15 Detalhes importantes no livro “It: a coisa” que não foram parar no filme por causa da censura
It: A Coisa é um dos romances mais extensos e psicologicamente profundos de Stephen King. Fazer uma boa adaptação desse livro não é fácil, embora o diretor argentino Andy Muschietti tenha conseguido lidar com toda a pressão e ainda assim conseguir uma boa nota, a julgar pelas críticas dos críticos de cinema. No entanto, ele teve que sacrificar alguns fatos do livro, às vezes essenciais.
O Incrível.club leu o romance e reassistiu ao filme para coletar uma lista completa de cenas do livro que não chegaram às telas de cinema. E também encontramos alguns easter eggs, que são uma pequena surpresa guardada em determinadas cenas de filme, que serão um prazer inacreditável para os fãs de King. Acompanhe!
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A história do livro está entrelaçada entre o passado e o presente simultaneamente, e entre a história de algumas crianças, que se encontraram com o monstruoso palhaço, e com eles mesmos já adultos no presente, que e são forçados a retornar à cidade de Derry e a enfrentar o mal cara a cara mais uma vez. Muschietti separou o passado do presente e os dividiu em 2 filmes. Como resultado, a história perdeu a maior parte do suspense psicológico, mas ao mesmo tempo a trama se tornou menos previsível.
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Lembra do encontro de Eddie (o garoto obcecado por pílulas e remédios para asma) com um leproso? No livro, Pennywise também o oferece serviços íntimos. Esse detalhe contém um simbolismo profundo: a mãe de Eddie não apenas queria limitar sua atividade física, mas também tentava restringir seu crescimento, inclusive emocional e sexual.
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Após o confronto final com o palhaço, o “Clube dos Otários” se perde nos esgotos e entra em desespero. Para restaurar a calma e recuperar a unidade do grupo, eles realizam “um ritual”: cada um dos meninos “se torna homem” com Beverly. Claro, isso não é possível de ser mostrado no filme, então um pouco de romance foi adicionado à cena que eles estão nadando. Segundo o próprio King, esse acontecimento simboliza a transição das crianças para a vida adulta, nada mais.
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Os fãs de King estão um pouco decepcionados por causa da personalidade rasa de um dos vilões mais interessantes do livro, o Patrick Hackstetter. No romance, ele é um verdadeiro psicopata que gosta de brincar com a vida (dos outros, é claro): ele pega animais de rua e os tranca na geladeira. Por acaso (ou melhor, por culpa do Pennywise), um dia o próprio Patrick acaba preso lá dentro. E, na geladeira, ele é atacado por sanguessugas gigantes e acaba morrendo.
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No filme, a história do personagem Mike Hanlon, que desempenha um dos papéis principais no livro, teve sua importância bastante reduzida. Ele é quem possui o álbum com fotografias antigas nas quais você pode ver o palhaço. Graças a Mike, os garotos percebem que Pennywise não é humano, mas sim uma outra coisa. No filme, o papel de historiador e guia foi para o garoto gordinho Ben Hanscom.
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No filme, os produtores optaram por não querer adicionar alguns episódios de crueldade parental. O padrasto de Eddie Corcoran matou seu enteado mais jovem, Dorsey, com um martelo. Eddie então fugiu, mas, infelizmente, encontrou-se com Pennywise. A princípio, o palhaço fingiu ser seu irmão mais novo, e depois disso ele se tornou no monstro do antigo filme “O Monstro da Lagoa Negra” e assassinou o garoto.
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No livro, Pennywise se transforma em monstros icônicos do início do século XX, pois naquela época, durante a infância dos “otários”, os filmes de terror estavam em alta. Ben, por exemplo, tem medo de múmias, já Mike de pássaros gigantes aterrorizantes, e Richie assistiu filmes de terror sobre lobisomens. Dentre outros personagens de terror, estão tubarões, Drácula e o monstro Frankenstein. No filme tais personagens horripilantes não existem, mas temos que reconher: no primeiro encontro com o palhaço em sua casa, quando Richie e seus amigos são atacados, a câmera foca na mão de Pennywise, e, em um momento, vemos as garras. Talvez isso seja apenas uma coincidência, ou talvez seja um tributo ao palhaço original.
- Outra trama que não foi incluída no filme aparece como um easter egg. Antes de sua morte, Patrick, que já foi mencionado acima, vê um balão vermelho com a inscrição “I ♥ Derry”. Essa é uma referência à morte de um personagem do livro que usava um boné com exatamente a mesma estampa.
- No livro, vários capítulos são dedicados a descrever as horrendas ações de Pennywise em Derry quando os “otários” ainda nem eram nascidos. Infelizmente, isso não foi possível de se ver no cinema, embora tenham dado algumas dicas sobre o que aconteceu. Por exemplo, o grafite perto da porta do açougue onde Mike trabalha. Acredita-se que ele é uma referência ao massacre da gangue Bradley, que aterrorizou Derry na década de 20.
- No romance, as crianças lutam com o Pennywise em 1957 — 1958, e apenas se encontram com ele novamente 27 anos depois — em 1984 — 1985. Só que, na primeira parte do filme, tudo ocorre nos anos 80 (a propósito, essa é outra razão pela qual não vimos monstros dos anos 20: eles estariam bastante desatualizados). Isso foi feito intencionalmente, pois a segunda parte do filme será lançada em setembro de 2019, e a ação nele se desdobra em nossos dias.
- Outro vilão que também perdeu boa parte de sua atratividade é Henry Bowers, aquele que fez xixi nas calças diante de seu pai, que é policial. No filme, ele é um desordeiro com tendências sádicas que acaba enlouquecendo, e no final cai no poço. No livro, o Henry é um verdadeiro assistente do Pennywise. Porém, talvez na segunda parte do filme o vilão retorne, por isso não lhe diremos mais nada.
- O rapto da Beverly pelo palhaço não estava no livro. O grupo completo das crianças entrou encanamento abaixo à procura do Pennywise. E assim, a heroína no livro não precisou de um beijo para acordar. Tal detalhe indignou alguns dos fãs do livro, porque, no filme, a Beverly parece ser uma típica princesa indefesa em apuros, e não uma amazona destemida e capaz de se defender.
- O corpo de Georgie, aquele garotinho que perdeu seu navio, não foi encontrado no filme (presumivelmente porque ele foi comido pelo palhaço), então Bill se recusou a acreditar na morte de seu irmão. No entanto, no livro, o corpo do menino é encontrado perto do bueiro, e a causa da morte é presumida como um acidente.
- No filme, a origem de Pennywise permanece um mistério. Já no livro, as crianças descobrem a verdade com a ajuda do antigo ritual indígena “Chüd”: em uma espécie de abrigo subterrâneo apertado, os personagens respiram a fumaça de algumas ervas incandescentes e caem em um estado de transe. Bill perde a consciência e vai para um espaço localizado entre os 2 mundos, e lá ele encontra a tartaruga Maturin, que por fim é a criadora do nosso mundo. Ela explica ao herói que Pennywise veio à Terra de outro universo muitos milhões de anos antes do surgimento da vida na Terra, e é possível derrotá-lo apenas no plano psíquico com o poder dos pensamentos. Curiosamente, Maturin aparece no filme na forma de easter egg: quando as crianças estavam tomando banho em um lago, Ben pensou que havia uma grande tartaruga na água. E antes disso, o Bill encontrou uma tartaruga no quarto do Georgie feita de LEGO.
- A verdadeira forma de Pennywise não é mostrada no filme, há apenas uma pequena dica dela, que só pode ser notada por aqueles que estão familiarizados com o livro. De acordo com King, o palhaço, na verdade, é um conjunto de luzes mortais. São as luzes que vemos quando o palhaço se desfaz em frente à Beverly na cena final.
E você, leu o livro ou assistiu o filme? A adaptação de It: a coisa de 1990 manteve-se bem mais fiel ao livro do que a versão moderna. Você a conhece? Comente!
Comentários
Bom.. eu n acho legal essa categoria. A gente precisa valorizr as coisas boas da vida
engraçada
bom ele fora morto