13 Sinais que podem indicar um alto nível de inteligência

Psicologia
há 3 anos

Muitos já ouviram a seguinte doutrina da geração mais velha, mesmo que essa máxima não tenha nenhum embasamento: “A juventude de hoje é muito insensata. No meu tempo...”. De acordo com estudos científicos, no entanto, o contrário é observado: a humanidade parece estar se tornando cada vez mais inteligente com o passar dos anos. A teoria conhecida como Efeito Flynn afirma que, no século XX, houve um salto inexplicável no índice de acerto médio da população mundial nos testes de QI. Hoje, esse número continua crescendo, especialmente entre as mulheres.

Embora inteligência seja um conceito amplo e multifacetado, o Incrível.club estudou diversas novas pesquisas e descobriu quais características pessoais podem indicar altos níveis de QI. No bônus, você entenderá por que muitas crianças não levantavam a mão na escola, mesmo que soubessem a resposta certa para a pergunta do professor. Acompanhe!

Engravidar depois dos 35 anos

Não precisa ser o primeiro filho, o que importa é o próprio fato de dar à luz em idade mais avançada. Pesquisadores entrevistaram 830 mulheres mais velhas para avaliar suas capacidades cognitivas e encontraram uma correlação significativa entre gravidez tardia e maior inteligência. Os motivos não foram cientificamente comprovados, mas talvez isso se deva ao hormônio feminino estrogênio, que estimula a função cerebral.

Ao mesmo tempo, cientistas pediram para isso não ser tomado como uma apologia à gravidez tardia, pois esse processo ainda pode acarretar riscos à saúde feminina.

Começar a menstruar cedo

O mesmo estudo mostrou que mulheres que começam a menstruar antes dos 13 anos demonstram melhores habilidades cognitivas. A menopausa tardia gera o mesmo efeito positivo. Ou seja, quanto mais longo o período reprodutivo, melhor funcionará o cérebro durante a velhice. No mais, cientistas observaram que o uso prolongado de contraceptivos hormonais tem, também, um efeito benéfico sobre o intelecto.

Incomodar-se muito com alguns sons

Se você se contorce quase que involuntariamente quando alguém mastiga de boca aberta, arranha vidros com lâmina ou quebra o isopor, talvez seja mais inteligente do que muitos. Alta sensibilidade sugere elevada plasticidade cerebral, pela qual se formariam ligações neurais específicas entre os sons “irritantes” e uma reação física significativa a eles. Graças a essa propriedade, o cérebro pode mais facilmente trilhar novos caminhos e, consequentemente, lembrar e organizar informações de maneira mais eficaz.

Aliás, algumas pessoas são tão sensíveis a alguns sons que o caso já é caracterizado como um distúrbio — misofonia. Quem sofre com essa condição pode se incomodar até quando alguém está respirando alto.

Morar longe de estradas

Neurobiólogos americanos realizaram diversos experimentos com ratos de laboratório e descobriram que a composição química do ar (suspensão) perto de rodovias poderia ser prejudicial para o cérebro desses animais: perda dos neurônios responsáveis pelo aprendizado e pela memória e aceleramento do envelhecimento dos órgãos. Alguns cientistas do México chegaram a conclusões análogas ao estudar o cérebro humano: o ar poluído, muitas vezes, provocava processos inflamatórios.

Optar pela salsa como dança preferida

Segundo um estudo realizado por cientistas da Universidade de Coventry, a salsa pode estimular a função cerebral. Foram avaliados os processos cognitivos de um grupo de 27 dançarinos, antes e depois de uma aula de 30 minutos. Observaram-se melhorias em diversos parâmetros. A dança teve um efeito particularmente significativo na memória visual dos participantes: após a aula, as pessoas tiveram um aumento de 18% na lembrança e reprodução de números.

De acordo com o Dr. Pablo Domene, professor de educação física da Universidade de Coventry, “a vantagem da salsa é que as pessoas não a associam a um exercício físico ou uma ida à academia”. Por isso, talvez, os efeitos sejam tão benéficos para a cognição.

Ter certa dificuldade para praticar atividades físicas

O estereótipo mostrado nos filmes americanos sobre alunos estudiosos, que detêm baixos níveis de atividade física, e os atletas que não parecem ser muito inteligentes foi comprovado por um estudo publicado no Journal of Health Psychology. Pesquisadores avaliaram 60 estudantes durante sete dias. Eles os separaram em dois grupos. Os “pensadores”, que preferem tarefas cognitivas complexas; e os “não-pensadores”, que não gostam muito de esforço mental. Ambos tiveram de usar um bracelete para calcular os níveis de atividade física durante uma semana. Os resultados mostraram que os “pensadores” praticamente não faziam atividades esportivas durante os dias da semana e um pouco mais nos finais de semana.

Segundo os cientistas, o objetivo principal do experimento foi conscientizar os “pensadores” e incentivá-los a praticar mais esportes, visto que atividades físicas regulares reduzem os riscos de deterioração das funções cognitivas com o tempo.

Consumir muito peixe quando criança

Acadêmicos da Universidade da Pensilvânia descobriram que o consumo semanal de peixe pode aumentar o QI de uma criança em quatro pontos, quando em comparação com as demais que não se alimentam dele. Mais de 500 crianças chinesas de 9 a 11 anos foram avaliadas e, ao completarem 12 anos, passaram pelo teste de medição do quociente de inteligência.

Acredita-se que o peixe melhora a qualidade do sono nos pequenos, o que, por sua vez, estimularia as capacidades cognitivas. Entretanto, o motivo pode ser devido ao iodo, ferro e outros nutrientes, que, de acordo com a opinião médica, acarretavam aumento do cérebro nos homens primitivos.

Ter maior atenção à higiene pessoal na infância

Há uma correlação direta entre os níveis de QI e de higiene pessoal. Em países e regiões onde há menos infecções e parasitas, o nível médio de inteligência da população tende a ser maior. Isso é explicado pela teoria do estresse parasitário: se um organismo em desenvolvimento precisa gastar energia na resposta imunológica para combater microrganismos causadores de doenças, as funções cognitivas ficarão em segundo plano.

Ter senso de humor

Pessoas capazes de contar uma boa piada, muitas vezes, parecem ser mais inteligentes e atraentes. Cientistas comprovaram que isso não é uma ilusão: analisaram 400 estudantes (homens e mulheres), e avaliaram o senso de humor de cada um, assim como os indicadores de intelecto — gerais e verbais (ou seja, a capacidade de analisar e interpretar a fala). Os resultados apontaram para uma correlação direta entre os níveis de QI e as piadas.

A explicação provável talvez esteja no processo evolutivo: um parceiro com maior senso de humor parece ser mais atraente, portanto terá mais chances de deixar descendentes.

Gostar bastante de humor ácido

A cientista austríaca Ulrike Willinger realizou um estudo com 156 participantes. Ela verificou o nível de interesse que tinham por humor ácido, mostrando-lhes caricaturas de “O livro negro” (em tradução livre) de Uli Stein, e depois comparou os resultados com os níveis de QI e de agressividade deles. Conclusão: as imagens causavam mais desgosto nas pessoas de QI médio e com maiores índices de agressividade e agradavam mais aquelas com maiores níveis de quociente de inteligência e menos agressivas.

Preferir ambientes mais quentes do que frios

Há o argumento generalizado de que é importante manter as janelas abertas e diminuir a temperatura do ambiente para melhorar o desempenho mental. No entanto, estudos recentes contradizem essa ideia, pelo menos no que diz respeito às mulheres. De acordo com pesquisadores, o desempenho e a inteligência verbal feminina são mais elevados em locais mais quentes — não o comum 18-21 ºC, mas próximo de 24 ºC. Os homens, contudo, sentem-se melhor em locais mais frios.

Ter deterioração visual a cada ano

Outro estereótipo — de dizer que os que usam óculos são inteligentes — recebeu confirmação científica. Cientistas da área de Oftalmologia realizaram um experimento com 1.204 alunos de 10 a 12 anos e obtiveram resultados significativos. Crianças míopes marcaram mais alto nos testes de QI quando comparadas com as demais, que não tinham problemas na vista. No entanto, o motivo não está relacionado ao fato de que elas liam muito e acabaram deteriorando a acuidade visual. Na verdade, acredita-se que o próprio intelecto elevado é um fator de risco para a perda da visão.

Dar preferência a músicas instrumentais

Pessoas com alto intelecto preferem música instrumental. Não precisa ser clássica, o gênero musical não é relevante. Essa foi a conclusão a que chegou a Associação Americana de Psicologia, que conduziu um estudo sobre as preferências musicais de 467 alunos de nível escolar, e os dados obtidos foram comparados com os resultados dos participantes nos testes intelectuais não-verbais. Não foi detectado um padrão na escolha do gênero, mas a maioria exibiu afinidade por música instrumental sem voz.

Bônus: se você não levantava a mão na escola, mesmo quando sabia a resposta certa, e depois se culpava por isso, talvez fosse o aluno mais inteligente da classe

Para identificar a pessoa mais inteligente de uma empresa, muitos chefes recorrem a um pequeno truque: fazer uma pergunta simples. Aqueles que se apressam em responder não são, geralmente, os mais inteligentes (mesmo que respondam corretamente). O maior quociente intelectual é detectado geralmente naqueles que se mantêm em silêncio — por diversos motivos. Primeiro, tais pessoas pensam que a pergunta não é tão simples quanto parece, e talvez haja uma “pegadinha”. Segundo, acreditam que responder uma pergunta simples não as distinguirá dos demais. Por isso, de uma forma geral, têm melhores habilidades analíticas e pensamento criativo.

Quais características de alto quociente intelectual você acha que possui? Escreva nos comentários!

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