14 Modelos cuja beleza única e fora do padrão está conquistando as passarelas e os fãs ao redor do mundo
Desde os primórdios da história da humanidade, os ideais de beleza tanto feminina quanto masculina costumam mudar de acordo com a época. Dessa forma, os tipos de silhueta, o formato do rosto, a cor dos olhos e os cortes de cabelo que são considerados padrão em um período podem mudar radicalmente para as gerações futuras. Hoje em dia, no entanto, estamos vivendo em uma época interessante, na qual não só os critérios de beleza estão sendo alterados, mas a própria ideia da existência de um estereótipo tem se tornado cada vez mais relativa.
Nós, do Incrível.club, acreditamos que cada pessoa é única e especial do jeito que é. Pensando nisso, selecionamos alguns modelos que estão quebrando os padrões dentro da indústria da moda e inspirando milhares de pessoas em todo mundo. Confira!
1. Sarah Taylor
Desde a infância, Sarah Taylor é acostumada a lidar com os olhares de estranheza para a sua marca de nascença no rosto. No passado, ela até chegou a pensar involuntariamente que pessoas com um sinal no rosto não pudessem ser bonitas. Até que, na faculdade, conheceu uma garota que a inspirou a amar a si mesma. A futura modelo começou então a postar fotos no Instagram, e sua conta se tornou viral.
2. Maeva Giani Marshall
A modelo francesa Maeva Marshall teve várias complicações médicas nos últimos dois anos: um acidente vascular cerebral e uma doença renal. Por causa disso, foi forçada a tomar remédios que tornaram sua pele hipersensível ao sol. O resultado foi o aparecimento de sardas tão brilhantes que algumas pessoas não acreditam que sejam reais.
No entanto, as manchinhas no rosto trouxeram fama para a garota, que abriu seu caminho para as principais passarelas do mundo. Maeva diz: “Tenho sardas, tenho minha própria história, mas não quero que elas me definam. Eu sei quem sou”.
3. Scarlett Costello
“Acredito muito na ideia de que todos têm a melhor aparência que seus genes pretendiam. Quando você aceita sua beleza natural com confiança, isso lhe faz muito bem”, diz Scarlett, que aos 15 anos parou de fazer a sobrancelhas e as axilas.
Ela sofre muitas críticas e ataques de ódio na internet, mas isso não a impediu de se tornar uma modelo de sucesso e influenciadora no Instagram.
4. Armand Puszta
Com apenas 20 anos, este menino húngaro tem conquistado as passarelas mundiais. Ele já fotografou para várias revistas de moda e fechou contratos publicitários milionários, embora não tenha uma beleza considerada padrão. Com um rosto alongado e um porte físico magro, o rapaz não se enquadra nos conceitos da estética masculina do mundo da moda.
Ao refletir sobre a razão de ter sido aceito no processo de seleção, Armand disse: “A aparência externa não é tão importante quanto a impressão que se causa. É tudo questão de atrair a atenção e ser lembrado”. Ele definitivamente foi bem-sucedido.
5. Yana Tsypulina
Yana Tsypulina tem alopecia congênita. Em seu livro Para o inferno todo mundo, ame a si mesma! A história de uma garota careca (em tradução livre do russo, obra sem versão para o português), ela conta como sofreu na escola ao ser frequentemente chamada de “aberração careca”. Por muito tempo, usou perucas, mas após começar a publicar fotos sem o adereço em seu Instagram, ganhou confiança para aparecer em público com sua aparência natural. Desde então, Yana trata as perucas apenas como acessórios e não mais como sua realidade diária. Além disso, seu número de seguidores na rede social continua crescendo cada vez mais.
No prefácio do seu livro, ela escreve: "Durante muito tempo eu queria apenas desaparecer, acordava e adormecia com um sentimento de desamparo e aversão. Mas, um dia, decidi que queria ser feliz, raspei o resto de cabelo que tinha e mandei todo mundo para o inferno.
6. Bice Dustin
Bice não tem cílios nem sobrancelhas e é careca, apesar de ter tido cabelos escuros até os 3 anos de idade. No entanto, devido a uma doença chamada alopecia areata, acabou perdendo completamente todo o cabelo.
“Muitos lutam contra a alopecia, mas eu não. As pessoas perguntam como lido com isso. Eu simplesmente vivo. E as pessoas com HIV, diabetes ou que não têm algum membro do corpo? Elas passam por situações piores” — diz Bice, e acrescenta: “Cresci com tantas pessoas que tentavam parecer diferentes. Piercings, tatuagens, a maneira como fazem os cabelos. Eu apenas era diferente. Quer queira ou não, vou sempre chamar atenção. Essa vida é tudo o que conheço”.
7. Ariel A. Pierre Louis
Ariel diz que antes de trabalhar como modelo, teve problemas em aceitar o próprio corpo. Além do mais, o início da sua carreira como plus size não foi nada fácil: a garota enviou seu portfólio para diversas agências, mas muitas recusaram, o que a levou a desenvolver depressão e transtornos de ansiedade. A modelo sempre se comparava com as outras e tinha medo deslanchar na carreira.
O caminho para autoaceitação começou quando cortou todas as pessoas tóxicas da sua vida. Logo ela percebeu que não era obrigada a agradar a todos, e o principal era apenas amar a si mesma.
8. Zach Miko
A indústria da moda reconheceu modelos femininas plus size há um tempo, mas os homens ainda são escassos nesse meio. Zach Miko já fez ensaios para revistas e sempre participa de desfiles. Em seu Instagram, recebe milhares de mensagens tanto de quem o admira quanto de homens inspirados pelo seu exemplo.
Mas houve um tempo em que Zach odiava seu corpo. Na escola, usava as roupas do pai, os colegas de classe zombavam dele e as meninas se recusavam a dançar com ele, com medo de que pisasse no pé delas. “Não lembro quando descobri que ser gordo é ruim, mas na minha infância achei que sim”, afirmou. Apesar da sua esposa dizer repetidamente que considerava seu corpo perfeito, o rapaz só começou a acreditar em si mesmo quando passou a trabalhar como modelo.
9. Javi
A modelo americana com ascendência chilena fala em “ser a única que ama seu corpo em um mundo onde todos o odeiam”. Ela mantém uma conta sobre body positivity no Instagram, onde tem 186 mil seguidores, e também um canal no YouTube, no qual não tem vergonha de se expressar e não liga para os haters.
Em uma de suas postagens, Javi admitiu que, na adolescência, não gostava de ser fotografada e usava roupas largas, porque tinha vergonha da barriga e da gordura nas costas. Mas, no final, a garota percebeu que seu corpo era herança da sua mãe e avó e que ela deveria se orgulhar. Com a ajuda de roupas e acessórios, aprendeu a enfatizar seu visual e agora pode vestir o que quiser.
10. Anna Rubin
Anna Rubin é dinamarquesa e seus traços faciais, sobrancelhas grossas e o cabelo arrepiado fazem com que tenha uma aparência andrógina. Nos tempos de Cindy Crawford e Naomi Campbell, uma garota com essa aparência dificilmente conseguiria uma carreira de sucesso no ramo da moda, mas agora modelos andróginos estão em alta novamente.
Especialistas observam que a linha entre os modelos masculinos e femininos está diminuindo. Às vezes, os espectadores em um desfile têm dificuldade em entender quem está na passarela. A moda andrógina apaga a distinção entre sexos: homens podem usar saias, como Jaden Smith ou Mick Jagger, e as garotas, bermudas, se quiserem.
11. Elaine Chang
Elaine Chang é uma modelo albina. Ela é asiática, o que torna seus traços externos ainda mais visíveis. Quando era criança, foi aconselhada a usar arcos faciais para corrigir sua mordida e assim “ficar bonita”. Mas se recusou, como também se negou a usar lentes de contato e a pintar o cabelo.
Agora, já adulta, Elaine escreveu em seu Instagram: “Você não deve permitir que ninguém lhe imponha seus padrões. O único padrão que você deve seguir é o seu”
12. Chelsea Werner
Chelsea Werner nasceu com Síndrome de Down. Até os 2 anos de idade, não conseguia andar — os médicos a diagnosticaram com tônus muscular baixo, uma doença conhecida como hipotonia, que requer cuidados para toda a vida. Apesar disso, seus pais a matricularam para aulas de ginástica. Ela treinou em condições de igualdade com as outras atletas, chegando a passar 16 horas por semana na academia. Chelsea conseguiu se tornar quatro vezes campeã americana de ginástica para pessoas com deficiência, e duas vezes campeã mundial.
Mas esses feitos não pareciam ser suficientes para Chelsea — ela decidiu ainda se dedicar à carreira de modelo. E conseguiu. A garota estrelou uma campanha da loja de departamento sueca H&M e já desfilou na passarela da Semana de Moda de Nova York. Além disso, já foi capa de diversas revistas e, nas redes sociais, recebe milhares de mensagens de gratidão por inspirar outras crianças com síndrome de Down.
13. Aimee Mullins
Aimee Mullins nasceu sem a fíbula e, com um ano de idade, teve de amputar ambas as pernas um pouco abaixo dos joelhos. Ao ingressar na faculdade, competiu em condições de igualdade com adversárias no atletismo e logo depois se tornou campeã nos Jogos Paraolímpicos.
Após aposentar sua carreira esportiva, Aimee se tornou palestrante motivacional, modelo e atriz, e a revista People a incluiu na lista das 50 pessoas mais bonitas do mundo.
14. Jack Eyers
Jack tem uma deficiência física desde a infância, por isso tinha um pino de ferro em sua perna. Por essa razão, ficava constantemente doente e teve um crescimento mais lento. Enquanto seus colegas saíam com garotas, jogavam futebol e faziam planos para o futuro, Jack passava por uma depressão grave, sentindo que teria uma deficiência por toda a vida. Foi então que aos 16 anos decidiu amputar sua perna com problema.
Após a cirurgia, a vida de Jack mudou completamente: ele decidiu se tornar bombeiro, e para isso, precisava colocar sua forma física em dia. Se dedicou seriamente à musculação, e valeu a pena: O rapaz se tornou o primeiro modelo com prótese a participar das semanas de moda de Milão e Nova York.
Você concorda que a beleza não deve seguir um estereótipo e precisa representar a todos? Conhece algum outro modelo fora do padrão que não está em nossa lista? Conte para a gente na seção de comentários.