Ela diz estar esperando o filho comprar um imóvel para lhe dar de presente a lavadora que está na caixa. O mesmo ocorre com a geladeira: usa a velha, pequena, e deixa a nova na embalagem, esperando o dia “certo”. © Anna Beniusz / Facebook
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Eu deixava tudo para depois: não vou usar tal perfume hoje, porque meu penteado está estranho, ou por não estar usando sapatos bonitos. Também tinha o hábito de comprar roupas em tamanhos maiores para durarem mais tempo: agora estou com uns quilinhos a mais, mas daqui a um ou dois meses, estarei com o corpo perfeito e poderei usá-las. Jeans novos ficaram pendurados por anos no guarda-roupa, e as etiquetas, empoeiradas. Por fim, acabei doando essas roupas porque não gostava mais delas. Quando me convidavam para um encontro, eu sempre inventava alguma desculpa esfarrapada: ou estava ocupada, ou precisava fazer as unhas, ou o cabelo não estava legal, ou estava sem roupa para sair... Felizmente, um dia, minha ficha caiu: percebi estar me privando de muitas oportunidades e perdendo um tempo de vida precioso, por besteiras. © ВБ / Яндекс.Дзен
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Minha avó era órfã, passou fome e trabalhou duro a vida inteira. Certa vez, ela foi transferida para trabalhar nas minas, onde conheceu meu avô e eles tiveram filhos. Mais tarde, se mudaram para outra cidade, onde minha mãe e meu tio cresceram. Meu avô faleceu pouco tempo depois. Minha avó, por conta de um acidente, nos seus últimos 14 anos de vida não podia andar. Durante todo esse tempo, ela guardou diversos vestidos lindos, que nunca usou e que comprou quando ainda trabalhava e ganhava dinheiro. Após sua morte, descobrimos que as roupas estavam há tanto tempo na embalagem, que não podíamos mais tirá-las de lá sem danificá-las: esfarelavam como areia ao mais leve toque. Mas não a culpo por deixar tantas coisas para depois. Ela teve uma vida muito difícil, e os vestidos eram um símbolo de que, um dia, tudo ficaria bem. © Ольга Башта / Facebook
Alguns parentes ou amigos seus parecem não estar “vivendo” como poderiam? E você, costuma deixar coisas guardadas no fundo do armário, esperando usá-las em alguma ocasião, ou prefere aproveitar um dia após o outro, sem muitos planos? Comente! Estamos curiosos para saber sua opinião!
Comentários
Eu já deixei muito pra depois... depois que me casar, depois que tiver filho, depois que o filho crescer... hj vivo por mim
A VIDA NÃO ESPERA VOCÊ TEM QUE VIVER E APROVEITAR OS FILHOS E NETOS